Perdas

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Connor saiu de sua luxuosa casa e foi até a área comercial da Ilha de Santa Helena. Comprou uma tulipa e andou até o cemitério. Andou até uma lápide cinzenta, com as seguintes palavras:

AQUI JAZ

MARIE-JOSEPHINE SKELTON

1758-1797

AOS 39 ANOS

AMADA RAINHA, ESPOSA E MÃE

Connor depositou a tulipa roxa no túmulo da esposa e se sentou na grama ressecada do cemitério. Seus olhos verdes leram e releram a segunda palavra da última linha da lápide.

Rainha.

Era incrível como até o escritor da lápide havia deixado claro que Marie-Josephine Skelton era uma rainha, e não apenas uma esposa e mãe qualquer. 

Ele merecia mais esse martírio.

A morte de Marie. 

Claro que ele merecia; fora ele quem havia piorado a doença dela, não? Assim que haviam chegado em Santa Helena, após alguns meses, a diabetes de Marie havia piorado, e, muito fraca, não resistira à queda de Status. De rainha à exilada! 

Tudo por culpa dele! 

Quando viu, já estava arrancando partes dos tufos de grama ressecada.

- Sou um imbecil.- Murmurou ele, olhando para o túmulo de sua amada esposa.

Se fechasse os olhos, ainda podia se lembrar de como tudo ocorrera...



Viva La Vida: A vida de um rei exiladoOnde histórias criam vida. Descubra agora