Sábado 14/04/2018
— Bom dia, diaaaaa!!! — Me levanto no pique.
— Eita, que alegria é essa? — Ela ri.
— Almoço de família.
Coloco Turma do Pagode - Lancinho no celular.
— Você sempre quis alguém que pudesse te fazer feliz, e esse alguém sou eu... — canto fazendo a escova de microfone, até fechando os olhos para realmente entrar no personagem.
— Como o meu noivo se acha — cruza os braços.
— Eu não me acho, eu sou — pisco.
Escovamos os dentes, arrumamos o quarto, logo mais Maia chorou. É, mudamos o berço dela de cômodo. Sarah está tentando fazer um quarto para a menina, mas ainda são só planejamentos. Por enquanto o quarto não tem muita decoração, porém limpamos e contém o berço, o guarda-roupa, gaveteiro e até mesmo banheira, coisas de bebê.
— Deixa que eu cuido disso.
— Calma aí, você está doente, meu amor? — Ela toca com a mão quente no meu pescoço.
— Estou ótimo e a intenção é só melhorar — risos.
Mais tarde Sarah preparou arroz, feijoada, farofa, couve e sobremesas. Eu ajustava o som, para ter certeza que teria muito pagode. Esperamos até que todos chegassem.
— Mãe!! Quanto tempo, não? — Ela ri.
— Nem me fale, filho.
— E aí, chata — distribuo um beijo na bochecha da minha irmã. — Como vai, cara? — Abraço Nick.
No momento só a minha família que tinha chegado. Quer dizer, parte dela. Ainda faltava para mim a presença daquele ser pequeninho. Do meu moleque.
— Está assim por causa de Miguel, né?
— É a primeira vez que reunimos a família e ele não está.
— Ei, tá perto dessa angústia acabar, está bem? Vamos passar por essa juntos!
— Eu sei que sim — tento o meu melhor sorriso como resposta.
Sarah foi fazer alguma coisa dentro de casa e aproveitei para fazer uma ligação. Me afastei de todos e disquei o número dela.
— Alô? Beatrice?
— Oi, Cadu.
— Eu sei que a gente tem muitas desavenças, brigamos demais, mas no meio disso tudo temos nosso filho. Eu nem me lembro da última vez que o vi. Estamos fazendo um almoço em família, eu queria que meu filho pudesse ver a família dele junta de novo. Eu posso trazê-lo?
Ela demorou um pouco para responder, parecia pensativa.
— Eu não posso negar esse pedido. Vou dar um banho nele e deixo ele no endereço que me falar por mensagem. Temos que resolver logo esse caso na justiça, ele sofre toda vez que temos que escolher com quem ele deve ficar.
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Meu Caveira (Concluído)
RomansaUm jovem policial que acabara de entrar para a equipe do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) depois de dias chuvosos ou calorosos demais, por quatro meses treinando e sendo avaliado, também está prestes a se divorciar e entrar na justiç...