Capítulo 21

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Rachel Salvatore

Caminho pelo Central Park enquanto como um pretzel e observo as crianças correrem animadas, o clima em Nova York está bem fresco e os raios de sol o deixam muito agradável, acabei de pegar meu vestido para hoje à noite e estou caminhando de volta para casa, passar esse tempo com minha família foi essencial e revigorante, pude colocar minha cabeça no lugar e percebi que estava perdendo o foco me deixando levar por uma paixão, acabo me destraindo de meus pensamentos quando sinto uma pessoa esbarrar em mim.

– Ei, olhe por onde anda. - Digo e me abaixo para pegar minha sacola.

– Que droga, me desculpa... Rachel? - A pessoa diz e me assunto imediatamente. Merda! Toddy McHale, meu namorado de três meses da faculdade.

– Ah meu Deus! Oi, Toddy. - Digo completamente sem graça, o que tive com Toddy foi... estranho, por incrível que pareça ele foi meu primeiro namorado, mesmo que não tenha durado muito tempo, eu cheguei a pensar que talvez o amasse, mas a verdade é que nunca cheguei a ser nem apaixonada por ele, depois do que tive com Jake descobri o que era estar apaixonada, mesmo que tenha iniciado com uma mentira meus sentimentos foram todos verdadeiros e isso não posso negar.

– Rae! Caramba, quanto tempo. - Ele sorri com seus perfeitos dentes brancos e covinhas na bochecha, seus olhos azuis parecem ainda mais brilhantes contrastando com seus cabelos pretos.

– Pois é, a última vez que nós vimos foi na formatura.

– É, isso faz tempo. - Ele sorri. - Soube que se mudou para Cleveland, foi aceita no programa de residência, né? Meus parabéns.

– Obrigada, soube pela Chiara? - Pergunto pois aquela fofoqueira com certeza abriu a boca.

– Sim, nos esbarramos esses dias em um brunch e eu perguntei de você. - Diz chegando mais perto e dou um passo para trás, nada disso, Toddy.

– Puxa, que legal! E você como vai a vida de advogado? - Tento mudar o foco da nossa conversa.

– Ótima, me mudei recentemente, meu apartamento é do outro lado da rua.

– Que bom! - Digo na esperança que ele pare de tagarelar, sempre foi assim, passávamos nossas tardes livres em Yale com ele falando, falando e falando sobre sua brilhante vida.

– Você vai ao baile da fundação Whitmore hoje? - Ele pergunta interessado.

– Sim.

– Que bom, nós continuamos essa conversa lá, já passou da minha hora de almoço. Foi maravilhoso te reencontrar. - Ele se despede com um beijo no rosto e o observo ir embora, era só o que me faltava agora.

(...)

– Posso entrar? - Escuto batidas na porta e tiro meu olhar do espelho, observando meu irmão tentar arrumar a gravata.

– Claro! Tendo problemas com a gravata? - Arrumo o colar que papai me deu na minha formatura em meu pescoço e me levanto indo ajudá-lo.

– Eu odeio essa merda. Eu vou pra empresa apenas de terno. - Diz levantando o pescoço para que eu arrume melhor. - Você é a única dessa casa que sabe arrumar isso, e o papai é claro, mas ele e a mamãe se enfiaram no quarto e não quero ficar traumatizado.

– Que bom que eu fui escoteira. Prontinho!

– Valeu. - Ele se senta na cama. - Como tá em Cleveland?

– Bem, o hospital é maravilhoso e os médicos também...

– Só isso? Você tá com uma carinha estranha, eu te conheço. Quem eu tenho que matar?

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