- OQUE? - Perguntou David levando um susto.
- É... eu sei que deveria ter falado antes, mas tinha medo. Tinha medo do que você faria. E estava disposta a cuidar do bebe sozinha. Mas então você começou a reconquistar a minha confiança, e eu achei que deveria falar, afinal não fazia sentido eu reclamar de confiança se eu mesma estava escondendo coisas de você... - Disse Oli rapidamente enquanto David empalidecia e seus olhos se esbugalhavam a cada palavra.
- Mas... COMO ASSIM? Você sabe disso desde quando? - Perguntou ele já não conseguindo se conter, levantando e andando de um lado para o outro em pânico.
- Eu sei disso a dois meses. Então fui aos médicos... E está tudo bem. - Disse Oli acuada com a reação de David e não sabendo o que fazer.
- Então você está bem? O bebe está bem? - Imediatamente ele agachou na frente dela e segurou suas mãos mostrando preocupação.
- Estamos bem sim. Apesar de ficar enjoada frequentemente...
- Então foi por isso que você vomitou aquele dia na sua porta... eu fiquei tão preocupado Oli, por Deus. - Disse David sentando-se no chão mesmo e apertando as têmporas. Mas Oli percebeu que a tensão inicial tinha abandonado seu corpo. - Eu... estou feliz, mas preocupado. Bem, nunca pensei em ter um filho antes de te conhecer, confesso. A vida não era isso pra mim... Eu não queria me prender. Mas depois de você... Cara to bem confuso. Eu vim para a Inglaterra em busca de uma mudança na minha vida, mas a mudança está se tornando bem maior do que eu imaginei. - Disse David pensativo não conseguindo conter as emoções que se desenhavam em seus traços. Ele sorria feliz, e ficava tenso de preocupação, depois olhava para Oli admirado, e ficava feliz novamente.
- Quer ver uma foto do feijão? É assim que eu e as meninas chamamos ele. - Perguntou ela tocando no ombro dele de uma forma carinhosa e sorrindo. Ele arregalou os olhos e paralisou na mesma hora.
Oli ainda sorrindo pegou a bolsa e procurou dentro dela a pequena foto onde mostrava seu útero com o feijão branco que já havia começado a tomar forma de bebe. David sentou-se ao seu lado e cautelosamente pegou a foto e observou.
- Ele tem um cabeção. - Disse ele sorrindo. - Já amo ele.
Oli riu, e não conseguiu conter as emoções.
- Não chore Oli. - David abraçou a menina e a aconchegou em seu colo. Então acariciou sua pequena barriga que se moldava no vestido.
- É normal, eu estou sempre ou chorando, ou comendo, ou vomitando... os hormônios estão acabando comigo. - Ela disse enquanto limpava as lagrimas e deitava a cabeça no peito de David. Ele por sua vez envolveu os braços no corpo pequeno da menina como se a protegesse e descansou o queixo na cabeça dela.
- Fico triste por você não ter me contado antes. Queria ter podido cuidar de você como merece desde o começo. - Ele disse desencostando o rosto dela de si e o segurando com as duas mãos. - Mas agora vamos fazer tudo certo, ok? Vamos cuidar desse pequeno juntos, e eu vou cuidar de vocês dois. Mas da forma certa ta bom? - Ele disse olhando fundo nos olhos de Oli e ela assentiu. - E então? Você vai aceitar se casar comigo, minha Querida Olivine? - Ele disse suavizando sua expressão preocupada e finalizando o pedido com um pequeno beijo no nariz da menina.
- Mas não queria que se casasse comigo por dever David. - Disse ela se desvencilhando do abraço do mesmo e ficando de pé encolhida com os braços em torno de si na sua frente.
- Não é por obrigação. Como eu disse aquele dia no jardim, eu já queria isso. Falei com meu pai o próprio Rei da Escócia sobre você, e ele pediu para eu vir para te buscar. Ele quer conhece-la. Imagino que ele irá ama-la. Iria fazer isso com calma. - Disse David puxando Oli para si e fazendo a mesma sentar sobre si novamente. - Mas como temos um bebe agora, precisamos nos apressar. Se queremos que ele tenha os privilégios da realeza e faça parte realmente do que tem direito, precisamos nos casar antes que nasça. Meu pai com certeza falará o mesmo, e vovó também. Inclusive, o ideal era que casássemos amanhã... Pois quanto mais cedo, menor será o escândalo da futura duquesa se casando gravida. - Disse ele apertando ela em seus braços como se tivesse medo que a mesma fosse desaparecer a qualquer instante. Mas enquanto falava parecia perdido em seus próprios pensamentos... Como se pensasse em tudo em voz alta.
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Seja a minha Cinderella (Pausada)
RomanceGalera, vou deixar a história pausada por enquanto. Não estou conseguindo escrever ela, mas logo que conseguir, trago mais para vocês. Após o termino de um namoro de cinco anos, Clara se vê a beira de uma profunda depressão. Ela nunca soube lidar m...