A Pessoa Certa

Cap 9

Eram exatamente 7 horas da noite, e o jantar eram às 8. Então, eu teria uma hora para me arrumar. Vasculho meu closet indecisa do que vou vestir.

Nada me interessa até que chego a um cabide que possui um macacão azul escuro florido soltinho que ia um pouco acima dos joelhos. Retirei o cabide do armário e o analisei. (na mídia)

Estava certa de que sentiria um pouco de frio mas não me importo. Seria esse mesmo.

Peguei minha roupa e me dirigi ao banheiro.

Tomo um banho quente e demorado e ponho a roupa escolhida. Coloco meu relógio prateado e meu cinto acima da cintura.

Escovei os dentes e deixei meus cabelos soltos. Passei um Blush bem de leve e um batom rosa clarinho. Me olhei no espelho e sorri.

Eu admito, eu estava linda, eu estava não, eu sou linda.

Sorri com meus pensamentos. Não entendo às vezes que pessoas tão bonitas não gostam da sua aparência ou corpo, ou  talvez se acham inferiores referente a beleza dos outros. Mas tinha uma frase que eu guardava sempre comigo:

A beleza de alguém não significa a ausência da sua .

Esse é meu lema.

Saí do banheiro e observei meus sapatos no chão enfileirados e em pares.

Depois de uns cinco minutos, escolhi um tênis branco no qual eu amava.

- Filha! Já está pronta?! - minha mãe grita do outro lado da porta.

- Já! - Grito de volta abrindo a porta e a encarando sorrindo.

Minha mãe estava linda. Ela usava um vestido azul marinho e seu rosto estava feito apenas com um brilho labial.

- Uau. - Ela falou me analizando de cima a baixo.

- Está linda! Aposto que o filho da nossa nova vizinha vai adorá-la! - brincou ela fazendo meu rosto corar.

- Para com isso mãe. Vamos! 8 horas. - avisei descendo as escadas com minha mãe atrás de mim.

Depois de uns cinco minutos, a companhia toca. Um frio na minha barriga se forma.

- Ah, deve ser eles. Deixa que eu atendo. - meu pai se pronuncia indo em direção a porta.

Quando ouço barulhos da porta se abrindo, me viro para ver os novos vizinhos.

Primeiro, entra uma mulher loira de cabelos ondulados que aparenta ter uns 40.  Ela abraça minha mãe em forma de comprimento. Logo atrás dela, uma garotinha super fofa com cabelos loiros passa pela porta timidamente. Noah, vendo ela, corre em sua direção e a leva no seu baú de brinquedos.

Ela se anima e começa a brincar junto com ele.

Desvio meu olhar para a porta novamente. Entra o famoso filho da vizinha.

Ele está super simples, uma calça jeans e um casaco cinza escrito Teen Wolf.

Oh my God, ele gosta de Teen Wolf??? Já amei ele.

Subo meu olhar para seu rosto e o olho bem. Ele me parece familiar. Observo novamente seu rosto estreitando os olhos.

E o reconheço.. ah não.

David é o meu vizinho?! Logo ele? Poderia ser qualquer pessoa menos ele!

Já não basta ele me perturbar na escola. Agora tem que ser meu vizinho?!

O que eu fiz pra merecer isso Deus?

Reviro os olhos e a raiva toma conta de mim.. aff.

- Sophie, vem falar com os convidados! - mamãe me chama toda sorridente. Papai também sorri pra mim.

Vou em direção a mulher loira e a abraço carinhosamente.

- É um prazer conhecê-la. - digo a ela tentando esconder minha fúria.

- O prazer é todo meu! Já conhece meu filho? - Ela perguntou animadamente puxando David pelo pulso.

David me olha admirado e reviro os olhos.

- Infelizmente sim. - A mãe de David me olha confusa e minha mãe me repreende com o olhar.

- Quer dizer... claro! Somos da mesma escola! - dou um sorriso meio amarelo enquanto David tenta esconder o riso.

Idiota.

A mulher loira sorri satisfeita e vai cumprimentar meu pai.

- Vamos se sentar! Fiz uma pizza deliciosa. - minha mãe anuncia se sentando à mesa. Todos fazem o mesmo.

Todos começamos a comer a pizza deliciosa de frango com catupiri. Eu amo pizza, ainda mais se for desse sabor.

- Vai querer mais Sophie? - minha mãe pergunta estendendo a faca em direção à pizza.

- Claro! - minha mãe ri, inclusive David. Estendo o prato em sua direção que coloca mais um pedaço.

- E você David? O que vai querer fazer na faculdade? - ele quase se engasga com a pizza e prendo o riso.

- E..eu, vou fazer psicologia, sogra. Q-quer dizer, senhora. - minha mãe gargalha.

O que ele pensa que está fazendo? Tá passando vergonha. Minha mãe nunca será a sogra dele.. Deus me free!

- Esse meu filho é tão engraçado! - a mulher loira acaricia a nuca de seu filho. Reviro os olhos.

Depois que terminamos de comer, todos se sentam no sofá e ficam conversando sobre reportagens enquanto Noah continua brincando com a nova pequena vizinha.

- Filha, por que você e o David não vão ficar um pouco no quintal? Você parece entediada. - minha mãe sorri.

E era verdade, eu estava mesmo entendiada. A única coisa boa nesse jantar foi comer. Porque o resto (como descobrir que David será meu vizinho) foi super chato.

Assenti e me levantei indo ao quintal. David me acompanhou.

Chegando no quintal, sentamos na grama mesmo e ficamos uns segundos em silêncio, observando o céu estrelado.

- Não vai falar nada? - David se prontifica. me observando.

- Não tem nada pra falar contigo. - David ri ironicamente.

Mais uns segundos de silêncio...

- Qual é a do casaco? - quebrei o silêncio matando minha vontade de perguntar sobre o casaco de Teen Wolf. Que eu amo!

Ele apontou para seu próprio casaco e assenti.

- Ah, meu pai me deu no meu último aniversário. - ele desviou seu olhar para o chão parecendo meio triste.

- O que foi David? - perguntei me inclinando em sua direção.

Ele fungou baixinho e disse:

- Nada, nada mesmo. Tá tudo bem. - David me olhou e deu um sorrisinho de leve.

Por um momento, senti pena dele. O que houve para ele ter ficado meio tristinho quando a gente falou sobre seu pai?

Será que ele se separou de sua mãe? Ou algo pior?

Depois desse momento meio constrangedor, tentei puxar conversa sobre algo. Ficamos conversando sobre Teen Wolf, Riverdale.. enfim, sobre séries.

Até que David não é tão chato quanto parece.

   

       Hey Galera! Estão gostando da história? O que será que houve com o pai de David? Será que ele e Sophie possam se dar bem? 😆

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