Capítulo 30 - Parte I

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JAKE

- Você vai ficar aqui, tem um banheiro na porta ao lado do guarda roupa e tem bastante espaço. - Sr. Salvatore diz e coloca as mãos no bolso da calça social me encarando seriamente.

- Está ótimo, obrigado Sr.Salvatore! - Digo e coloco minha mochila em cima da cama espaçosa.

Acredito que ele achou que eu causaria algum problema ou apresentaria algum tipo de desconforto ao saber que não iria dormir no quarto de Rachel, mas eu já esperava por isso. Rachel me disse que seu pai era extremamente protetor e controlador então não esperava que ele me recepcionasse com flores e me deixasse dividir a cama com sua filinha bem debaixo do nariz dele.

- Bom, rapaz...serei direto com você pois tenho certeza de que não é ingênuo. - Ele se desencosta da parede e vem em minha direção. - Eu sei que você faz parte de um clube, que tem certas passagens pela polícia, então me dê um bom motivo para não mandar você se afastar da minha filha!

- Pesquisou sobre mim. - Constato curioso.

- Claro, prezo pelo bem estar e segurança da minha filha e se você coloca ela em risco preciso saber.

- Como deve ter constado em sua pesquisa, não sou como um desses moleques riquinhos que nunca deu um passo sem o auxílio do papai, me viro sozinho desde que me entendo por gente e sei muito bem com o que estou metido, aprendi a me defender e a prezar pelo que amo e senhor eu amo sua filha, não se preocupe com o bem estar dela pois é tudo que eu mais prezo na vida!

DOMINIC

Droga!

O moleque é realmente bom de lábia!

Quando o chamei para ter essa conversa vim com um discurso todo pronto na minha cabeça, iria intimidá-lo ao ponto de fazê-lo correr para o mais longe possível daqui e da minha filhotinha, mas esse pivete não abaixou a cabeça e odeio admitir que vejo nos olhos dele o quanto suas palavras são verdadeiras, o histórico dele é muito duvidoso, mandado para uma instituição de detenção de menores e logo depois envolvido com esse tal clube.

Não sou idiota, sei bem o que eles fazem, porém não tenho a menor moral para apontar meu dedo para ele, o que fazem em Ohio é brincadeira de criança comparado ao que fazemos por toda a Europa, porém não posso evitar temer por minha filha e pela sua segurança, quando se está nesse meio todos ao seu redor se tornam alvos, agora entendo a necessidade de minha sogra de afastar Elizabeth de mim.

Nós fazemos de tudo para que nossos filhos fiquem em segurança, porém olhando nos olhos desse rapaz e vendo o modo como fala da minha filha sei que ele realmente a ama e não posso interferir nisso, então só cabe a mim fazer o papel do pai ciumento e protetor.

- Certo, rapaz! Só exijo que trate minha filha do jeito que ela merece porque se vacilar com ela, no dia seguinte acordará sozinho em um bote salva vidas em algum lugar no meio do Pacífico, capiche?

- Sim, Senhor. - O garoto diz levemente mais branco do que o que julgo ser seu habitual e me sinto mais satisfeito por ter conseguido amedrontá-lo.

- Ótimo, agora vamos, eles devem estar esperando por nós. - Saímos do quarto e me sinto tranquilo.

Nossa conversa foi um pouco mais esclarecedora, ainda existem algumas incógnitas sobre esse garoto que preciso descobrir, mas por hora estou satisfeito com o que obtive, assim que chegamos a cozinha Rachel nos lança um olhar preocupado e se levanta aproximando-se do garoto.

- Está tudo bem? - Ela pergunta receosa e nos entre olhamos assentindo com a cabeça.

- Tudo ótimo. - Falo e logo Elizabeth me olha com uma sobrancelha erguida e um olhar questionador.

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