MINHA Assistente

Christian Lambertini

Eu não acredito nisso, minha Smurf está em meus braços cheia de sangue, ela não pode me deixar!

— Amor, fala comigo minha linda, por favor fala comigo.

Minhas súplicas são em vão, ela não reage, não sei nem se pode me ouvir.

— Meu Deus, anjinha! O que aconteceu Christian?

— Essa maluca atirou nela Dylan, ela queria matar minha Smurf, eu não posso viver sem ela Dylan, eu não quero!

— Ela vai ficar bem, ela é forte!

Nessa hora minha sala é invadida por médicos e enfermeiros, rapidamente ela foi retirada dos meus braços e seguimos para ambulância.

— Preparar respirador, pressão caindo, estamos perdendo a paciente.

Meu mundo desabou ali, minha mulher, minha loirinha estava me deixando e não há nada que eu possa fazer quanto a isso.

— Por favor, salvem minha mulher!

Seguimos para o hospital, minha Alice ainda está respirando para meu alívio.

— O senhor não pode entrar aqui, vamos fazer de tudo para salvar sua esposa, agora o senhor precisa preencher a papelada e nos deixar cuidar do resto.

Não é hora de agir como um completo irracional, minha mulher precisa de mim, vou até a entrada fazer sua ficha, logo vejo seus amigos e irmão chegando.

— O que houve com a minha irmã? Como ela está ?

— Ela levou um tiro, está em cirurgia, estou indo para a sala de espera querem ir comigo?

Todos concordam e logo vamos pra sala de espera, várias horas passam e não temos nenhuma notícia, depois de 14 horas em cirurgia vejo o médico saindo.

— Parentes de Alice Lambertini?

Sim, eu coloquei ela como casada, sei que ela não tem plano nesse hospital, mas eu tenho e faço questão que minha mulher seja atendida por ele.

— Somos nós! Como está minha mulher?

— A bala passou a milímetros do coração, ficou alojada em um local de difícil acesso, mas felizmente conseguimos retirar sem maiores danos, mas infelizmente ela perdeu muito sangue, o que afetou na circulação até o cérebro.

— O que quer dizer com isso doutor?

Henrique faz a pergunta que eu já estava pronto pra fazer, vejo o médico com uma expressão de pena.

— Infelizmente a Senhora Alice entrou em coma, não sabemos quando ela irá acordar, eu sinto muito!

— Doutor, eu posso ver a minha mulher?

— Nas próximas 48 horas ela não poderá receber visitas, deixarei que veja pelo vidro, mas terão que ser breves.

Seguimos o doutor, nenhum de nós arredou o pé do hospital desde que Alice deu entrada, quando a vejo pelo vidro, sinto meu coração despedaçado, ela está cheia de tubos, e muito pálida, ver ela assim acabou comigo, eu daria qualquer coisa para estar em seu lugar, ela precisa acordar, precisa saber que eu também a amo, mais que a mim mesmo!

— Me perdoa meu amor, eu não te protegi como deveria!

Todos estão chorando, devastados por ver a Alice nessa condição, foi tudo minha culpa, se não fosse por Pâmela, Alice estaria bem, estaríamos deitados, assistindo algo bobo, que saudades de ficar assim com ela.

— Vocês precisam ir, deveriam ir pra casa, qualquer novidade no quadro dela eu mesma ligarei para informar a vocês.

Depois de sairmos da UTI, seguimos para a sala de espera.