Capítulo 3

10.1K 896 79
                                    

Horas antes...

Rachel.

– Andem logo, preciso de dois de vocês aqui! Salvatore, Weiz, venham os outros vão esperar a ambulância. - Dr. Clarke diz, enquanto tem sua mão dentro do tórax de uma mulher.

A emergência está um caos, as ambulâncias não param de chegar com feridos por toda parte, enfermeiros e médicos correndo de um lado para o outro, sangue por todo lugar. Eu me preparei para isso, mas nunca imaginei nada desse tipo.

É muito diferente quando se treina em bonecos ou em cadáveres e quando se vê pessoas realmente gritando e chorando de dor, minhas mãos estão trêmulas e repasso em minha mente tudo o que já aprendi sobre ordem de socorro em um trauma.

– Anda logo, garota! Preciso de gase, muita gase. - Olha pra mim e corro para pegar o que ele pede..

Também pego um soro antisséptico, pelo tamanho da lesão e considerando o fato de que ela estava no meio das ferragens, evitar a infecção é um dos primeiros passos. Volto correndo e entrego tudo para o Doutor Clarke.

– Trouxe um soro? - Pergunta me olhando e observo Weiz ligando pedindo uma sala de cirurgia.

– Evitar infecções é um passo importante, principalmente considerando o fato de que ela foi encontrada nas ferragens, é melhor usar um soro no momento, assim também podemos lavar a lesão. - Tento fazer com que minha voz soe o mais firme possível, ele me olha ainda com a mão comprimindo o ferimento na mulher, seu olhar intimidante me faz querer recuar por alguns segundos, mas não o faço, sei que estou certa.

– E o que mais Doutora?

– Recomendo que ministre um pouco de lidocaina, a paciente está sentindo dor, o fato de ter sido entubada no local e não poder falar, não significa que ela não esteja sofrendo. - Digo sentindo meu rosto corar, todos estão olhando para mim agora.

– Muito bem, Doutora. Pode aplicar os medicamentos. - Diz e solto uma respiração que nem sabia estar segurando. – Weiz, venha aqui ajudar a Salvatore, a paciente está sob o cuidado de vocês, devem deixá-la estável até a sala de cirurgia ser liberada daqui a meia hora. Podem fazer isso?

– Sim, Senhor. - Afirmamos juntas.

– Venha aqui Salvatore, controle esse hemorragia.

–  Sim, Doutor. - Vou rapidamente assumindo seu lugar ao lado da paciente.

– Tenho outros pacientes para checar, quando eu voltar acho bom ela estar bem e respirando. - Sai da sala nos deixando sozinhas, a garota morena me olha e sorri.

– Mandou bem, sou Alana Weiz, é um prazer.

– Igualmente, me chame de Rae. - Sorrio. - Apertaria sua mão, mas ela está dentro da paciente então... - Ela ri e suspira.

– Pode me chamar de Ana, soube que ficamos com o carrasco. - Faz uma careta olhando pra porta. – Parece que o que tem de lindo, tem de insuportável.

– Ele não me pareceu ser tão ruim assim. - Dou de ombros, afinal não o conheço ainda não irei julgá-lo, porém deixo escapar um riso por sua fala.

– Por enquanto, né? Nossa, logo no nosso primeiro dia tantas vítimas! Estou desesperada.

–  Eu também, mas espero que dê tudo certo, agora não há mais nada que possamos fazer, controlamos a hemorragia é só esperar liberarem o centro cirúrgico.

{.....}

– Vamos, a sala três nos espera. - Doutor Clarke, aparece com outro médico, ele usa roupas de outra cor, acho que é um staff, me parece ter em média uns trinta anos, tem cabelos pretos e lindos olhos azuis. –  Andem logo vocês duas.  - Assim que me movo para ajudá-los a levar a maca, a máquina que monitora os batimentos cardíacos dispara a apitar.

RIDE Onde histórias criam vida. Descubra agora