Capítulo Oito

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Um plano em perigo

Liam e sua família junto a Davina sentavam à mesa sorrindo fingindo que às últimas vinte e quatro horas não existiram até o celular de Liam tocou anunciando uma mensagem o garoto sorridente da última piada de seu pai permite que a mensagem o limite em seu sorriso. 
O que foi Liam? Perguntou Larissa sendo a primeira a notar.
Tenho que sair. Levantou-se rapidamente da cadeira.
Como? Aonde vai? Lorenzo também se coloca em pé.
Liam olha para Davina depois para os familiares.
Coisas do Torneio!
A fala do menino de certo modo constrange Davina que lutava em si mesma para se convencer de que de fato estava sendo aceita naquele lugar.
Tudo bem. Cuidado! O pai volta a sentar-se olhando o filho fitar em Davina. —Não se preocupe, ela estará aqui quando você voltar!
Ele sorrir para ela que retribui.
Se for atacar meu Território vai se dá mal, não vou estar La! Todos dão risadas e a campainha toca, o garoto que já estava em pé caminha até a porta e quando abre automaticamente sua armadura o completa tomando seu corpo. Ao lado de fora o Rei das peças brancas, Gabriel com suas mãos nos bolsos e um olhar tranqüilo, o mesmo da noite que se conheceram.
Como sabe onde eu moro? Indagou já com duas espadas nas mãos.
Jura?! Gabriel solta uma risada.
Lorenzo é o primeiro e chegar à sala e ver seu filho com armadura se aproxima, assim todos o fazem chegando ao cômodo.
Eu apenas vim ver Davina. Diz ele depois de avistar a menina. —Não será necessário usar sua armadura.
Liam se consumia em ódio e demorou até sua armadura se desfazer.
Não devia ter vindo aqui Gabriel! Repreende Davina se aproximando.
Por que não? Sou seu amigo e soube do que ocorreu, fiquei preocupado. Sua fala não convenceu muito. —Não quero problemas. Mas devo dizer que foi uma atitude um pouco estranha permitir a entrada dela em Liam...
—Davina e eu sabemos dividir ás coisas! Respondeu a menina que se apressou para ficar a frente de Liam.
Me desculpem mesmo por esse transtorno. Ela sai ao corredor e puxa Gabriel fazendo Liam bater fortemente à porta.
Ei! Seu pai o reprova. —Sabia que isso podia acontecer, não finja que é algo de outro mundo. Agora vá você tem coisas para fazer, responsabilidade para arcar.
Mas...
Vai! Diz ele retirando qualquer chance de argumento.
Liam então sai ao corredor sem olhar para eles até o elevador onde de costas selecionou o andar.
Não devia ter vindo aqui Gabriel! Ela tapeia seu braço levemente.
Por que não me procurou? Sabe que eu posso te ajudar. Falou ele segurando em suas mãos. —Fiquei furioso quando soube, então fui informado que os Vicouns resolveram. Davina eles são nosso inimigos! Alertou ele.
Ela se solta com violência.
Não são meus inimigos. Estamos de lados opostos para um Torneio, uma competição! Ela se enfurece pelo sentimento que gerava em seu coração.
Isso não vai dar certo! Acredite. Gabriel anda para trás um pouco perplexo. —Preciso questionar sua lealdade? Ou teria coragem de matar Liam? Indagou a empurrando para parede.
Se somos mesmo amigos, não pediria isso! Ela desvia o olhar e ele segura seu rosto com violência.
Éramos para ser mais que amigos! Ele encara os lábios da menina bem de perto.
Me solta!
Ele ignora seu pedido e começa a cheira seu pescoço enquanto seu corpo ficava preso a parede.
­—Solta Ela! A pequena Larissa se encontrava no centro do corredor com uma autoridade ainda não conquistada. Ele olha para garota.
Pirralha, vai brincar com suas bonecas!
As luzes do corredor piscam repentinamente.
Estou cansada de ver homens como você, agora a solte! A menina caminha um pouco para frente.
Pare Larissa. Pede Davina conseguindo se solta e dando um forte empurrão em Gabriel. —Nunca mais faça isso ou não poderá mesmo contar com minha lealdade.
Gabriel encara a menina que o desafiou e caminha contra ela bem rápido e antes de alcançar a menina viu Lorenzo no portal de sua casa então ele desvia dela em direção ao elevador.
Foi um prazer, Senhor Viocum! Falou quando passou por ele.
Davina retorna a se desculpar, mas a família estava comprometida em cuidar dela enquanto precisar, a antiga empatia dos elfos ainda jazia no sangue daquela família.
O caminho silencioso era uma Tortura para Liam e sua mente naquele momento era sua maior inimiga, pensamentos horríveis pairavam, chegando a uma esquina encontrou Yago e Renan.
Foi mal a demora!
Não se preocupe. Diz Yago guiando eles após os cumprimentos para um canto. —O que faremos é algo além do Torneio e não mentirei, chamei vocês para minha defesa caso seja preciso por causa das habilidades de vocês.
O que quer dizer com "Além do Torneio"? Perguntou Liam.
Estou com algumas suspeitas devido ao Torneio e nossos oponentes. Explico melhor no caminho.
Tem certeza? Pergunta Renan sabendo melhor do que se tratava e cautelosamente Yago contou o que Liam precisava saber no momento. E partem com um carro para uma área remota da cidade e esquecida enquanto a noite se estendia.
A casa que avistaram estava queimada e arrombada escura e tenebrosa, ainda dentro do carro os homens encaravam o recinto.
Liam, seus cães podem farejar magia não é? Pergunta Yago desligando o carro.
Sim, mas o que espera encontrar mesmo? Indaga o menino olhando para escuridão agonizante.
Parece que esse encantamento não é legalizado ou conhecido pensei que como os animais imperiais são criaturas milenares poderiam reconhecer.
Certo!
Eles saem do carro cada um com um lanterna.
Não sabemos o que tem ai. Talvez aja defesas, ou apenas uma casa para drogados! Alertou o rei.
Os três então se armam com suas armaduras antigas. Renan deixa cair de sua manga uma serpente que rasteja na frente, dos umbrais de Liam sai uma fumaça que se torna um cachorro da raça Fox Terrier que adentra na casa, o assoalho rangia ao piso dos intrusos o cão arrastava seu focinho no chão.
O Que esperam encontrar aqui? Pergunta o cão assustando a todos.
O rei se apressa em responder:
Encantamentos antigos, artefatos antigos, qualquer informação!
O cão caminha subindo escadas em decomposição para o nível superior.
Yago possuía a armadura de um Dragão de água que lhe dava uma capa fina sobre as costas de um azul celeste a armadura em azul escuro e opaco, chamava-se de Bilor o nome do dragão quando ainda era uma criatura e sendo à última de sua espécie convertida em armadura pelos clãs do mar.
A primeira criatura a voltar é a serpente Isunay que rasteja aos pés de Renan e diferente de Semago ela falou apenas com seu possuidor.
—Ela disse que achou algo La em baixo! Contou Renan para os outros que examinavam a casa.
Não puderam salvar nada! Comentou Liam olhando para pedaços de coisas queimadas um porta-retratos com uma foto queimada apresentou um pedaço de um rosto conhecido, estão soube que a casa de fato pertencia a Gabriel. Semago então salta de um buraco para o de volta onde estavam os outros.
Quem atacou o lugar, veio por cima, as portas onde passamos tem um cheiro de escudos de magia. E o fogo também foi usado para destruir algo que cheira por toda casa. Junto ao cão todos descem para o porão que fedia a carne queimada.
Sentem esse cheiro? Perguntou o cão e nem precisavam confirmar, pois tampavam o rosto com a mão. —Isso é cheiro de Magia Negra e das mais antigas.
Do tempo dos elfos? Yago apontava a lanterna para as paredes.
—Ainda mais antiga. Quando só existiam os quatro cantos!
Chegando mais perto de uma parede puderam ver ao chão resto de quartzo, usando para ampliação de poder, entre outros utensílios usados com magia negra.
Isunay disse que isso tem haver com selos. Comentou Renan querendo muito deixar aquele lugar.
Selos? Indagou Liam. —Eles queriam criar selos? Ficou confuso.
—Não. O cão toma uma forma humanoide. —Eles queriam quebrar um. É hora sair daqui. Falou Semago retornando a armadura.
—Vamos! Diz Yago desligando a lanterna e voltando para cima sendo segundo por Liam e por Renan, Isunay corri rapidamente por todos os passos que eles deram ali escondendo seus rastros. Quando chegaram ao lado de fora já não usavam mais armaduras.
Que selo eles queriam quebrar? Indaga Liam muito curioso e ruía suas unhas.
Não sei! Respondeu Yago fazendo retorno com o carro e deixando o local. —Mas vou descobrir isso é algo grande pessoal tomem o dobro de cuidado. Principalmente você Liam com aquela garota.
Não se meta nisso, por favor. Pediu o menino secamente. —Não é problema de vocês e eu não vou misturar as coisas ainda mais se for tão sério como parece.
Escolhi vocês por isso, são mais inteligentes do que parecem!
O resto da viajem foi silenciosa, às teorias dentro de cada mente tinha mais espaço. Então Liam fica na porta de seu prédio e pela primeira vez ouve a criatura Imperial falar aos seus ouvidos o que lhe causa uma forte tontura, os funcionários tentam ajudá-lo mais ele dispensa disfarçando até o elevador.
Eu sei quem entrou naquela casa!
Quem? Por que não disse antes?
Tinha outra força La e não sabia se podiam nos ouvir.
—Tá, isso não importa mais! Agora diga quem invadiu e matou os mais de Gabriel?
—Os Dragonitas! Respondeu ele transparecendo preocupação.
Quem são esses? O garoto não sabia nada sobre aquela ordem há muito esquecida.
Guerreiros que protegem o mundo desde a queda dos elementos. Se eles estiveram aqui é porque alguém tentou trazer um elemento a vida e o único elemento que ainda pode ser trago é o fogo que está preso por cinco selos. Conhece a historia. O menino é tomado por um grande medo, os elementos foram responsáveis pelas maiorias das grandes guerras e ele estava bem no meio daquilo tudo e como se arrependia já que o motivo de estar ali nem mais existia e a vingança o guiou a um caminho de morte sem volta a guerra lhe estava porta e batia loucamente. Chegando a sua casa já tarde seu pai lhe pede desculpa, Davina não estava mais La sua mãe ao retornar para casa carecia de cuidados, mas o garoto preferiu assim desse modo não precisava se preocupar em guardar aquilo para si e podia dividir um pouco com seu pai.
Gabriel descarregava sua fúria no pedal direito pulando os sinais junto ao seu fiel companheiro Tiago que desembrulhava um pirulito azul.
Não vai demorar a entenderem do que se trata! Exclamou Tiago desapontado.
O rei branco grita e bate no volante.
Teremos que ser mais rápidos então, não há mais tempo! Dirigia perigosamente sem medo.
Se eles fizerem uma denúncia?
Não farão. Perder a chance de serem heróis?! Não. Vão levar isso nas costas até caírem, assim eu espero! Fora que eles não têm provas, tudo na casa a Ordem já sabe.
—De quantas mortes precisamos para realizar o encantamento?
Ele da uma freada brusca.
Cinco acredito que seja o suficiente. Olhou para Tiago.
Eu ainda acho que fazer assassinato aleatório seria mais rápido! Argumentou.
Rápido sim. Mas chamaria atenção e a Ordem dos Lobos não mediria esforços para nos matar. Agora precisamos matar os Negros.
Não encantamos as peças deles, como canalizaremos sua magia?
Matando aqueles que já tomaram nossas peças! Vamos selecionar aqueles do nosso lado que podemos confiar e descartar os outros. Gabriel encosta sua têmpora no volante com um suspiro. —Eu perdi muito mais que um plano hoje. Assumiu.
Quando se ama se cuida! Advertiu Tiago quebrando no dente o pirulito. —E você não perdeu o plano, eles apenas estão desconfiados de alguma coisa.
Amo ela! Não tenha duvidas, fico sem saber o que fazer quando estou com ela e só quero senti-la perto, seu cheiro. Ele olha para o amigo que tentava engolir o doce.
O pai dela bate nela, xinga e maltrata. Acha que ela vai querer alguém que trata ela como você a trata?
A ajudei quando precisou. Bufou.
Não! Tentou comprá-la isso é diferente. Você é caprichoso.
Acha que Liam está fazendo isso porque gosta dela?
Não Tenho dúvidas! Tiago olha para o volante e o carro e fez um gesto com mão e retornou para estrada guiando-se sozinho.
Então eu terei outra oportunidade com Davina, consolando ela da perda do amigo! Ele sorrir assumindo o volante.
Os homens não sabem viver a paz, não estar em guerra não significa não haver conflitos, mas sim facilidade em resolvê-los e agora mais uma vez a desordem cerca aqueles que conhecem a magia e muitos davam razão para aqueles que a eras atrás tentaram destruir a magia. Os dias tranquilos, calmos e serenos banhados pela felicidade chegaram ao fim em seu crepúsculo e alvorada da guerra surgia impetuosamente.

TABULEIRO VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora