Capítulo 35

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João Félix

Depois do jogo estive com os meus pais e com o meu irmão. Eles estavam super contentes pelo jogo que eu tinha feito. Sempre que marcava apontava para a zona da bancada em que eles estavam. Essa era a minha forma de mostrar o quão grato estava por todo o seu apoio ao longo da minha vida. Agradecia-lhes tudo desde a educação que me deram até ao apoio que me deram a nível profissional.
Mãe- Está de parabéns o meu menino!- Disse dando-me um beijinho enquanto que o meu pai me dava uma palmada nas costas.
Hugo- Que jogão mano! Fogo...
Eu estava tão feliz... Primeiro que tudo tinha a Margarida e ela deixava-me literalmente desorientado, no melhor sentido claro, e para além disso tinha feito um bom jogo e a minha família estava muito orgulhosa de mim.
Mãe- Acho que já sei o motivo desse sorriso.- Disse baixinho enquanto o meu pai e o Hugo estavam de conversa.
João- O quê? Apenas estou contente pelo jogo ter corrido bem!- Respondi fazendo-me de desentendido.
Mãe- João... Sabes que a mãe descobre as coisas...- Disse rindo.- Antes do jogo ouvi um "Vai dar um beijinho de boa sorte ao João". Presumo que o João sejas tu e para além disso conheci a rapariga... Muito bonita e simpática diga-se de passagem.
O sorriso não tinha abandonado a cara da minha mãe desde o momento em que ela tinha começado a falar da Margarida, e o meu também não, porque instantes depois vi-a toda sorridente a falar com a Maria. Estava a ouvir a minha mãe mas os meus olhos estavam virados para a Margarida.
Mãe- João estás mesmo apanhadinho e depois ainda me vens dizer que não é nada e só estás assim por causa do jogo. A mãe conhece-te... Conta lá namoras com a rapariga?
João- Mãe eu não tenho namorada...
Mãe- Mas gostas dela...- Disse sorrindo fazendo com que o meu sorriso também crescesse.- Pronto nem vale a pena responderes. Trata bem dela, não a magoes.
Mal sabia a minha mãe que isso já tinha acontecido e era por isso que andava triste há uns dias atrás...
Precisava da Margarida, precisava de a ter agarrada a mim, precisava de a sentir perto, por isso mandei-lhe uma mensagem a dizer para ela ir ter comigo. Disse aos meus pais que ia tomar banho e despachar-me para irmos para casa, mas primeiro fui ter com ela.
Passei pela Margarida, pisquei-lhe o olho e segui caminho. Ao fim de um bocadinho senti movimento no corredor, abri ligeiramente a porta para confirmar quem estava lá fora e assim que percebi que era a Margarida, puxei-a pelo braço para dentro da divisão e encostei-a à porta juntando as nossas testas. Sentia tantas vezes uma necessidade súbita de a agarrar e não a largar nunca mais.
João- Preciso de ti...- Disse num sussurro.
Margarida- Estou aqui contigo e se fosse por mim não deixava de estar nesta posição para o resto da minha vida.- Respondeu no mesmo tom.
João- Não me digas essas coisas... Assim já não te deixo sair daqui...- Disse com um sorriso enquanto me aproximava dos seus lábios sem os tocar. Tocava com os meus lábios nos seus ao de leve e depois afastava-me um bocadinho novamente e ia roçando o meu nariz no seu... Ela era tão querida.
Margarida- Vais beijar-me ou não?- Perguntou com um sorriso devido ao meu joguinho.
João- Queres?- Perguntei enquanto afastava o cabelo da sua cara com uma mão.
Margarida- Cala-te Félix.- Respondeu a rir e pegou-me na gola da blusa puxando-me para si e beijou-me.
Porra Margarida tu deixas-me maluco. Os nossos lábios encaixavam tão bem... Os beijos dela estavam a deixar-me louco e custava tanto não me esticar muito com ela. Nós não namorávamos, por isso tentava controlar-me sempre que nos beijávamos, mas às vezes os beijos deixavam de ser carinhosos e as minhas mãos pareciam ganhar vida própria e queriam ir para sítios onde não sabia se tinha autorização, e isso era o que estava a acontecer agora.
Margarida- João tens que te ir despachar, os teus pais estão à espera.- Tentou dizer entre beijos, visto que eu não queria largar os lábios dela de maneira nenhuma.
João- Eu sei... Dá-me só mais um beijo.
Ela deu-me um selinho e afastou-se rindo porque sabia bem a que tipo de beijo é que me estava a referir. Puxei-a para mim e dei-lhe um beijo como deve de ser.
A Margarida saiu primeiro e eu fiquei na enfermaria uns minutos para não aparecermos os dois ao mesmo tempo. O sorriso que ela me tinha deixado nos lábios era enorme...
Quando cheguei ao balneário depois do banho vi a Margarida a correr de um lado para o outro enquanto o Rafa andava a correr atrás dela.

Margarida

Depois de deixar o João na enfermaria fui para o balneário e como o Rafa estava a tomar banho decidimos esconder-lhe o casaco que ele ia vestir a seguir. Tinha-o guardado no meu cacifo e este, quando chegou, andou à procura dele. Como eu não consigo não me denunciar, comecei-me a rir e ele rapidamente percebeu que quem o tinha era eu.
Rafa- Com que então quem escondeu o meu casaco foi a menina Margarida.- Disse rindo.
Margarida- Eu?! Porquê eu?!
Rafa- Vá eu sei que foste tu. Margarida tu não consegues mentir, começas logo a rir-te. E agora ainda te vais rir mais.- Disse com uma cara maliciosa.
O Rafa começou a aproximar-se de mim com a mãos levantadas e percebi logo o que aí vinha... Eu tinha imensas cócegas e por isso comecei a correr para ele não me apanhar. No momento em que comecei a correr o João entrou no balneário.
João- O que é que se está a passar?- Perguntou confuso por nos ver a correr e por eu me ter escondido atrás dele.
Rafa- Puto sai da frente, essa menina vai sofrer um ataque de cócegas por me ter andado a esconder roupa.- O João começou a rir-se, mas não se desviou.
Margarida- Mas nem fui a única! Eles é que tiveram a ideia!- Disse apontando para os rapazes.
Rafa- Mas a ti é mais fácil fazer cócegas.
Consegui fugir do balneário e comecei a correr em direção à sala onde estavam as famílias na esperança que ele me deixasse de seguir. Fui para perto do mister por pensar que aí ele não me vinha buscar, mas enganei-me.
Rafa- Não te escapas.- Disse pegando-me pelas pernas e pondo-me ao colo enquanto ambos nos riamos.
Treinador- O que é que se está a passar?- Perguntou também rindo.
Rafa- Mister, a doutora não vai estar em condições de trabalhar a próxima semana. Vai levar com um ataque de cócegas da equipa!
E abalou comigo nos braços para o balneário enquanto que as pessoas que se tinham apercebido do sucedido ficaram a rir.
Rafa- Félix ajuda-me aqui! Bora ao ataque!- Disse quando o encontrámos logo no início do corredor.
Margarida- João ajuda-me! Hoje não Rafa! Por favor.- Disse fazendo cara de cachorrinho.
Ele lá me largou e fomos para o balneário entre risos buscar as nossas coisas.
João- Vais como para casa?
Margarida- Vou com o meu primo! Não trouxe carro ele é que tem.
João- Mas ele já foi... A estas horas já deve estar deitado.
Margarida- Aí é verdade! Já não me lembrava...
João- Anda eu levo-te.
Margarida- Mas tu vais com os teus pais. Deixa que vou a pé, isto é aqui ao lado.
João- Nem penses! Anda daí.
Fomos para junto dos seus pais e cumprimentámo-nos muito bem. Eles eram muito simpáticos.
João- Vamos só deixar a Margarida a casa, pode ser? Ela mora aqui ao lado, mas já é tarde para ir sozinha.
Pai do João- Claro que vamos!
Margarida- Os meus primos já foram embora há mais tempo e nem me lembrei que não tinha trazido carro...
Mãe do João- Não te preocupes querida, nós levamos-te! A pé a estas horas é que não convém ires.


O que acharam? Estou tão entusiasmada com a história!
O nosso menino foi convocado para a liga das nações! Que orgulho!
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Beijos até à próxima <3333

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