Capítulo 7

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Rachel Salvatore

O vento frio da noite batia contra meu rosto, fazendo com que cabelos voem levemente. Nunca estive em uma moto antes, sinto meu coração batendo acelerado, aperto meus braços com mais força ao redor da cintura de Jake, creio que ele não deveria correr tanto já que me deu seu capacete, vai que alguma coisa acontece com ele..não é seguro, mas ele parece não ligar.

Não tive muito tempo para conhecer a cidade já que passei praticamente todos os meus dias dentro do hospital ou dentro do meu apartamento, estive exausta, trabalhar mais de doze horas por dia, todos os dias vem sendo um pouco exaustivo para mim, mas não posso dizer que não estou satisfeita com meu emprego, eu amo o que eu faço.

Quando Jake faz uma curva, meu corpo tenciona com a sensação de que iremos cair, o aperto com mais força e juro que pude ouvir uma leve risada vindo dele.

Como ele pode estar rindo?

O vi praticamente matar um homem de tanto socá-lo e ele age como se não tivesse acabado de cometer um homicídio? Ele anda pelas ruas por mais alguns minutos, até estacionar perto de um parque onde já não passam mais muitas pessoas, ele desliga a moto e tiro o capacete rapidamente saindo da moto.

– Mas o que foi isso? - Pergunto mas ele parece não me ouvir.

– Você está bem? - Me encara com seus olhos azuis que me parecem mais escuros agora.

– Você... - Fico sem fala por alguns segundos, apenas o encarando até conseguir falar novamente. - Você praticamente matou aquele cara, você é doido?

Aquele cara, estava prestes a te estuprar! Eu dei a ele o que merecia. - Diz e posso sentir a raiva irradiar de suas palavras.

– Por acaso você é da polícia? Ou algum tipo de justiçeiro para sair por aí resolvendo as coisas com suas próprias mãos? Você poderia ter sido preso.

- Escuta, doutora. Se eu não tivesse aparecido a essa hora você seria uma estatística. Era isso que queria? - Um arrepio horrível sobe a minha espinha com essa possibilidade.

– Não. - Murmuro com a voz fraca e abaixo a cabeça olhando para os meus pés. - Bom, é... obrigada! Mas e agora? Aquelas mulheres chamaram a polícia!

– Não é a primeira vez que chamam a polícia pra mim, fica calma que já vão dar um jeito nisso. - Diz como se não fosse nada enquanto digita algo no celular.

– Quem vai dar um jeito nisso? - Pergunto curiosa e ele apenas me olha.

– Ei, tá com fome?

– O que? - Ele parece me ignorar, apenas pega meu braço me levando pela rua movimentada até uma pequena lanchonete.

Nós entramos no local ainda com nossas mãos unidas, ele vai até uma mesa no fundo e nos sentamos um de frente para o outro, ele me parece muito á vontade no lugar, agora com a luz posso enxergá-lo melhor.

Observo como as mãos dele estão vermelhas e levemente inchadas, existem pequenos cortes em seus dedos, isso vai ficar feio, automaticamente pego suas mãos nas minhas.

– Nossa, isso tá horrível! Precisamos dar um jeito nessa mão.

– Não precisa, Rachel! - Diz meio... constrangido?

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