Capítulo 05

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Boa noite, amoras!

Muito obrigada pelo apoio e carinho de vocês! Hoje é só um capítulo, mas delicioso!

Espero muito que gostem!

Bjim

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Com um sorriso no rosto, cumprimento o segurança e explico que trabalhei ali na noite anterior e deixei meu celular. Mostro o envelope dado por Marisa, com o nome de sua empresa de buffet e o segurança me deixa entrar.

Começo a viajar na decoração da sala, quando o peso do prendedor em minha mão me lembra do que fui fazer ali e subo as escadas correndo. Se eu demorar, o segurança pode entrar atrás de mim para saber o que estou fazendo, e seria no mínimo estranho eu ter deixado meu celular no quarto do seu chefe. Ao subir as escadas chego a um enorme corredor com quatro portas. Sou obrigada a abrir uma por uma e claro que o quarto do dono da casa é na última e mais afastada porta.

Meus olhos coçam para se concentrarem mais do que dois segundos em cada pedaço desse quarto tão perfeitamente projetado, mas encontro o closet e seguindo as instruções do imbecil do meu irmão, devolvo o pequeno prendedor ao seu lugar. Fecho a gaveta depressa, fecho a porta de vidro do closet e sinto como se um peso fosse tirado dos meus ombros. É uma sensação tão forte, que por um momento minhas pernas cedem, e caio em sua cama.

De imediato, o cheiro do seu perfume no travesseiro chama minha atenção. Pego o travesseiro na tentativa de identificar que perfume pode ser esse, um cheiro tão agradável, forte na medida certa, misterioso. Não consigo identificar nada específico usado nessa fragrância. No fundo da minha mente uma voz baixinha tenta me dizer algo, eu deveria estar fazendo algo, mas já devolvi o prendedor, o que eu deveria fazer?

— Claro! Saia daqui sua tonta!

Abraço o travesseiro para memorizar esse cheiro mais uma vez, estou tão cansada! Não dormi nada na noite passada por causa do Ulisses. Preciso sair daqui e ir pra casa, dormir um pouco. Esse cheiro é tão bom! Que perfume é esse? Fecho os olhos por alguns segundos, e caio em mim de que preciso realmente sair deste lugar. A contragosto, deixo o travesseiro quente e perfumado de lado, e quando me levanto da enorme cama, dou de cara com um homem muito alto, forte, com cabelos castanhos lisos demais e dois olhos negros cravados em mim. Ele esconde rapidamente um sorriso divertido, e sua voz é séria e impaciente ao perguntar:

— O que você está fazendo na minha cama?

É agora que serei presa por invasão de privacidade, e meu irmão por roubo. Ele viu tudo através de uma câmera, embora eu não tenha achado nenhuma. A polícia já deve estar a caminho.

Me perco em todos os medos que me tomam e rapidamente ele se aproxima de mim, parando à minha frente, tão perto, que volto a sentir seu perfume, dessa vez vindo dele, e sua expressão não tem mais nada de divertida quando repete sua pergunta impaciente:

— Você me ouviu? O que está fazendo no meu quarto? Na minha cama?

Gaguejo, gaguejo, e na falta de agilidade do meu cérebro, a resposta me escapa.

— Só estava sentindo o seu cheiro, eu...

Ele dá um passo para trás com minha resposta, e parece ceder um pouco em sua impaciência, seu olhar passeia por mim com curiosidade e sinto meu rosto pegar fogo pela confissão absurda que acabei de fazer.

— Por que você está no meu quarto? — dessa vez sua pergunta é calma, sua voz quase doce, além de divertida.

Bem, o que eu posso dizer? O celular que eu deveria fingir que encontrei já se encontra em minha bolsa, e claro que ele jamais acreditaria se eu dissesse que o estava procurando em seu quarto, quando claramente não estive aqui na noite anterior. Talvez ele nem se lembre de mim na noite anterior e decido começar por aí.

DEGUSTAÇÃO - Uma mentirinha de nadaOnde histórias criam vida. Descubra agora