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Changbin on

Aquelas lembranças. DROGA DE LEMBRANÇAS.

Lembranças on

Sábado. Ficar deitado no meu quarto o dia inteiro era o que eu desejava, mas como nada é fácil na minha vida, decidi passar o dia bem longe dessa casa, bom eu achava que iria.

O embuste do meu padrasto entrou no meu quarto, detalhe: quase quebrou a porta. Veio na minha direção e me empurrou da cama me fazendo bater a costas na escrivaninha.

Levantei devagar, aquele cheiro de álcool e droga subiu para as minhas narinas e junto com o cheiro veio um chute que eu não esperava. Mais uma vez cai.

Dessa vez, não levantei, mas ele se aproximou e começou a me chutar, várias e várias vezes. Já não tinha mais forças, meus ouvidos doía de tantos xingamentos que estava recebendo.

Ele me pegou pela touca do moletom e me empurrou escada a baixo. Tive a sensação de que ia morrer ali naquele chão frio. Meu braço dói, meu corpo dói, mas ele não para. Ele disse que ia me matar mais cedo ou mais tarde, acho que a hora chegou.

Ele tirou alguma coisa metálica do bolso da calça e me puxou do chão. Sabe quando você pula tão alto na cama elástica que pensa que tá voando, pois é, eu tive essa sensação. Um canivete. Era isso que ele tinha em mãos. Então ele começou.

Ele fez um corte no meu braço e na hora que ele ia fazer outro, ouvi um estrondo, não sei se foi por sorte ou milagre, mas a pau mandado, vulgo minha mãe, acertou uma garrafa de soju na cabeça dele. Ela parecia não acreditar no que fez, não piscava e de repente ela caiu no chão. Corri até ela e abracei a mesma. Ela chorou nos meus braços.

Era perigoso ela ficar ali, pois se ele acordar vai matá-la. Mas não posso levá-la comigo, não tenho pra onde ir, não tenho amigos por perto, ela também não tem ninguém.

-Vá para o quarto dos fundos e fique lá até a polícia chegar, ok? - Ela continuou chorando.

- SEO JISOO! - Ela me olhou assustada- Eu estou com muita dor, me sinto morto e não quero que ele faça com você o que fez comigo ou ainda pior.

-Desculpe filho, me desculpe. Eu deveria ter acabado com isso antes -Voltou a chorar.

- Deveria ter feito isso à três anos atrás. Agora já é tarde demais para se lamentar, Seo Jisoo.

-Mãe, Seo Changbin. Me chame de mãe. Dói, Binnie. - Levantei apressadamente e ajudei ela a se levantar também.

- Tranque a porta por dentro e vá para o quarto dos fundos, se esconda no meio daquelas caixas empoeiradas. Não saia de lá até a polícia chegar. - disse assim que abri a porta do jardim que fica na parte de trás da casa.

- Ninguém vêm aqui, tirando eu, então, aquele embuste não vai pensar em vir procurar aqui. - Na hora que eu ia fechar a porta ela me parou.

-V-você volta para me
buscar?- Disse enquanto segurava minha mão.

-Eu não volto mais nessa casa. Vou ligar para a polícia, então, fique aqui.

-Bin, por favor.

-Desculpe, mamãe. - Tirei a mão dela e sai. A porta foi trancada e pude ouvir passos e o choro baixinho dela. Ao passar na sala vi o embuste ainda desacordado e aproveitei pra pegar meu celular, que estava caído no sofá e logo sai rápido.

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Não sei em que momento o Felix entrou aqui, mas ele na minha frente. Seonghwa não está aqui. Por um momento eu fiquei confuso.

- Por que não me contou Binnie?

- Eu não queria te ver triste com uma bobeira minha. - abaixei a cabeça

- Eu te contei tudo sobre mim. E "uma bobeira" sua é muito importante pra mim, Changbin.

- Me descul-lpe. Não me deixe sozin-nho. - Pedi em meio a lágrimas. Não posso perder uma das únicas pessoas que me restou.

- Eu não vou te deixar, Changbin. Eu já te falei, seus problemas também são meus e a minha vida, agora, também é sua. Estamos juntos nessa, Binnie. - me abraçou.

Seus braços é o meu refúgio, Lee Felix.



PS: Soju é uma bebida destilada transparente de origem coreana.

Goodbye Depression || WooSan ||[CONCLUÍDA] Onde histórias criam vida. Descubra agora