Cap. 51

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— Você realmente me conhece, gatinha — toco seu nariz, arrancando um sorriso da mesma. — A Maia melhorou?

— Ela ainda está naquelas. É horrível ver minha filha assim.

— Calma, ela vai ficar bem. Ela é forte igual a mãe — risos. — Você ainda não disse para onde íamos.

Ela deu aquele risinho de vitória e saiu sem dar explicação. Sarah Andrade realmente me faz se apaixonar por ela a cada novo segundo. Suas artimanhas são incríveis.

— Amor, eu...

A perita apareceu na porta do quarto rapidamente, eu nem sabia o porquê.

— Repete.

— O quê? Amor?

— Você percebeu que é a primeira vez que fala isso?

— É? — Risos. — É porque virou rotina.

Puxo a mulher a minha frente pela cintura e distribuo beijos e mais beijos por toda a região de seu rosto. Um choro de bebê ecoou pelo corredor, nos olhamos e rimos.

— Vai lá — beijo sua testa antes de ela sair.

— Aliás, o que você ia me dizer mesmo?

— Ah... Deixa para lá, quando for o momento certo eu digo.

Mais tarde...

— Para onde está me levando, linda? Sabe que não gosto de surpresas — gargalhei.

— E por que acha que estou te fazendo uma?

Passamos a tarde toda rindo de coisas bobas e fazendo palhaçadas em um parque distante de casa. Hoje eu realmente percebi o valor de momentos como esse. Descobri esse lado romântico de Sarah, mesmo que por uma única tarde. Parece que o que Beatrice fez apenas aumentou a confiança e o amor entre nós. Maia ficou com a avó, se não fosse por mim a mãe dela ficaria ligando e perguntando sobre a filha toda hora, mesmo que minha sogrinha tivesse dito mil vezes que sim.

No final da tarde, quando o sol estava se pondo, toda a galera do parque se juntou e apreciou. Eu e minha futura esposa fomos duas delas. Sarah deixou claro que foi um momento especial para ela, que nunca parou para observar o sol cair. O "principalmente com alguém que eu amo ao meu lado" fez meus olhos brilharem de orgulho.

— Você não me disse o que queria naquela hora — ela quase fecha os olhos por completo, afim de demonstrar desconfiança.

— Ah... — abraço a minha perita por trás e me aproximo de sua orelha esquerda — é porque é surpresa.

— Ah, não! — Risos.

— Eu adoro fazer surpresas! — Informo em tom irônico.

Cruzamos nossas mãos até chegar no carro e termos que separar elas. Sarah que estava dirigindo no começo, pois o carro era dela, mas não foi assim na volta.

— Eu quero só ver para onde vai me levar, seu louco.

As risadas dela pareciam parte da música que tocava na rádio.

— Seus olhos estão brilhando. Você está chorando, Sr. Sampaio? — Ela ri.

— Não, não — enxugo algo que ainda não tinha, com o ombro.

Ela não disse mais nada depois do seu último comentário, porém eu ainda sentia ela com um sorriso nos lábios ao meu lado. O dia de hoje foi incrível, e mal sabia ela que só iria melhorar.

— Olhos fechados, senhora.

Seu olhar irônico se voltou contra mim.

— Eu acho que você não morde, ou eu estou errado?

Meu Caveira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora