Capítulo 8

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Jake muda de humor com uma rapidez absurda! Em um segundo ele estava rindo comigo e logo depois fecha a cara e age groseiramente, realmente não entendo esse homem. Agora aqui estou eu, morrendo de medo de voar dessa moto, dada a velocidade com que ele pilota parece até que quer se livrar de mim o mais rápido possivel.

Depois que saímos da farmácia trocamos poucas palavras, apenas para indicar a ele a localização do meu apartamento. Recebi uma ligação do meu irmão, ele estava preocupado comigo e disse que papai estava surtando, pois localizou meu carro abandonado no meio da rua depois do meu expediente, ou seja ele estava me espionando esse tempo todo o que me deixou muito puta!

  Mandei uma mensagem para minha mãe, mas ela ainda não me respondeu o que está me deixando aflita...

– Chegamos! - Jake me desperta de meus pensamentos. - Desço da moto meio cambaleante dada a velocidade que esse maluco dirigia, fiquei um pouco tonta.

– Hmm….obrigada pela carona e mais uma vez, por ter nocauteado o cara. - Entrego o capacete pra ele esperando que o use se continuar dirigindo nessa velocidade.

– Eu só fiz o que qualquer pessoa descente faria.

– Pessoas descentes espancam umas as outras? - Murmuro pra mim mesma, mas creio que ele me ouviu dado o olhar que recebo.

– Algum problema, Rachel? - Diz irônico e decido que já tive o suficiente desse maluco por hoje.

– Nenhum, obrigada pela carona. Boa noite, Jake. - Digo e viro rapidamente subindo as escadas do prédio, cumprimento Sr. Gordon, o porteiro do prédio, suspirando procuro as chaves em minha bolsa, não vejo a hora de chegar em casa e tomar um banho.

Assim que chego em meu apartamento me livro de minhas botas e casaco me jogo no sofá respirando fundo, segundos depois escuto o barulho da moto e sei que agora ele foi embora.
Esse homem me confunde, uma hora age como um cara legal e logo depois um ogro da pior espécie, é grosso, mal educado e rude com todos.
Realmente não sei qual é o problema dele e sendo bem sincera, não estou nem um pouco afim de descobrir, estou extremamente cansada, passei por um milhão de coisas hoje e tudo que eu mais quero é uma boa e longa noite de sono…

(….)

Acordo com constantes batidas na porta, me movo e sinto meu pescoço doer levemente. Droga! Depois de um banho longo decidi vir pra sala assistir um pouco de TV e acabei dormindo no sofá.

A claridade do dia que entra pela cortina me faz encolher os olhos, por que eu não comprei cortinas mais escuras? A campainha soa alta mais uma vez e logo em seguida é acompanhada de batidas na porta.

– Meu Deus, já vai! - Grito de volta para o apressado do outro lado da porta. Acho estranho pois não ouvi o interfone tocar e ninguém está autorizado a subir sem a minha autorização primeiro, rapidamente me esquivo até o aparador que fica ao lado da porta e seguro a arma que meu pai deixou pra mim não acredito que estou usando essa droga. A campainha toca mais uma vez e me esquivo atrás da porta.

– Calma Dominic, cassete! Ela deve estar dormindo. - Escuto a voz de minha mãe e relaxo instantaneamente, travo a arma novamente e guardo em seu lugar.

– Ou machucada! Não é possível que eu seja o único aqui preocupado! - Papai diz nervoso e abro a porta rapidamente vendo a expressão em seu rosto mudar para completo alívio, mamãe e Dylan estão encostados na parede com a mesma cara de tédio.

– Oi gente.

– Princpessa! - Papai exclama antes de me abraçar forte até me tirar do chão, no auge dos meus um e setenta e poucos pareço uma criancinha perto do meu pai.

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