Capítulo 32

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Rachel.

Após o final de semana com minha família e Jake mal tive tempo de descansar direito já tive que vir direto trabalhar. Meu plantão vai das seis da manhã até as seis da tarde, alternando os horários de início de acordo com o dia, é bem cansativo porém é muito satisfatório trabalhar com o que eu amo.

As coisas parecem ter se ajeitado por aqui, até Dr. Clarke está sendo mais gentil conosco. Hoje estou de serviço com a Dra. Connely, a responsável pela ortopedia no hospital, estamos agora com um senhor que fraturou a bacia a operação é daqui há uma hora, estou apenas esperando para preparar o paciente.

Observo uma movimentação no hospital e vejo algumas pessoas correrem até a entrada de ambulâncias.

- O que houve? - Tim pergunta se aproximando de mim.

- Não faço ideia! Provavelmente algum acidente.

- Será que foi grave? Vou ver se alguém precisa de ajuda! Já terminei com o Clarke! - Diz e rouba um pedaço do bolo que eu estava comendo, correndo até a sala de emergência.

- Ei! - Reclamo, porém logo depois abro um sorriso ele é uma graça apesar de irritante.

Continuo comendo meu bolo e os dez minutos que se passam são o suficiente para que eu termine, logo jogo meu lixo fora e passo no banheiro escovando os dentes e lavando as mãos para ir preparar meu paciente para a cirurgia.

Não demora muito para que eu chegue no quarto do Sr. Fiorelli, sorrio para o senhor de cabelos brancos que me olha de um jeito paternal.

- Olá, mocinha!

- Como vai, Sr. Fiorelli?

- Bem! Já está na hora?

- Sim, senhor! O procedimento não é dos mais complicados pode ficar tranquilo! O senhor sente alguma dor?

- Não querida, estou com mais fome do que qualquer coisa. - Resmunga.

- Sinto muito Sr. Fiorelli mas comer só depois da cirurgia. - Ele bufa. - Não se preocupe, depois pode comer o que quiser.

- Vou pedir para o meu neto trazer uma boa Pancetta.

- Só não abusa do sal, hein? Muito menos dessa quantidade de gordura.

- Ah, ragazza! Você sabe, nós italianos gostamos de comida boa.

- Eu sei Sr. Fiorelli, mas vamos maneirar um pouquinho.

Continuamos conversando sobre a cultura italiana, pois aparentemente Sr. Fiorelli era um dos pacientes mais insuportáveis daqui e a equipe odiava lidar com ele, mas de mim ele gostou. Alguma coisa com o fato de só uma garota com descendência italiana poder entendê-lo, ele diz que esses americanos são muito frios e ignorantes.

Pouco tempo depois já estou pronta para levâ-lo até o centro cirúrgico com a ajuda de duas enfermeiras. Estava entrando com ele na sala de cirurgia quando vejo Anna correr de um lado para o outro com um olhar estranho no rosto.

- Anna? - Questiono e ela se vira para mim com um olhar estranho no rosto.

- Ah.. Oi, Rae!

- Tá tudo bem? - Ela apenas acena com a cabeça mas parece estar prendendo o choro.

- Sim. Eu tenho que ir..

- Espera aí, Anna! Tá tudo bem mesmo?

- Sim, Rae! Só um caso difícil. Mas vai ficar tudo bem. - Ela sai e me deixa pensativa com sua atitude, depois vou conversar com ela com mais tempo. Tem alguma coisa errada.

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