Capítulo Trinta

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Capítulo Trinta

A queda das casas

A família Dursan como sempre se posicionava com peso contra o Senado e suas ações, mesmo que Luiz afirmasse que as metidas eram para o bem de todos. Tinham um dos maiores jornais dentro e fora do mundo Mágico e todos tinham fé em suas informações, eles sabiam mais do que publicavam em seu jornal e seus trabalhadores eram fies ao líder da Família e souberam que muitas casas estavam sendo convocadas para o que parecia ser um golpe de estado, eles sabiam que um dia ou outro receberiam a tal visita.

O dia finalmente chegou e Peter, líder da família foi chamado por sua emprega que afirmava ter visitas ilustres no salão.

—A que devo a honra? — perguntou ele descendo a escadaria com um sorriso largo, vestia um terno perto não era tão velho quando as pessoas esperavam.

—Senhor Dursan, perdoe-nos por vir sem avisar! — falou Ezra que estava acompanhado de Gabriel, Ícaro e Tiago.

Peter reconheceu a todos, exceto aquele que lhe dirigia a palavra.

—Imagino que não nos conhecemos ainda! — ao chegar perto estende a mão para Ezra que aperta e o convida para sentar.

—Meu nome é Ezra, sou um príncipe de um povo antigo que morou aqui antes... Quero dizer a muito tempo. Vim trazer uma proposta a uma pessoa sensata como você, seu jornal tem toda atenção do mundo mágico pelo que sei.

—Agradeço pelo comentário, chegamos onde estamos com muito trabalho duro. Não quero ser indelicado Sr. Ezra, mas vivemos sobre uma democracia e para com a monarquia temos apenas respeito. Já que ela poderia nos priva de nossa maior fonte: a Liberdade! — falou ele encarando aos homens que ficaram pé.

—Creio que a liberdade se torna algo sem sentido quando não se pode fazer muito para o bem comum. Vi inúmeras reportagens sobre escândalos de corrupção no Senado, entre os Sábios e todas as demais ordens existentes nesse governo. Minha proposta é termos alguém que de fato nos represente com força e direito para fazer a justiça. Por conta da democracia temos sofrido muito, com as demoras, das longas regras e normas. É um sistema falho, não consegue ver? — indagou Ezra bem á vontade no sofá.

Peter pede para que sirvam uma bebida aos cavalheiros.

—O que quer dizer com "direito de fazer justiça"? O uso exagerado da força?

—De que a sutileza tem ajudado? Na fome? Na vergonha? Olha para sua casa, é linda, imagino que suas contas bancárias sejam mais bonitas ainda. É diferente para os demais sabia? A fome e miséria para nossa espécie, criaturas mágicas extintas por que os seres humanos não sabem coexistir. Se quisermos salvar esse planeta, esse mundo. Precisamos agir.

—Como? Matando humanos? Trazendo guerra? Saiba que minha família tem sido uma das maiores contribuintes para o mundo mágico, orfanatos, asilos e tudo que esta ao nosso alcance...

—Esmolas!— interrompeu Ezra. —Por pena. Para poder colocar cabeça à noite no travesseiro e dizer que fez o que podia. Podemos juntos mudar isso, trazer igualdade e oportunidade, uma coroa que signifique a paz e o compromisso. Fidelidade!

—Fidelidade por medo não é fidelidade! — retrucou Peter.

—Se alie a nós! Pelas gerações futuras, é sua oportunidade!

—Acredito na democracia, nela o povo governa!

Ezra se Poe de pé.

—Não! O povo sobrevive, com migalhas que caem das mesas dos humanos e dos ricos magos. Em séculos nada mudou!

TABULEIRO VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora