O INCAPAZ - História de Joabe e Natalie

6.3 ♿

Joabe

   Foram três meses de pura tribulação. Quando eu determinava a mudança, a correnteza vinha na contra-mão e me lançava para o final da fila. Me tornei mais sombrio do que já era e isso me assusta, porque todos sofrem.
  Depois daquele encontro misterioso com Jesus, tive outros dois semelhantes. Ainda não entendo o que ele quer de mim. Mas já fazem dias que o mesmo não se revela e confesso que estou com saudades.

  Hoje estou aqui, consegui quebrar essa barreira e depois de dias conversando com meu chefe, que se tornou um pai para mim, decidi voltar com a fisioterapia. Meu pai biológico não esboçou nenhum tipo de reação, apenas concordou. Eu, realmente, queria que o mesmo me abraçasse e dissesse que sente orgulho da minha decisão. Apenas meu irmão, Lo-Ruama, Maressa, Diego, Eloá e minha mãe que ficaram extremamente felizes.
 
  E, agora, Natalie que está incrivelmente linda com esse jaleco branco. Exceto o loiro azedo que estava afim de me desafiar. Irei me divertir bastante com esse poste. Não vejo a hora de ficar em pé só para poder quebrar essa carinha de...

— Vamos começar? — mamãe me desperta. — Gente, muito obrigado pela ajuda de vocês e mais tarde, certamente, meu esposo deve buscá-lo.

— Pode deixar conosco. — Maurício acompanha ela até a porta.

Eu só sabia olhar para Natalie. Ela estava vermelha, sem jeito, sem saber o que fazer. Eu amava esse poder que eu tinha sobre a mesma.

— Gostei do seu profissionalismo. É tão linda. — eu disse.

— Não foi nada de mais, J. É apenas o meu trabalho. — ela dá a volta e encosta na beirada da mesa, em minha frente. — Estou muito feliz que tenha reconhecido.

— Estou muito feliz porque finalmente irei casar contigo. — abri um sorriso largo.

— Vamos, Joabe? Sua sessão começa hoje. — o loiro aguado diz, colocando suas mãos em minha cadeira.

— Você não vem? — seguro a mão de Natalie.

— Daqui a pouco. Preciso auxiliar alguns estagiários, mas minha equipe vai cuidar muito bem de você. — deixa um beijo em minha testa. — Boa sorte. — sussurra e Maurício tira-me da sala.

Fui levado para o vestuário para colocar as roupas apropriadas de natação. Em seguida, fui posto na água. A temperatura da água estava agradável. Quem vê nem imagina o processo que é para que o paciente tenha uma boa recuperação na hidroterapia. A temperatura da água tem que estar de acordo com o clima, as substâncias usadas na piscina tem que estar totalmente nas regras... Como sinto falta de estudar isso.
  Havia algumas crianças presentes  em outras piscinas. Era horrível se sentir depende das pessoas, mas os que estavam ali mantinham um sorriso nos lábios. Saco!

— Olá, Joabe. Tudo bem? Meu nome é Monique e esse é Emanuel. Iremos cuidar do seu tratamento e da sua pessoa.

Concordei apenas.

— A Dra.Natalie não costuma entrar nessa piscina?

— Não. Ela apenas estuda os casos dos pacientes e lava para os outros doutores que fazem a mesma coisa. Todos que você captar de jaleco personalizado, significa que não auxiliam os pacientes. — explica. — As únicas pessoas em que Natalie costuma auxiliar são as crianças.

Bufei.

— Não podem abrir uma exceção para quem é noivo? — perguntei e a mesma riu. 

— Não, mas não se preocupe que serei muito legal com você. Sua noiva é bem mais bonita que eu, porém posso quebrar esse galho. — pisca e eu rio.