Capítulo 13

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Jake Higgins.

– Tá afim de comer alguma coisa? - Pergunto para ela quando nos afastamos.

– Você me prometeu comidas gordurosas. - Diz sorrindo e a retribuo, o que é muito inédito não que eu não costume sorrir, mas quando estou com ela as coisas são assim, o sorriso sai fácil.

– Então vamos pegá-las para você. - Digo e pego em sua mão a guiando comigo pela feira.

Percebo o olhar estranho de algumas pessoas em minha direção, fofoqueiros do caralho! Sei que é estranho eu estar andando por aí com alguma garota ao meu enlace, mas não é da droga da conta deles e nem precisam ficar me encarando como se fosse alguma aberração.

Paro com Rachel na barraca dos corn dogs, peço dois completos e duas cocas, ela insiste em pagar mas hoje decido ser um cavalheiro, sei que não é muito mas preciso que ela tenha uma boa impressão de mim.

– Aqui está senhorita. - Entrego para ela seu corn dog e assim que ela o coloca na boca imagens eróticas aparecem na minha cabeça, ela envolvendo com seus lábios meu pau assim como faz agora com esse fast food gorduroso.

– Isso aqui é tão bom, fazia tanto tempo que eu não comia.

– Estava seguindo alguma dieta? - Pergunto meio surpreso, Rachel não me parecia do tipo que faz dietas, mas não a conheço de verdade talvez ela seja uma dessas garotas obcecadas pela aparência, mesmo eu duvidando muito disso.

– Não. - Ela ri limpando a boca. - É só que, na faculdade observamos muitas cirurgias gástricas e quando você vê o estrago que essas coisas podem causar no seu corpo, começa a se policiar.

Às vezes fico meio embaraçado com o quão inteligente Rachel pode ser, eu sou só um cara bronco e chucro criado no meio de um monte de motoqueiros barbados que me ensinaram que minha única preciosidade é minha Harley, Rachel provavelmente viajou o mundo, fala várias línguas, teve tudo do bom e do melhor e eu?

Bom o lugar mais exótico que visitei foi a Califórnia, porém o que mais me faz admirá-la e o jeito doce com que trata todas as pessoas ao seu redor, sem distinção, às vezes sendo doce até demais com pessoas que merecem ter suas caras socadas.

Tipo aquele doutorzinho.

– Você fica extremamente gata falando essas coisas. - Digo e vejo sua bochecha corar, logo ela solta uma risada alta.

– Com o rosto cheio de ketchup? Eu duvido. - Diz e entramos novamente na quadra para assistir ao jogo dos pirralhos.

– Como conseguiu fazer o Alex gostar tanto de você? Ele é um merdinha chato. - Digo observando o garoto rebater uma bola.

– Credo! Não fale assim, ele pode ser um pouco teimoso, mas é uma gracinha.

– Gracinha? Esse pivete faz um inferno lá no clube, uma vez encheu meu motor de balas. - Digo e ela ri até ficar vermelha.

– Você o conhece faz tempo então.

– Sim, praticamente cresci com o pai dele. - Ela sorri e se curva em minha direção interessada no que tenho a falar.

Nunca fui um homem de muitas palavras, muito pelo contrário sempre apreciei o silêncio, não gosto de falar sobre minha vida ou minhas opiniões com outras pessoas, costumo guardar todas essas coisas sempre para mim, mas com ela me sinto muito à vontade para manter uma conversa, eu gosto de conversar com ela e ela parece sentir o mesmo em relação à mim.

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