Alma Gêmea

Hospital

Oh Sehun

Por culpa da noite, não consegui ver qual era o carro que caía pelo precipício. Prendi minha respiração ao cogitar ser o carro em que Kyungsoo e Minseok estavam. O carro parou de supetão e de soslaio vi Jongin correndo para fora do nosso veículo. Assisti meu amigo sair correndo em direção ao carro que tinha ficado – e que estava prestes a cair, logo abrindo a porta e puxando Kyungsoo com Minseok no colo. Um minuto depois, o outro carro também desceu a ladeira.

Saí correndo de onde eu estava e cheguei perto dos meus amigos. Kyungsoo estava com a cabeça sangrando, de mãos amarradas e completamente sujo de suor e grama. Minseok estava desacordado e sendo segurado por Kyungsoo.

-Minseok está bem? Ele está respirando? – perguntei preocupado.

-Ele está vivo. – Kyungsoo respondeu e olhou para Jongin. – Você veio... – sussurrou e fechou os olhos.

-KYUNGSOO! – Jongin gritou e puxou o ômega para seus braços. – Soo, carinho... por favor... acorda... – meu amigo implorava. Ele dizia em meio as presas, que começavam a diminuir, deixando sua voz rouca.

-Kai, calma. Kyungsoo deve ter desmaiado de exaustão. Ele não deve ter comido nada até agora e passou por muitas coisas. – tentei tranquilizar meu amigo, que me olhou de forma sofrida.

-Pega o Minnie, por favor. – ele pediu e eu concordei.

Peguei Minseok do colo de Kyungsoo e vi Jongin desamarrar as mãos do marido. A pele do ômega estava completamente vermelha e roxa, ainda mais que ele era muito branquinho. Fitei meu melhor amigo e vi a dor que ele sentia. Ele deveria pensar que tinha chegado tarde, era bem a cara dele.

-Jongin, não se culpe. – murmurei e o vi erguer Kyungsoo nos braços. – Você chegou a tempo. Tenha orgulho do Kyungsoo, ele aguentou muita coisa. – aconselhei e o vi olhar para seu ômega.

-Eu sempre tenho orgulho do meu carinho. – ele declarou e apertou ainda mais o pequeno corpo nos braços.

Meu amigo estava começando a voltar com os olhos da cor castanha e ter suas presas voltando para o lugar. Era notável como ele estava abalado, então falei para ele ir no banco de trás com Kyungsoo e Minseok. Meu amigo nem mesmo questionou. Guiei o carro pela trilha e fiquei olhando meus amigos pelo retrovisor. Jongin estava chorando silenciosamente e aquilo me deixou agoniado.

Chegamos ao galpão abandonado e encontramos Kris, Tao e o sr. Kim. Eles estavam acompanhados da polícia. Conforme fui me aproximando com o carro, os policiais nos cercaram. Eles não conseguiam ver quem nós éramos por culpa da escuridão.

-Calma, somos amigos. – anunciei parando o carro e saindo do mesmo.

-Sehun?! Onde está o Minseok e o... – senhor Kim parou de falar ao me ver apontando o carro. Ele correu para o mesmo e arregalou os olhos. – Chamem uma ambulância agora!