Capítulo 20

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Rachel Salvatore.


– Filha! - Mamãe grita e abre os braços correndo em minha direção com suas botas altas e jaqueta de couro, ela se joga em meus braços me abraçando com força. – Eu senti sua falta, minha borboletinha!

– Posso perceber, você não me chama assim há anos.

– É, mas você tava tristinha no telefone e quero que saiba que estou aqui se quiser conversar. - Ela diz colocando meus cabelos para trás como fazia quando eu era criança.

– É, podemos falar depois. - Digo não querendo prolongar o assunto no momento, não quero estragar meu dia falando sobre o assunto Jake agora. – Mas onde está o papai? Achei que ele viria com você. - Ela entrelaça nossos braços e caminhamos até à saída do aeroporto onde ela estacionou sua caminhonete.

– Ele teve que resolver uns problemas da família. - Ela diz tentando ser discreta.

– Então, ele está na Itália?

– Não, dessa vez não precisou ir até Verona, mas ele está em New Hampshire agora, provavelmente cuspindo fogo por estar longe de vocês. - Diz sorrindo. - Seu pai é tão babão.

– Às vezes até demais, mas é fofo.

– Depois de mais de vinte anos eu me acostumei. - Ri e liga o rádio do carro dando partida.

– O Anthony também já chegou? - Pergunto, faz muito tempo que não vejo meu irmão.

– Sim, há algumas horas, mas como seu pai teve que viajar ele foi até a D'oro Fiori para uma reunião com investidores.

– Que homem de negócios. - Digo dando uma pequena risada. - E Dylan?

– Treino de Hockey. Sabe filha, eu amo os meninos mas sinto muito a falta da minha pequena, além disso nenhum deles joga baisebol como nós, nem poker, nem just dance. - Diz rindo e a acompanho.

– Senti muito a falta de vocês.

– E nós a sua.

(….)

– Chegamos! - Mamãe grita e joga as chaves no aparador tentando equilibrar sua bolsa e as caixas de doces que comprou na confeitaria.

– Cuidado! - Dylan grita alto do topo da escada e logo um disco de hockey voa em nossa direção atingindo um dos vasos, o espatifando em pedacinhos.

– Dylan Moore Salvatore! Você vai limpar isso agora mesmo! - Mamãe diz em um tom autoritário e o vejo esconder um sorriso. Esse menino não tem jeito.

– Desculpa eu tava treinando minhas jogadas. - Ele diz e vai descendo as escadas. - Ah, oi Rae.

– Oi, bebê. – Ele me mostra a língua e logo depois volta a atenção para mamãe que ainda briga com ele.

– Quantas vezes eu já não disse para você treinar suas jogadas lá fora! Pegue uma vassoura. Agora!

– Tá bom, já tô indo. - Ele revira os olhos e vai em direção à lavanderia.

– Esse menino vai me enlouquecer. - Ela revira os olhos se jogando no sofá com um cupcake na mão.
- Vem cá filha, me diga como estão as coisas.

– Bem, estou trabalhando bastante...

– Isso é bom, não é? Significa que você se tornará uma boa profissional. - Ela me puxa para sentar ao seu lado. - Mas não é só isso, é?

– Não, bom… eu conheci um cara. - Respiro fundo e encaro minhas mãos quando começo a falar.

– Sério? E como ele é?

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