Capítulo Um

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Olá pessoal, logo estarei publicando um livro sobre as principais curiosidades de Tabuleiro Vermelho... Muitas perguntas podem se formar ao longo da leitura, eu responderei todas! Deixem também suas dúvidas nos comentários .
Abraço, espero que gostem! 

Tabuleiro vermelho

Capítulo um

Uma cidade antiga, com raízes profundas na historia, banhada pela luz da lua cheia, que era dona de mitos e lendas que aterrorizavam as crianças na hora de dormir. Muitos dos homens não sabiam das coisas que sucediam ali naquele lugar, uma pratica antiga como os dias, mantida ali de geração em geração. A tecnologia cegou o homem ás coisas que sucediam debaixo de seus narizes e a magia seguia apenas para aqueles que podiam vê-la e famílias antigas matavam para fazer valer suas tradições. E para renovar a magia sobre aquela terra, um torneio devia ser realizado.

O torneio ganhou o nome ao longo dos séculos de Tabuleiro Vermelho, sendo sua pratica que originou o jogo dos homens chamado de xadrez, de forma que ambos eram semelhantes em muitos aspectos. Os sábios eram os que estudavam a magia a fundo e escolhiam, dentro da comunidade mágica, dois reis que, por sua vez, deveriam recrutar, cada um, sete guerreiros. Cada guerreiro receberia uma posição e uma peça que o represente e esse recrutado deve escolher um aprendiz para substituí-lo caso seja preciso. Reunia-se, assim, trinta e dois guerreiros, divididos e brancos e negros.
O objetivo desse sangrento torneio é um dos reis capturar todas as peças do oponente e a peça do rei inimigo. É permitido chegar a essa peça com uma justa batalha até a rendição do guerreiro ou mesmo até a sua morte. Os mais antigos sabiam que os preparativos já haviam começado, os reis já estavam escolhidos e o torneio estava prestes a ter início.

Liam, como de costume, estava no terraço de seu prédio, olhando para lua e para as luzes que contrastavam-se a escuridão que tanto tentava evitar. Era um garoto moreno, pequeno para sua idade, com cabelos longos e rebeldes, espinhas sobre a face e um coração forte e bom. Sua família era praticante da arte da magia desde os primórdios daquela terra. Ele possuía grande habilidade na magia.

Liam ouviu um som em sua retaguarda e depois passos, o medo não imperava em seu coração nem tampouco a coragem, e sim a razão e paciência.

— Falaram-me que poderia te encontrar aqui! – Falou a voz um pouco familiar.

Liam nada respondeu e também não demonstrou estar preocupado com aquele homem.

— Lembra de mim? – Pergunta o homem se aproximando.

— Deveria? – Diz ele, com sua voz grossa.

— Estudamos juntos. – Responde o homem.

Liam se vira, reconhecendo o homem diante dele, um pouco mais alto, com olhos negros, cicatrizes no rosto e cabelos curtos. Eles estudaram magia juntos em certo período.

— Yago! – Diz Liam, se mostrando desinteressado. Tinham sido mais que colegas de escola, uma amizade havia brotado e fora cortada friamente por Yago. Liam não se esqueceu disso.

— Faz um tempo que não nos vemos! – Diz Yago, sorrindo sem receber retribuição.

— Está precisando de mim? – Pergunta, sendo direto.

— Por que acha isso? – Indaga Yago, como se estivesse ofendido.

— Não gosto de rodeios, Yago, seja claro e breve, por favor! – Falou, decidido, fazendo o sorriso aumentar nos lábios de Yago.

— É por isso que estou aqui! – Explica ele. — De fato, eu preciso de você!
Liam aguarda que ele continue.

— O primeiro sino já foi tocado e, no terceiro, o Torneio se iniciará. Fui escolhido como rei negro! – Diz ele, fazendo a expressão de Liam mudar. Nunca achou que iria assistir um rito tão antigo e também primitivo, em sua opinião.

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