Bem vinda ao espetáculo.

capítulo 10

Uma semana depois...

Hoje é o dia da viagem, finalmente. Eu já não aguentava mais esperar, a ansiedade batia dentro de mim de uma forma que nem eu consigo explicar.
São 4:30 da manhã agora, estou sentada na sala mexendo no celular e esperando algum dos meninos me mandar uma mensagem indicando que eu poderia descer do condomínio. Já está tudo arrumado, deixei tudo organizado ontem, mas o Yuri que, estranhamente acordou junto comigo, fica perguntando se eu não esqueci nada.

- Sal, você tá levando tudo mesmo? - Ele se senta no sofá, põe um prato com croissants em cima da mesinha de centro e me entrega uma caneca de café que tinha preparado.

- Sim, eu tenho certeza que arrumei tudo. Porquê essa preocupação toda? - Digo e depois bebo o café.

- Porque você vai pra um lugar longe daqui, eu preciso garantir que você não vai esquecer algo, imagina se você esquece a identidade? - Ele bebe o café.

Eu paro de comer o croissant que eu havia pegado e fico com cara de paisagem lembrando se eu tinha realmente pego a identidade.

- O que foi? - Yuri diz isso e pega o croissant

- A minha.. - Antes que eu terminasse a frase, Yuri puxa a identidade do bolso de sua calça e joga na minha cara.

- Eu sabia que você iria esquecer, por isso perguntei mais de dez vezes. - Ele fica emburrado e volta a comer.

- Foi mal! Eu achei que tinha colocado no bolso. - eu pego a identidade e coloco na capinha do celular.

- Eu ainda acho que preciso ir com você pra Brasília.

- Não precisa, eu sei que você tem muita coisa pra cuidar aqui.

- A única coisa que eu cuido aqui, é de você.

- Awwn, que fofo. - Eu sorrio pra ele e o mesmo retribuí o sorriso. - Mas olha, não precisava ter acordado junto comigo pra me ajudar com as coisas. Porra, quatro da manhã é foda, né?

- Eu sei, mas eu estava ansioso tanto quanto você. Além do mais, eu queria ver você saindo e indo se encontrar com os meninos, eu vou lá em baixo te deixar, quero que eles pensem que sou um ótimo amigo.

- Acho que eles já sabem disso. - Eu término de comer e pego outro croissant.

- Então vão saber mais ainda.

- Credo, você parece a minha mãe.

- Não pareço não, sua mãe é louca.

- Pois então!

- Aah.. - Ele concorda com a cabeça e bebe o seu café. - Mas ela é pior.

- Claro. - Eu rio junto com ele. - mas sério, você vai ficar bem sozinho?

- Claro que eu vou, eu sei me virar sozinho.

- ATA. - Eu termino de beber o café e deixo a caneca na mesinha de centro.

Ele fecha a cara e vira a caneca bebendo o café inteiro.

- Pois saiba que essa casa vai estar do deixo que você deixou. Duvida?

- Um pouco, mas confio em você.

O meu celular começou a tocar e vi que era o Dani me ligando.

- Acho que alguém precisa ir agora. - Yuri pega meu celular que estava na mesinha de centro e me entrega.

É.. - Eu como o resto no croissant e atendo o celular. ~Alô?

- Oi Sal! A gente já tá aqui em baixo. Estamos numa van prata