Cap 12

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Me despedi da minha família e fui com David ainda não sabendo nosso destino.

Ao chegar no quintal, percebi uma moto vermelha estacionada.

Meu coração deu um pulo naquele momento. Eu não iria andar naquilo nem morta!

David percebendo minha cara assustada, revirou os olhos e subiu na moto.

- Sobe aí. - me chamou ligando a moto.

Fiz uma cara como se quisesse dizer: " é sério isso?" e cruzei meus braços.

Ele riu (caramba, nunca tinha reparado que o sorriso de David era tão fofo) e disse:

- Vem logo, é só agarrar na minha cintura. - a olhei meio desconfiada, mas enfrentei o "desafio".

Subi na moto e agarrei na cintura de David com um pouco de medo. Ele riu convencido e acelerou com tudo.

Na mesma hora, senti um frio na barriga e um medo desconfortável. Fechei meus olhos para a sensação de que eu cairia a qualquer momento daquela moto fosse embora, mas não estava adiantando muito.

- JÁ ESTAMOS CHEGANDO? - perguntei gritando mesmo em alta velocidade.

- JÁ! - me respondeu diminuindo a velocidade e encostando em uma calçada. Descemos da moto e suspiro aliviada.

- Viu? Não foi tão ruim assim. - David diz sorrindo pra mim.

- O que?! Foi péssimo! Eu quase morri naquela coisa! - exclamei meio irritada.

David riu me guiando pra algum lugar.

Saindo dali, pude perceber uma claridade colorida um pouco mais a frente. David estava me guiando para lá.

- Aonde vamos? - perguntei curiosa.

- Para cá. - disse ele apontado para um parque de diversões imenso. Me animei na mesma hora enquanto ele só ficava com cara de tédio.

- Ah qual é David.. se anima! Isso é uma parque de diversões! - tentei animá-lo.

- E daí? Qual graça tem disso? - permaneceu com cara de tédio.
A olhei incrédula. Eu amo parques, desde criança! O David não era alguém normal. Bufo e pego em sua mão o puxando para o parque.

Ele resiste um pouco mais logo cede.

- Mas.. por que me trouxe aqui se não gosta de parque? E por que um parque? Poderíamos ter ido a uma praçinha e tal, só pra dizer pra sua mãe que saímos juntos. - faço aspas com as mãos.

Ele ergue os ombros em um movimento rápido. Balanço a cabeça rindo pelo fato de David não bater muito bem da cabeça.

- Vamos no bate-bate. - o puxo pela mão em direção ao brinquedo.

Ele paga e ficamos na fila esperando nossa vez. Enquanto isso, fico observando as crianças baterem seus carrinhos uns contra os outros.

Percebo que um garotinho loiro bate tão forte no carrinho de uma menininha que ela fica irritada o bastante para sair e dar um tapa na cabeça dele. Ele reclama de dor pondo as mãos sobre sua cabeça. A menina volta para o carrinho como se nada tivesse acontecido.

Controlo minha risada pondo minhas mãos sobre a boca. Esse menino me lembra o Noah. Ama implicar com os outros...

David não se controla e acaba gargalhando na frente de todos. As pessoas começam a nos encarar meio confusas enquanto David gargalha cada vez mais alto.

Piso em seu pé com força como um sinal de repreensão. Ele me olha confuso e se controla.

- Nunca mais saio com você. - susurro para ele que me olha.

A Pessoa CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora