Capítulo 3

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Era uma segunda e eu estava sentada em um balanço feito de um banco de madeira que meu pai construiu quando eu era menor

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Era uma segunda e eu estava sentada em um balanço feito de um banco de madeira que meu pai construiu quando eu era menor. Estava mexendo no celular e tomando uma xícara de achocolatado quente (eu não tomo café).

Vejo a Sra. Trayne entrar em seu carro, ela saiu mais tarde de casa naquele dia. Vejo seu filho a acompanhar com os olhos enquanto ela dá a partida e segue o seu destino. Depois que ela vai, eu o olho e ele me encara, mas com a mesma cara fechada de sempre, e mais uma vez, ele fecha a porta rapidamente. Ele com certeza não puxou a educação da mãe dele.

À noite, meu pai e eu fomos ao supermercado, fazia tempo que não íamos juntos. Ele me deixou escolher tudo o que eu queria, claro que não abusei, afinal não é o meu dinheiro que eu estava gastando, e sim o dele.

Estávamos no corredor dos enlatados, mas meu pai esqueceu uma coisa no corredor anterior e voltou para pegar. Enquanto isso eu olhava algumas latas de azeitonas, que eu amo por sinal.

Me virei para trás e bati de frente com alguém, todas as latas que estavam em minhas mãos caíram no chão. A pessoa em quem eu bati se agachou junto comigo para me ajudar a pegar as latas que estavam no chão; quando nos agachamos, pude ver o rosto de quem esbarrou em mim.

Zac. Meu vizinho.

Nos encaramos por um tempo, ele tem incríveis olhos âmbar, meio que laranja amarelados.

Perfeitos.

Ele voltou a atenção para as latinhas, me ajudando a pegá-las.

– Me desculpe. – Eu disse. – Não sabia que estava atrás de mim.

Ele colocou as latas no lugar, sem dizer uma só palavra. Será que o gato comeu a língua dele?!

– Mandy? – A Sra. Trayne apareceu atrás de Zac. – Oi!

– Olá. – Eu disse, educadamente.

– Está tudo bem por aqui?

Olhei para Zac, que continuava sério a me encarar.

Era até um pouco constrangedor aqueles olhos penetrantes e lindos sobre mim.

– Está sim. –Respondi.

Ela sorriu.

– Vamos Zac?

Ela se vira e Zac vai atrás dela, indo embora. Meu pai chega vindo pelo outro lado do corredor.

– Agora sim. – Ele disse. – Já pegou suas azeitonas? – Assenti. – Então podemos ir para casa.

Passamos as coisas no caixa e fomos embora. Ao chegar em casa, meu pai fez pizza caseira, e colocou as minhas azeitonas em cima. Não gostei muito da ideia, eu queria comê-las puras, mas tudo bem. Comemos e fui assistir a TV, acabei dormindo no sofá.

                         ∆

No dia seguinte acordei coberta, meu pai deve ter me enrolado depois que eu peguei no sono.

Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora