Capítulo VII

137 36 142
                                    

Brenda

Acordei cedo, Diego estava dormindo pesado. Eu estava sentindo um pouco de dor, mas nada que incomodasse tanto. Fiquei observando ele por um tempo, tão lindo e tão meu. Não conseguia conter meu sorriso.

Resolvi preparar um café da manhã especial pra nós. Minha mãe tinha feito compras, então o que não falta é comida em casa.

Arrumei a mesa, coloquei presunto, queijo, margarina e requeijão. Abri um pacote de torradas e outro de biscoito água e sal. O café estava coando enquanto esquentava o leite no fogão. Eu estava distraída, de costas, quando senti alguém me abraçando por trás e sussurrando no meu ouvido:

- Bom dia, minha maluquinha linda. – era ele. Deu um beijo no meu pescoço e não pude conter meu sorriso bobo.

- Bom dia, meu am... Diego! – senti meu rosto corando com a gafe que eu acabara de cometer.

- Seu amor? Pode me chamar assim, vou amar. – ele sorri , eu viro meu corpo e ele beija minha testa.

- Estou fazendo nosso café da manhã, que tal? - aponto pra mesa mudando logo de assunto, morrendo de vergonha.

- Tô vendo! Me abriu o apetite! – ele pega uma fatia de queijo e come. – só falta o pãozinho.

- O pão! Claro! Sabia que tava faltando algo. – coço a cabeça.

- Relaxa, to brincando. – ele ri. – Pra mim ta ótimo, mas se quiser eu busco alguns pães fresquinhos pra nós...

- É melhor, café da manhã sem pão não é um café da manhã decente!

- Só você mesmo, Brenda! Vou dar uma passada em casa, troco de roupa e vou na padaria. Já volto! – ele me dá um selinho demorado, sorri pra mim e sai.

Como pode ser tão maravilhoso? 


🌻🌹🌼


Diego

Quando entrei na casa do meu avô, dei de cara com ele e os pais da Brenda sentados no sofá.

- Meu deus, o que é isso? - digo espantado.

- Bom dia pra você também! – responde meu avô.

- Bom dia pra vocês! – olhei pros pais da Brenda. – vocês dormiram aqui?

- Quando chegamos ontem, percebi que você ainda estava lá em casa e não queríamos atrapalhar... – disse a mãe da Brenda sendo interrompida pelo marido.

- Ela não queria atrapalhar, eu estava louco pra acabar com a gracinha de vocês! – ele está me fuzilando com os olhos.

O pai da Brenda, seu Reginaldo, é um homem de bom coração. Ele é caminhoneiro, lembro que passava meses fora a trabalho e só ficava em casa em datas festivas. Imagino que por não ter sido tão presente na vida da filha, ele queira protegê-la ao máximo, e por isso fica receoso comigo.

- Por que vocês não tomam o café da manhã comigo e com a Brenda? - sugiro, torcendo pra que recusem.

- Nem pensar! Esse momento é só de vocês. – responde Rosana.

- Eu gostei dessa ideia! – respondeu o pai da Brenda levando um beliscão de sua esposa.

- Vou na padaria comprar alguns pães, mas se quiserem já podem ir lá pra casa da Brenda... E de vocês, claro.

- Nós já vamos, obrigada pelo convite, Diego. – disse Rosana sorrindo pra mim um pouco sem graça pelo marido.

Troquei de roupa, peguei a carteira e fui pra padaria pensando no quanto estou ferrado com a Brenda por ter chamado nossa família pra tomar café da manhã com a gente logo depois da nossa noite.

O presente do meu passado (Versão wattpad)Onde histórias criam vida. Descubra agora