Capítulo 14

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Dois dias haviam se passado, tudo corria aparentemente bem

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Dois dias haviam se passado, tudo corria aparentemente bem. No dia anterior , Zac e eu conversamos a tarde toda, havia me esquecido do quão agradável ele poderia ser, ri bastante das coisas que ele dizia, ele sabe ter senso de humor, quando quer, é claro, porque quando volta ao seu estado natural ele se torna insuportável.

Quando meu pai chegou, nós ainda estávamos conversando. Ele estranhou, claro, mas pareceu feliz em ver que estávamos – finalmente – nos dando bem.

Eram duas e quinze da manhã e eu não estava conseguindo dormir, então fui para a janela para tomar um pouco de ar. Olho para a casa dele e tenho uma ideia – um tanto maluca, mas tudo bem. Saio de casa e me dou conta de que seria bem estranho tocar a campainha aquela hora da madrugada.

Tem uma árvore do lado da casa. Vou em sua direção e começo a subir. Como subo em árvores desde criança, não achei que fosse ter alguma dificuldade.

Doce ilusão.

— Droga! Por que fui botar esses tênis?! — Fico irritada comigo mesma pela dificuldade de subir na árvore por causa dos tênis um pouco escorregadios.

Com um pouco de trabalho, consegui subir. Me equilibro bem e subo em cima do telhado, caminho devagar e me equilibro na parede, indo em direção à janela do quarto de Zac. Ela estava trancada então tive que bater no vidro. Bati repetidas vezes (sono pesado, hein...). De repente vejo um rosto à minha frente, me encarando com olhos intensos e brilhantes.
Não pude evitar o susto e, quando eu ia para cair de lá de cima até o chão, a janela se abriu rapidamente e Zac me segurou pelo braço com uma certa força, me puxando assim para dentro de seu quarto.

— Ficou maluca, garota?! — Perguntou baixinho, provavelmente para não acordar a mãe dele. — O quê está fazendo aqui há essa hora?!

— Eu não estava conseguindo dormir. — Falei no mesmo tom de voz.

—  E eu com isso? — Levantou uma sobrancelha.

— Eu vim te chamar para ir até as rochas.

— Até onde? — A fala dele estava grogue de sono. Fiquei com pena e me senti culpada por tê-lo acordado.

— Às rochas. Onde você me levou outro dia.

— Ah, sim... — Bocejou. Parecia um gatinho. — Bom, o quê quer fazer lá?

— Só me distrair um pouco.

— Não, não. Eu estou com sono e vou voltar a dormir.
— Poxa, Zac, por favor... — Fiz um olhar pidão pra ele, que logo amoleceu a expressão.

— Ai, garota... Tá legal... — Disse com tédio. — Mas que isso não se repita, ouviu bem? — Assenti. — Ótimo. Eu só vou lavar o rosto e podemos ir. Sua chata.

Soltei uma risada.

— Beleza! — Disse e já ia saindo pela janela.

— Ou! O quê pensa que está fazendo? — Ele perguntou antes que eu pudesse pular.

Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora