— Você realmente me conhece, gatinha — toco seu nariz, arrancando um sorriso da mesma. — A Maia melhorou?
— Ela ainda está naquelas. É horrível ver minha filha assim.
— Calma, ela vai ficar bem. Ela é forte igual a mãe — risos. — Você ainda não disse para onde íamos.
Ela deu aquele risinho de vitória e saiu sem dar explicação. Sarah Andrade realmente me faz se apaixonar por ela a cada novo segundo. Suas artimanhas são incríveis.
— Amor, eu...
A perita apareceu na porta do quarto rapidamente, eu nem sabia o porquê.
— Repete.
— O quê? Amor?
— Você percebeu que é a primeira vez que fala isso?
— É? — Risos. — É porque virou rotina.
Puxo a mulher a minha frente pela cintura e distribuo beijos e mais beijos por toda a região de seu rosto. Um choro de bebê ecoou pelo corredor, nos olhamos e rimos.
— Vai lá — beijo sua testa antes de ela sair.
— Aliás, o que você ia me dizer mesmo?
— Ah... Deixa para lá, quando for o momento certo eu digo.
Mais tarde...
— Para onde está me levando, linda? Sabe que não gosto de surpresas — gargalhei.
— E por que acha que estou te fazendo uma?
Passamos a tarde toda rindo de coisas bobas e fazendo palhaçadas em um parque distante de casa. Hoje eu realmente percebi o valor de momentos como esse. Descobri esse lado romântico de Sarah, mesmo que por uma única tarde. Parece que o que Beatrice fez apenas aumentou a confiança e o amor entre nós. Maia ficou com a avó, se não fosse por mim a mãe dela ficaria ligando e perguntando sobre a filha toda hora, mesmo que minha sogrinha tivesse dito mil vezes que sim.
No final da tarde, quando o sol estava se pondo, toda a galera do parque se juntou e apreciou. Eu e minha futura esposa fomos duas delas. Sarah deixou claro que foi um momento especial para ela, que nunca parou para observar o sol cair. O "principalmente com alguém que eu amo ao meu lado" fez meus olhos brilharem de orgulho.
— Você não me disse o que queria naquela hora — ela quase fecha os olhos por completo, afim de demonstrar desconfiança.
— Ah... — abraço a minha perita por trás e me aproximo de sua orelha esquerda — é porque é surpresa.
— Ah, não! — Risos.
— Eu adoro fazer surpresas! — Informo em tom irônico.
Cruzamos nossas mãos até chegar no carro e termos que separar elas. Sarah que estava dirigindo no começo, pois o carro era dela, mas não foi assim na volta.
— Eu quero só ver para onde vai me levar, seu louco.
As risadas dela pareciam parte da música que tocava na rádio.
— Seus olhos estão brilhando. Você está chorando, Sr. Sampaio? — Ela ri.
— Não, não — enxugo algo que ainda não tinha, com o ombro.
Ela não disse mais nada depois do seu último comentário, porém eu ainda sentia ela com um sorriso nos lábios ao meu lado. O dia de hoje foi incrível, e mal sabia ela que só iria melhorar.
— Olhos fechados, senhora.
Seu olhar irônico se voltou contra mim.
— Eu acho que você não morde, ou eu estou errado?
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Meu Caveira (Concluído)
RomanceUm jovem policial que acabara de entrar para a equipe do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) depois de dias chuvosos ou calorosos demais, por quatro meses treinando e sendo avaliado, também está prestes a se divorciar e entrar na justiç...