7- Who am i

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- EU JÁ DISSE QUE NÃO - Gritei já enervada com a conversa

- Tem calma e respira, quando é que isso te aconteceu?

- NÃO SEI PORRA – bufei – É tão difícil de perceber – disse numa voz já mais calma.

- Mas eu preciso que saibas – levantou-se e chegou-se perto de mim que estava de costas para ele a encarar a janela.

- MAS EU NÃO SEI CARAL.....

- Se acabas essa frase eu mando-te dar uma dose 4 vezes mais fortes das que damos, e olha que as que já damos não são muito leves.

- FODASSE, ETHAN, CHEGASTE AQUI AINDA À NEM UMA SEMANA E JÁ PENSAS QUE MANDAS NISTO TUDO? VAI TE FUDER – Eu já o encarava e as lágrimas já lavavam o meu rosto.

- Vitória....por favor – ele disse calmo quase num sussurro enquanto se aproximava mais.

- EU NÃO SEI CARALHO, SIMPLESMENTE ACONTECEU E EU...eu não me lembro

- Vitória.... – ele sussurrou e devido a distancia entre nossos corpos eu consegui ouvir bem – só um detalhe...só um

- NÃO SEI, NÃO ME LEMBRO – Ele olhou para mim com cara de mau e eu espetei-lhe uma chapada na cara repetida de várias outras e de vários murros desferidos em seu peito.

- Sendo assim desculpa – ele abraçou-me e apertou-me com força contra si, nesse momento deixei as minhas defesas caírem e me derramei em lágrimas no braço do Ethan, mas uma forte dor de picada se fez presente no meu pescoço do lado direito, uma seringa que ele devia ter tirado do bolso sem eu ter visto, injetou uma dose muito mas mesmo muito forte de calmantes no meu organismo e com isso caí adormecida em seus braços.

Ele colocou-me calmamente na cama e me cobriu, deixou um beijo na minha testa e se retirou.

Neste momento devem se estar a perguntar que raios estava a acontecer no meu quarto á segundos atrás, eu explico.

Era hoje terça feira e após mais um quase beijo entre mim e o Ethan eu meio que desmaiei durante uns 5 minutos depois de ser atingida por uma forte dor de cabeça.

Flashback on

- E então, agora que já sabes da " minha história" depois do como que é tudo o que me lembro, é a tua vez de me contar a tua.

- Ok, pronto...então – ele começou, peguei no seu braço e puxei-o para perto da cama e sentei-me deixando espaço para ele fazer o mesmo.

- Vá desembucha, família... – nestes últimos dois dias, depois do episodio no corredor com a maca eu e o Ethan temos construído uma amizade e revelar as nossas vidas está a ser um processo de construção dessa amizade.

- Calma...então, Eu chamo-me Ethan James Walker – olhei- o com a testa franzida- meio estranho eu sei, é que o meu avô eram James e o meu pai amava-o... continuando, 22 anos, 24 de Março, vivia com os meus pais e irmãs na Colômbia, mas mudei-me para a Califórnia com a minha irmã por causa da universidade.

- És latino, eu acho que também sou, bem... eu lembro-me do espanhol, por isso devo ser... mas pais e irmãs, nomes? E quantas irmãs?

- Bem, o meu pai é Juan Carlos Walker e a minha mãe Nathallie Sophia Walker, ele é colombiano e ela inglesa e têm nomes estranhos como eu, depois tenho duas irmãs... ou tinha...Phoebe 15 anos e a Andrea que era um ano mais nova que eu... foi ela que foi comigo para a Califórnia – ele abaixou a cabeça e encarou as mãos que mexiam-se nervosamente

Coloquei uma mão em cima das dele e com a outra levantei a sua cabeça pelo queixo fazendo- o me encarar, os seus olhos estavam marejados – O que aconteceu com ela?

- Ela morreu, á quase três anos depois de um acidente de barco – o abracei e ele chorou no meu ombro, mas por pouco tempo. – ela era um máximo, não me lembro muito dela porque eu tive uns problemas de memória tal como tu, mas mesmo assim lembro-me que ele era muito linda e trazia sempre rapazes muito feios para casa – ele sorriu – ás vezes eu vou ver fotos dela, mas se ela ainda estivesse viva já não tinha nada a ver com elas....tenho saudades dela...

- Agora ela está lá no céu a olhar por ti, e olha já não tens problemas de memória, ela ajudou-te – sorri, mas toda esta conversa me deu uma dor de cabeça, devo estar cansada é isso

- Eu também acredito que sim, e quase todos os dias eu falo com ela, conto da minha vida e do meu dia, até já contei que tenho uma paciente muito chata – ele riu-se e eu dei-lhe um murro no braço, ele levantou-se e tirou a bata e em seguida a camisa e virou.me costas mostrando uma libelinha tatuada no topo das suas costas. – Ela adorava libelinhas, quando eramos crianças caçamos uma e ela até lhe deu um nome, só que a bixinha morreu dois dias depois, lembro-me que a Andrea chorou potes por causa da bixa

- De certeza que ela está orgulhosa de ti onde quer que esteja. – abracei-o já vestido

- Eu espero que sim

Nesse momento uma forte dor de cabeça me atingiu com tudo e acabei por desmaiar.

Tudo preto...um sitio desconhecido...está desfocado....focu...ah....dor de cabeça....universidade....não sei de onde....dor de cabeça....AIIIIII.....respira.....aiiiii...."bem vinda"....voz desconhecida....aiiiii....preto....mais preto....aiiiiii

- Universidade – disse após acordar de 5 minutos de inconsciência em corpo presente, mas de uma viagem pela mente.

- Está bem?

- Uma universidade...uma voz....ai a minha cabeça – pus uma mão na testa

- Lembras-te te? – Ethan senta-se a meu lado.

- Uma u....universidade e uma voz a dar-me as b..boas vindas? – voltei a deitar-me

- Preciso que me digas tudo o que viste...

Flashback off

Depois de isso tudo e da nossa discussão, o que aconteceu foi um ataque de raiva que levou ao Ethan me injetar um calmante super forte para me fazer adormecer e consequentemente adormecer.

Mas já me lembrei, eu era universitária e provavelmente caloura, agora onde? De quê? Como? E muitas mais outras perguntas que tão cedo não obterei resposta....ou será que sim?

......

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aiai

Inside my headOnde histórias criam vida. Descubra agora