O Retorno do Príncipe - Reescrevendo

A caverna

~Anteriormente~

Enquanto abraçava firme seu amado e observava Jeon abrir uma janela para descer pela lateral do castelo, Jimin resou. Rezou para que eles conseguissem resolver tudo aquilo.

~Atualmente~

Min Yoongi estava protegendo-o, de todas as maneiras que podia, mesmo que seus esforços para deixar o pequeno Park seguro no quarto fossem em vão ele não ficou bravo quando com um último suspiro de derrota acompanhou o mundano pelo corredor.

O rumo que eles tinham?

A sala do piano, para tentar de alguma maneira ajudar o príncipe de Tínuva.

O plano, em que realidade não havia sequer um mínimo preparo era entrar na sala, talvez socar alguns seguranças fantasmas e salvar Jongin do conselheiro traidor. Agora a execução de tudo aquilo que era complicada.

— Você tem certeza?

— Sim — Jimin respondeu pela décima vez.

— Então vamos lá...

O casal seguiu de cabeça baixa pelos corredores, em direção a ala de seu objetivo. Encontraram as portas duplas, altas adornadas de vidro escancaradas. O interior do salão estava devastado, o piso que outrora fora claro e magnífico estava com vários rachados, as janelas estavam destruídas e um a bagunça de folhas entrava no local graças ao vento forte que se formava. Era como se o tempo estivesse disposto a acompanhar o clima macabro que permeia o castelo. No interior do salão a distribuição se dava por um semicírculo de soldados com corpos fantasmagóricos onde no centro dominava o conselheiro que com suas vestes escuras em um imenso livro em uma das mãos parecia quase que uma divindade, de sua mão livre uma malha de energia vermelha flui em labaredas suaves como fumaça. Ao seus pés Kim Jongin, outrora um belo príncipe residia inconsciente, seu braço possui alguns cortes profundos, por onde escorria-lhe um pouco de sangue em excesso. Jimin se desesperou para correr até o mesmo e tentar estancar a hemorragia mas foi impedido por Yoongi que o segurou firme.

— Nós precisamos de um bom plano agora — Aquele doce olhar fez com que Park se mantivesse onde estava, no lado exterior ao da sala do piano.

Não poderia entrar afobadamente, arruinando quaisquer chances de Jongin ser salvo. Então ele se concentrou em traçar objetivos e roteirizar o que fariam ao entrar na sala.

...

A lua estava alta no céu, iluminando a estrada de terra logo à frente do garoto. Ao seu redor os punhados de grama seca até o joelho eram como um exército aguardando a poderosa ordem de atacar. Jungkook não precisava desta ordem, corria feito louco até o lugar que abrigava o inimigo. Um pouco antes ele passara na torre de pedras escuras, conhecida como casa do feiticeiro Hoseok para informar que seus amigos precisavam de ajuda no castelo, só que ele não participaria disso, sua missão era encontrar o príncipe de cabelos dourados. Graças a alguns contatos ele sabia bem a onde ir.

Depois de um pouco de caminhada e suas pernas já reclamando pelo esforço ele encontrou o que queria. A pequena construção de madeira tinha um formato retangular comprido, com pequenas janelinhas altas na parede. Era um lugar onde ele poderia conseguir um belo cavalo, possibilitando-o chegar mais rápido à costa do reino.

Entrou por uma das portas laterais, encontrando alinhadas os cubículos que abrigavam os alazões. Não perdeu tempo, entrou na segunda baia à direita, encontrando um puro sangue de pelagem escura, o puxou para fora para colocar apenas um buçal e montou-o sem sela, partiu deixando para trás um pequeno punhado de moedas de ouro que pagariam pelo "aluguel" do cavalo.

Jeon sentia o vento gelado agredindo-lhe as faces, seus cabelos curtos balançavam caindo por vezes nos olhos, sua montaria arrasava a distância que faltava até a praia e logo o jovem chegou ao lugar que lhe haviam informado. Um pequeno conjunto de ruínas apontava a passagem pela mata rasteira. Descendo com facilidade do cavalo, escorrendo por sua lateral, Jungkook foi até aquele caminho, já empunhando uma pequena lâmina que carregava sempre com si. Teve que afastar alguns arbustos mas pode cortar caminho até o outro lado do matagal, se deparando com uma orla de areia escura e ondas que quebravam agitadas, o vento carregado da maresia fez o nariz do moreno comichar. Ao longe ele avistou um conjunto de pedras, as mesmas eram bem altas e possuíam algumas pequenas fendas como cavernas, Jungkook foi até lá e explorou a entrada que queria. A caverna se expandia para baixo da terra, através de um conjunto estreito de degraus de baixa altura até bem fundo que não era possível notar seu fim. Jeon engoliu em seco e seguiu com cuidado para não tropeçar de tamanha inclinação daquela escadaria.

Ao chegar em seu fim se deparou com um belo complexo esculpido abaixo do nível do mar. Pegou uma das tochas na parede e seguiu caminhando por ali, tendo que desviar de algumas tranqueiras no chão, nos primeiros instantes a caminhada pela caverna foi tranquila, mas só até ele se deparar com um pequeno grupo de guardas. Suas cabeças de fumaça lhe lançaram um problema.

Será que seus corpos fantasmagóricos morriam por uma simples lâmina?

Jeon decidiu não arriscar, se escondeu atrás de uma pilha de metal retorcido e aguardou até que fossem para longe. Quando a área ficou limpa e caminhou rapidamente por aquele imenso lugar, para sua sorte e seu azar não havia bifurcações, não se perderia, contudo se precisasse de uma rota alternativa para despistar alguém ele não teria.

A cada passo que dava seu coração martelava mais no peito, e esse efeito aumentou ainda mais quando encontrou um conjunto de pequenas celas de madeira precária. Espiando pelas frestas de cada uma elas se encontravam vazias. Exceto a última da direita, que ele conseguiu ver duas silhuetas através da fraca luz. Estranhou ao não encontrar a porta firmemente amarrada e trancada como as outras, estava apenas encostada, o garoto a abriu com um empurrão suave e preparou sua adaga em direção as figuras.

— Se afaste dele — falou para a sombra menor.

Jungkook notou quando o moreno estranho o olhou de olhos arregalados. E mesmo com aquela cara inocente ele não iria deixar barato, seu amado estava amarrado na parede através dos pulsos, o que só serviu para deixar o assassino mais furioso. Avançou em direção ao sequestrador, aquela altura ele não iria parar, exceto por...

Continua...