— Annie isso não é uma boa ideia — Cass diz preocupada enquanto eu estou em frente ao meu espelho quebrado penteando meus cabelos loiros.
— Eu devo isso a ele — respondo.
— Não se isso for ferrar as coisas ainda mais — ela diz — achei que Thomas era uma boa influência pra você mas estou vendo que não.
— Ele insistiu para que eu não fizesse isso — defendo-ou me virando para ela.
— Isistiu tanto que ele deve estar se arrumando nesse exato momento para sair com você! — ela rebate.
— Você mais do que ninguém sabe que eu não tenho muitos motivos para sorrir — digo e aponto a escova de cabelo em sua direção — mas deis de que ele chegou tudo ficou melhor, ele quer me ajudar a resolver meus problemas, ele me faz esquecer todos os problemas e quando estou do lado dele parece que o mundo é maravilhoso porque eu fico mais leve sem me preocupar com ninguém mais além de nós dois.
— Eu te entendo Annie de verdade, conheço todas essas sensações muito bem — ela suspira — só que eu não quero ver você no dia seguinte toda machucada e eu não poder fazer nada para te ajudar. Poxa Annie você é minha melhor amiga, como acha que eu fico vendo que seu pai te espanca e eu não posso fazer nada?!
— Cass você já me ajuda muito — digo e ela abaixa a cabeça — não só na questão de trazer comida aqui pra casa mas sim pelo fato de todas as vezes em que eu estava pra baixo você foi a única que me puxou de volta pra cima, você é a primeira a perceber que eu não estou bem apenas se me olhar, a única que eu conto todos os meus segredos e medos...você não faz ideia de como me ajuda.
Sem esperar, Cass me puxa para um abraço apertado enquanto sussurra um "obrigada" no meu ouvido.
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02 de julho de 1960
Meu coração bate forte dentro do peito enquanto consigo sentir meu cérebro latejar dentro da minha cabeça, o ar parece ter acabado porque eu puxo e puxo ar para dentro dos meus pulmões, tomando folego apenas para correr mais rápido.
— Oi — digo ofegante colocando minha mão na barriga. De tanto correr, ela da algumas leves pontadas.
— Eu estou preocupado Morgan — ele começa dizendo.
— Pare de bobeira Jones, mal fomos para o parque e você está está com medo? — pergunto e esboço um sorriso enquanto Jones só tenta fazer o mesmo, pego em sua mão — ninguém irá descobrir, eu prometo.
Jones alisa minha mão com o polegar e eu reclamo de dor.
— O que que isso na sua mão? — ele pergunta a analisando bem — por que está vermelho e com cascas?
— Não é nada. . .
— Aconteceu alguma coisa — Jones me interrompe — não aconteceu? — abaixo minha cabeça, eu não sabia oque dizer, Jones me conhece — sabia! Eu vi que tinha algo estranho em você.
— Eu não quero falar sobre isso — digo, a última coisa que eu quero fazer é desperdiçar nosso encontro contando que minha mão está machucada por conta de eu ter virado a noite esmurrando uma porta.
— Tudo bem — ele responde e logo em seguida, leva minha mão até seus lábios dando um leve beijo na onde está ferido sem desconectar seus olhos dos meus. Sorrio e pela primeira vez naquela noite, ele faz o mesmo — adoro seu sorriso — ele conclui e ambos damos risada para em seguida, continuar o caminho até o parque de diversões.
Jones é uma pessoa incrível, e eu nunca vou me cansar de dizer isso! Durante todo o percurso ele me fez dar risada contando suas aventura ao morar com a tia e tenho que dizer, ele só tem a cara de anjo.
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Era pra ser você
Teen FictionQualquer um em sã consciência não leria a minha história, afinal de contas isso não é um conto de fadas, é a desgraça da minha vida. Não só a minha mas a da minha mãe que está morrendo por causa do câncer, do meu pai alcoólatra que espanca a mim e m...