Um dia como pais

7.3K 476 459
                                    


Notas da autora:
Mais um capítulo quentinho para vocês!
Se preparem para morrerem de glicose de fofura! 





Do Kyungsoo



Quando percebi que era Jongin, parado atrás de mim na cozinha, eu senti que seria completamente repreendido e me encolheria muito ao tom de alfa dele, porém, ele se mostrou completamente preocupado e diferente de tudo o que eu tinha pensado. Embora eu o evitasse – por estar com vergonha do que aconteceu naquela noite – eu conseguia sentir os sentimentos dele e, com o tempo, percebi que o Jongin que eu conhecia na faculdade, era totalmente diferente do verdadeiro ele. Eu queria conhecê-lo mais, só precisava vencer a única barreira, isto é, eu mesmo.


Depois de estarmos no quarto e ele pedir para tocar minha barriga, mais uma vez minha timidez falou mais forte e eu neguei, mas senti o sentimento de decepção nele e resolvi deixá-lo tocar, porque eu queria sentir sua felicidade. Devido ao toque e ao meu choro, quando ficamos com os rostos bem próximos, eu queria beijá-lo. Torci tanto para que ele unisse nossos lábios, mas tudo o que ele fez foi nos separar e perguntar se podíamos ir ao shopping. Apesar de sentir decepção por não termos nos tocado, eu fiquei extremamente feliz. Seria nosso primeiro momento agindo como pais juntos.


Kris-hyung ficava sorrindo através do retrovisor do carro. Jongin estava sentado no banco de trás comigo e um palmo nos distanciava. Eu queria muito poder tocar sua mão, mas se ele queria manter distância, talvez fosse melhor. Enquanto eu ficava em silêncio, ouvi Kris perguntar a Jongin sobre uma tal punição, mas o alfa falou que não haveria nenhuma e eu fiquei extremamente curioso para perguntar do que se tratava, mas nada fiz por saber que, se eles quisessem que eu soubesse do que falavam, não teriam ficado conversando entrelinhas.


Não demoramos muito a chegar ao estacionamento do shopping e quando o veículo parou, eu saí por uma porta e Jongin pela outra. Fiquei parado esperando enquanto ele falava algo com Kris e quando terminaram, ele voltou-se para mim com um sorriso tímido. Céus, Jongin é lindo!


-Vamos agora, Soo? – ele perguntou ao parar do meu lado. Soo... ele me chamou de Soo de novo... – Soo? – ele chamou novamente e eu percebi que deveria me concentrar mais.


-Vamos. – respondi baixinho e caminhamos para o elevador.


Eu queria andar de mãos dadas com ele de novo, mas Jongin mantinha as mãos no bolso e por isso eu segurava minhas mãos na frente do meu corpo. Entramos no apertado espaço da caixa metálica e pessoas se espremiam para conseguir caber ali. Eu encolhi meu corpo, timidamente, e quando a porta se fechou, um homem se mexeu e me empurrou. Eu cambaleei um pouco para o lado e bati em alguém. O toque possessivo em minha cintura, o cheiro e o choque que passou pelo meu corpo, não negava quem era.


-Não o empurre. – Jongin rosnou e o homem se afastou assustado.


Eu não deveria ficar feliz por isso, deveria? Jongin havia rosnado, me segurava bem próximo ao seu corpo e eu conseguia sentir que ele seria capaz de arrumar uma briga se o cara o tivesse afrontado. Eu não deveria ficar feliz por saber que ele poderia brigar não é? Se eu deveria ou não, apenas o reflexo na porta metálica me fez perceber que eu estava sorrindo. É... eu estava feliz.

Alma GêmeaOnde histórias criam vida. Descubra agora