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Lesão no cérebro após perfuração, esta foi a causa da minha perda de memória e da minha agora fragilidade na atividade cerebral, esta tarde aquando Ethan me revelava ao que eu seria sujeita, o sentimento súbito de medo e ansiedade e também as fortes tonturas me atingiram com toda a força e me causaram uma convulsão.
Posso confessar que fiquei e ainda estou assustada com tudo o que aconteceu, desde a descoberta da tortura que queriam exercer sobre mim, até á experiência de quase morte que vivenciei.
Neste momento já me encontrava no meu quarto, muito mais aconchegada na minha cama e com o dever de descansar para evitar uma outra crise, mas certos pensamentos não saiam da minha cabeça.
Já se tinham passado 3 horas desde a minha ressuscitação e eu ainda mal tinha falado com alguém, mas o que mais me incomodava era os pequenos fragmentos que me vieram á cabeça no quase morte: Aquela família que não sei se era minha e também o facto de o Ethan estar lá, não com a família, mas sim no meu quase morte, saber que ele seria a última pessoa que eu estava a pensar antes de morrer fez-me perceber que era ele quem eu deveria escolher.
Para o quê exatamente? Bem não tenho uma resposta clara para essa pergunta, mas sinto que lhe deveria contar, ainda não sei como, mas devo o fazer.
Acordei dos meus pensamentos e estiquei o braço para trás afim de alcançar o botão/ campainha para chamar um enfermeiro.
Sentei-me na minha cama e esperei alguém vir enquanto observava o céu pela janela, já estava a escurecer, mas mesmo assim o céu mantinha-se azul claro e limpo.
Os sons de três batidas na porta me chamaram a atenção e quando me virei para a porta deparei-me com a figura do Guga, com a barba feita e sua face estava um pouco mais magra.
- Guga – levantei-me da cama e corri em direção a ele dando-lhe um abraço de coala.
- Vitória – ele disse com o queixo pousado no topo da minha cabeça. – Como estás princesa?
- Vou andando, e tu? – perguntei após me afastar do abraço.
- A vida parece estar-me a sorrir, a Jennifer está grávida e aceitaram-me num hospital aqui perto. – ele proferiu as suas conquistas com um sorriso na cara.
- Uau isso são ótimas notícias – sentei-me na minha cama – então vais deixar a Clínica definitivamente.
- Acho que sim, já falei com o Rick e ele já me deu a carta para os recursos humanos....a carta de demissão – ele sentou-se na pequena poltrona que agora se encontrava em frente á janela.
- Á tanto tempo que já não vejo o Rick, tenho saudades, mas também vou ter saudades tuas agora que te vais.
- É....ele tem andado ocupado.... Eu também vou ter saudades princesa....espero te encontrar mais tarde já fora desta Clínica e com a memória restaurada....quem sabe não nos encontremos no hospital quando estiveres em trabalho de parto do teu futuro filho com o Ian....como está ele?
Soltei uma risada que logo foi substituída por um suspiro – Ele está bem acho, mas não acho que o meu futuro filho seja dele, nós nem namoramos.
- Mas tu querias – ele lançou-me um olhar curioso e divertido.
- Sinto muito dizer que não....meio que estou noutra neste momento – sussurrei a ultima parte mas alto o suficiente para ele ouvir.
- Estou a ver que passo um tempo fora e já há novidades muito relevantes....é o novo psicólogo não é...o Dr. Walker...é esse o nome dele?
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Inside my head
Romance♢ Ela era apenas uma adolescente normal, ou pensava que era. Ela queria ser normal, ser feliz e ter uma vida cheia. Mas, como ninguém manda no destino, ela apenas se esqueceu. E se de um dia para o outro acordasses e te deparasses com o quebra-cabeç...