Capítulo Dezesseis

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Um caminho perigoso

Joseph já estava pronto para partir na porta da casa de seu irmão, planejava retornar dentro de poucos dias, precisava resolver algumas questões onde morava já que não teve tempo.
—Eu queria estar com vocês nessa audiência, mas estaria aqui o mais rápido possível.
—Obrigado meu irmão! Sei que está fazendo o melhor que pode e eu agradeço. Lorenzo o abraça forte demonstrando sua ansiedade.
—Fique forte meu irmão. Tudo vai passar! Ele sorrir tentando tranquiliza-lo
Chamou a Levi que estava ao canto da sala e se aproximou do tio.
—Preciso que seja bem forte para honrar nossa família! Ele beija sua testa e seguiu para Liam.
—Meninos têm atitudes de meninos, homens têm atitudes de homens! Falou um tanto sério. —Cuidado com suas palavras! Ele o abraça sem ouvir nem uma palavra de despedida.
Marina saia do quarto com sua roupa de dormir e com fundas olheiras.
—Está horrível! Comentou dela e saiu pela porta.
—Está tudo bem? Perguntou Levi se aproximando da mãe.
Liam deixou o cômodo no mesmo momento que a mãe adentrou.
—Estou bem, na medita do possível, meu amor! Expressou-a caminhando para cozinha para beber uma xícara de café.
Lorenzo não queria, ainda estava machucado, mas o estado da esposa o preocupou então a seguiu até a cozinha, ela parecia um pouco perdida. Pegou uma xícara colocou café e deu para ela indicando um lugar para se sentar.
—Não dormiu bem? Perguntou.
—Faz dias que não durmo. Não é nada de mais, apenas a tensão, a dor, a perda, toda essa pressão. Ela contou com uma voz baixa e cansada. —Recebi uma ligação ontem. Eu preciso indenizar ás famílias vitimas daquela tragédia. Foi á maior equipe que já criei, com mais de cinqüenta funcionários! Teremos grandes gastos...
Se eles forjaram alguma prova que ligue você, talvez tenhamos que pagar alguma multa para o senado, já que não podemos ser presos! Eu espero...
—Vocês não podem ser presos! Expressou um pouco perdida.
—Como assim "Vocês"? Lorenzo perguntou confuso. —É minha esposa, por tanto parte da minha família!
Sua esposa? Ainda sou? Deste o enterro você não dorme comigo nenhuma noite. Ela falou injuriada deixando lágrimas nascerem em seu olhar.
—Perdemos uma filha! Falou já com um tom mais alto, estava se tornando um costume. Não queria dizer a ela que ainda estava magoado com sua atitude. —Eu nunca senti essa dor, é difícil! Precisava de um tempo para me adaptar a toda essa mudança da nossa vida! Levantou-se rápido e caminhou até a pia apoiando suas mãos.
Ela também se levantou e abraçou o esposo apoiando seu rosto nas suas costas.
—Um dia poderá me perdoar?
—É o que me resta! Mas te digo, é o caminho mais difícil que já trilhei.
Alguém bate á porta os assustando já que o clima estava pesado. Lorenzo correu para atender e Levi já estava no caminho, viu o pai e recuou indo para perto de sua mãe na porta da cozinha.
—Quem é? Perguntou Lorenzo se preparando para invocar sua armadura como não fazia há tempos.
Somos oficiais da Força Bruta dos Decretos Mágicos do Senado! Por favor, abra.
Lorenzo relaxou um pouco a abriu a porta, sete homens de terno e gravatas e anéis negros com uma pedra azul; um deles segurava um distintivo carregando a sigla F.B.D. M.
—Me chamo Victor, estou supervisionando esse caso! Falou ele guardando o distintivo no bolso.
—O que desejam? Perguntou Lorenzo.
—Precisamos fazer uma revista para o caso em andamento! O homem adentrou sem convite o anel em seu dedo cancelava o encantamento de proteção presente da porta, seus seguidores o acompanharam. —Revistem a casa! Ordenou a eles que começaram a andar pela casa entrando nos cômodos.
Posso ver a autorização? Perguntou Lorenzo desconfortável.
Claro! Eu esqueci. Puxou do bolso interno e entregou na mão do homem.
Ouviu-se gritos e fortes sons, segundos depois um dos homens que fora em direção ao quarto de Liam é lançado de volta à sala.
O que significa isso? Indagou com grande fúria.
—Eles estão fazendo uma revista
. Explicou o pai.
—Podem fazer isso? Mexer nas nossas coisas? Indagou olhando um dos homens vasculhando as revistas e livros até que um deles se levantou com alguns dos livros e levou para Victor sussurrando em seu ouvido. Lorenzo acena para Liam ficar quieto.
—Por que estes livros estão disfarçados? Perguntou o homem a Lorenzo.
—Como deve saber esse prédio é misto, não podemos correr o risco de alguém avistar algo indevido caso chegasse de surpresa. Solicitamos ao Senado essa autorização e nos foi dado. –Vou pegar para o senhor!
Não! Ele o impediu de passar. —Diga onde está e pegaremos. Não deve sair daqui!
—Está nos impedindo de andar na nossa própria casa?
Liam perguntou indignado.
—Acalme-se meu jovem. Pediu Victor alimentando a revolta de Liam, havia relevado o primeiro contato, mas não aceitaria outro.
Lorenzo informa onde estava os documentos e o homem que descobriu o livro foi em busca.
—Liam, eles estão dentro dos direitos deles. Eu sei até onde eles vão.
O homem veio com os documentos em mãos, uma maleta contendo muitos outros documentos. Victor verifica e estava tudo de fato legalizado.
—Por que sua esposa e seu filho estão se escondendo na cozinha? Perguntou ele olhando para eles no portal.
—Por que um menino de onze anos fica assustado ao ver a casa ser invadida por homens no meio da tarde, como se fossemos criminosos quando na verdade somos vítimas. Cuspiu Liam cada palavra com todo fervor.
Quem não tem nada a esconder não tem nada a temer! Victor o encarou com um sorriso curto no rosto.
—Não ter nada para esconder não significa colocar sua vida em uma vitrine ou transformar sua casa em um museu para passeio! Vociferou.
—Meu rapaz! Cento e setenta e cindo Senadores foram mortos naquela festa, fora os acompanhantes. Não estamos brincando de invadir casas. Lamento se estava no lugar errado na hora errada. Mas se alguém tramou isso nos iremos encontrar custe o que custar! Falou o homem mais sério.
Está perdendo seu tempo com as pessoas erradas quem tramou isso foi...
Lorenzo o interrompe rapidamente.
Senhor Victor, apenas peço que termine seu trabalho! Pediu Lorenzo ganhando atenção. —Meu filho de fato pode estar assustado e minha esposa não está com roupa apropriada. Explicou ele.
O oficial do senado acenou com a cabeça, não iria discutir com um adolescente.
—O que procuram? Perguntou ainda impaciente.
—Não procuramos! Estamos nos certificando que tudo que está aqui é legalizado e autorizado!
Liam ia fazer outra pergunta e o pai outra vez falou primeiro.
—Liam! Isto não é um interrogatório. O trabalho deles é fiscalizar tudo dentro dessa casa!
Apenas.
Ele falou sério e Victor não respondeu ao jovem que já lhe roupava paciência.
A visita demorou mais do que eles queriam, Davina espiou pela porta os homens entrando e deixando o lugar de fato a justiça lenta caminhava devagar e os verdadeiros criminosos distantes dali colocavam em pratica mais um de seus planos na busca de seu poder.
Posicionados em torno da estrada na caída da noite, e Tiago de cima de um morro entre as árvores esperava hora certa em que o carro passasse. Aquela rota não era muito usada por ser um atalho perigoso, enfim pode-se ouvir o ronco do carro e o menino girou os braços reunindo nas pontas dos dedos uma luz como fogo e junto nas duas mãos e lançou para frente nas brechas entre as árvores atingindo na hora exata o caro de Joseph fazendo-o capotar três vezes saindo da estrada adentrando para floresta.
Os gêmeos vão à beira do carro e se abaixaram para ver o corpo dentro do carro, mas não havia nenhum.
—Como assim? Cadê o corpo? Perguntou Ícaro.
Seu irmão olhou ao redor bem confuso e preocupado.
—Tem algo errado! Exclamou e puxando sua espada aguardou os companheiros entenderam que algo deu errado e Heitor Logo apareceu seguido de Tiago.
—O que houve? Perguntou Tiago ao se aproximar.
Ele não está aqui. Responde Ítalo.
—Movo Argumas. Expressou retirando sua espada e ficando em posição de batalha. —Fiquem atentos.
Então viram parado um pouco depois do carro no meio da estrada o homem alto com um sobretudo preto e uma mala do seu lado.
—Que bom encontrá-los! Sei que algum de vocês foi responsável pela morte da minha sobrinha, quero quitar essa divida o quanto antes. Falou bem calmo.
Ícaro em sua emoção corre para ele, estava mais perto, com sua lança faz ataques que Joseph desvia duas vezes agarrando a arma na terceira vez e puxou o garoto e o tapeou o fazendo cair entre as árvores na densa floresta. Tomando agora posse de sua arma manejou ela rasgando o asfalto.

TABULEIRO VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora