27|Capítulo [Nada é o Acaso]

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KLAUS

Não gosto quando algo foge ao meu controle. Eu já deveria ter tomado uma atitude a muito tempo, mas graças ao Dr. Fernandes tenho que ter cuidado. Foi um longo caminho até chegar aqui, não vou deixar que meia dúzia de filhos da puta venham estragar meus negócios.

- Eu lhe imploro não me mate! – por que as pessoas acham que o fato de estarem implorado irá mudar os planos de quem está prestes a matá-las?

- Cala boca! – ando a sua volta – Você sabe por que está aqui?

- Eu juro eu não sei de nada, eu não fiz nada!

- Eu quero a pasta de documentos que sumiu da minha casa!

- Pelo amor de Deus eu não sei do que você está falando! – as palavras mal saem de sua boca, e eu acerto mais um soco fazendo o sangue escorrer.

Não me importo com seu choro, com suas súplicas. Vou até a mesa e pego o alicate, gosto de torturar antes de matar, mas não posso demorar aqui, tenho outras coisas a resolver. Vou em sua direção vendo seus olhos saltarem, o pavor tomando conta de todas as suas feições. Meu sorriso aumenta.

- Você não deveria ter se metido nos meus negócios! – vou ate onde suas mãos estão amarradas e começo pelo dedo mindinho.

- AHHHH... – seus gritos agoniados começam a me dar uma leve dor de cabeça.

- Tampem sua boca! – um dos meus capangas, coloca um pano dentro da boca, dificultando que seus gritos me irritem. Meu celular toca – Mas que merda nem matar em paz se pode nos dias de hoje! – limpo o sangue em minhas mãos e atendo – Pronto!

- Novo carregamento já chegou o que eu faço?

- Não faz nada deixa que eu mesmo cuido disso! – desligo e vejo que o infeliz já desmaiou, jogo o alicate na mesa – Terminem o serviço e deem um fim no corpo!

- Sim senhor chefe!

- Mas vejam se não deixam rastro dessa vez!

LUCIANA

Sinto meu corpo mexer com o movimento do carro em uma curva. Carro? Curva? Tenho medo de abrir meus olhos e ver o que vou encontrar. Uma mão acaricia meu rosto, abro meus olhos e vejo Alceu dirigindo.

- Alceu? – ele me olha rápido e volta a olhar para a pista.

- Que bom que acordou, já estava começando a ficar com medo. – medo? Ele com medo? Dou um tapa no seu braço. Ele me olha espantado – Que foi?

- Você está com medo, medo de que? Eu quase morri do coração não vou te perdoar por ter feito isso comigo!

- Feito o que? Aparecido no momento que seu carro quebrou?

- Você não planejou isso? e por que saiu do carro com a arma na mão?

- Primeiro planejar eu até planejei, mas era pra te encontrar no campus da faculdade! – ele segura meu rosto e me dá um rápido beijo – Eu ia te sequestrar lá, e segundo eu ando armado. E quando dirijo tenho costume de deixá-la entre minhas pernas, quando vi seu carro parado foi automático pegar a arma quando saí! – respiro fundo me acalmando, então eu dou uma olhada e não reconheço esse carro.

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