Capítulo 6

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Eveline Narrando:

Eu ainda estava confusa com a volta do meu pai, e o que mais me dava medo era não saber o que o trazido de volta. Mas seja o que for o que ele queira, quero que ele vá embora logo, e não é só por mim, mas pelo bem da minha mãe.

..
Mas um dia de faculdade e hoje eu estou com disposição, fui ao banheiro e tomei banho, escovei os meus dentes, vestir uma roupa e fui para a cozinha.

_Já acordada mãe?

_Sim Eve, e porque acordou tão cedo? ainda são 6:30 da manhã !!!

_ eu só acordei bem, e eu estou me sentindo ótima!

_ Eu percebi, mas o que está te deixando tão animada?

_Nada mãe, só acordei bem!

_Bem, eu tenho que trabalhar! Tome seu café, e tenha um bom dia.

_Bom trabalho mãe, tenha um bom dia.

...

 Eu acabei de assistir  um filme,chamado a última  música, e eu chorei de uma maneira em que eu não sabia o porque. Sem perceber, eu notei que aquele filme, me fez lembrar dos meus últimos momentos, das últimas músicas ouvidas, e das canções cantadas com minha avó. Era tudo tão lindo, era momentos tão valiosos, que se eu soubesse que o tempo dela estava cronometrado em um relógio, eu teria parado o mundo, só pra aproveitar com elas todos os segundos. 

Pensando bem, eu acho que com a morte dela eu  sentir-me vulnerável nesse mundo. E agora, o que eu queria fazer sem o meu porto seguro? Eu tenho uma vontade de fazer dela a minha estrela pra me iluminar, mas pensando bem, ela está em um bom lugar.

...

Comecei a me arrumar para ir para a faculdade, arrumei meu cabelo, coloquei um vestido florido, uma rasteirinha dourada, e fiz uma make básica! Hoje o dia seria  um dos melhores. Pelo menos assim eu espero. Já pronta, coloquei meu caderno na bolsa e fui para a faculdade.

No caminho para a faculdade, senti que alguém estava me chamando, olhei para os lados, e eu vi o adams acenando para mim.

_Olá Eveline!

_Oi Adams

_Está indo pra faculdade?

_Sim claro!

_Então deixe-me te acompanhar?

_Pode ser.

Fizemos o caminho até afaculdade em silêncio, entramos e fomos para sala. Eu coloquei minha bolsa, e sair para tomar um ar no jardim.

(Celular vibrando: on)

_Gostaria de falar com Eveline

_É ela mesma! O que deseja?

_Eveline, sou eu o seu pai!

_O que você quer? porque não me deixa em paz?
_Eu só quero conversar com você minha filha.

_Então diga!

_Não quero falar pelo telefone, quero conversar com você pessoalmente, e não quero que você comente nada disso com a sua mãe.

_O que você quer comigo?

_Você vai saber quando nos encontrarmos minha filha querida!

_ Não me chame de filha, porque você não é pai! Onde nós nos encontramos?

_Na sorveteria do centro da cidade, hoje a noite

_Está bem

_Lembre-se, de que eu não quero que a sua mãe saiba! Então é pra você ir sozinha.

(ligação off)

Eu me derramei em lágrimas novamente, com medo do que meu pai fosse capaz, abaixei a cabeça no pátio, e comecei a chorar baixinho, quando sentir uma mão em mim.

_Eveline você está bem?

_Não, eu estou com medo Adams!

_Mas o que aconteceu?

_Meu pai me ligou, e me fez encontrar com ele hoje a noite, e me disse para não contar para minha mãe.

_Quer que eu vá com você?

_É perigoso! e você não imagina do que meu pai é capaz.

_Vou está com você, e ficarei escondido, se pode tomar qualquer ato errado, eu ligo pra polícia.

_Pode ser, mas porque está fazendo isso por mim?

_Eu só quero que você fique bem.

Nos abraçamos, e eu sentia sua respiração, e ouvia a batida do seu coração, nos olhamos por um tempo, e cada vez mais nós estávamos mais perto do outro. E eu sentia algo por ele, e aquilo se tornava cada vez mais forte,  e eu só não sabia o porquê.



_Acho que eu não vou ficar pra aula, estou com cabeça de cabeça.

_Quer que eu te leve pra casa?

_E sua aula?

_Eu falo com o professor depois, eu só quero que você fique bem, e ter a certeza de que vai ficar.

_Tá, então vamos pegar as nossas coisas

Saímos da faculdade até a minha casa, em silêncio! Mas nada me fazia esquecer o convite sigiloso do meu pai, que me dava ainda mais medo. Mas mesmo assim, eu ainda estava tranquila, pois eu sabia que ficaria tudo bem.

_Chegamos, eu moro aqui!

_Tem certeza de que vai ficar bem sozinha?

_Vou sim, eu já estou bem! Obrigada por tudo.

_Não precisa agradecer Eveline, às 18:30 eu passo aqui para irmos para o centro

_Ta bom!

_Então tchau, e até mais tarde!

_Tchau, e até!

O Adams tá mexendo com a minha mente, é como se eu sentisse algo por ele, ou até mesmo estivesse apaixonada, mas a forma que ele me trata, me faz sentir cada vez um sentimento maior que vai se aumentando a cada encontro, e toda vez que o vejo. Mas como ele mesmo diz, ele só faz isso pra que eu esteja bem, então ele deve me querer só como amiga, e só deve estar me ajudando por pena de mim. Acho que eu vou contar pra ele o que sinto, mas como ele vai reagir? será que ele vai dá um fora em mim? Mesmo com todas as dúvidas, e com os meus medos, eu serei sincera com ele, e direi tudo o que eu estou sentindo por ele, e se for pra ele ficar, saberá que meu sentimento por ele não é de apenas amizade, e se for pra ele ir, talvez terá feito a escolha correta.



A RECOMEÇAR POR MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora