Cap. 53

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Sábado          14/04/2018

— Bom dia, diaaaaa!!! — Me levanto no pique.

— Eita, que alegria é essa? — Ela ri.

— Almoço de família.

Coloco Turma do Pagode - Lancinho no celular.

— Você sempre quis alguém que pudesse te fazer feliz, e esse alguém sou eu... — canto fazendo a escova de microfone, até fechando os olhos para realmente entrar no personagem.

— Como o meu noivo se acha — cruza os braços.

— Eu não me acho, eu sou — pisco.

Escovamos os dentes, arrumamos o quarto, logo mais Maia chorou. É, mudamos o berço dela de cômodo. Sarah está tentando fazer um quarto para a menina, mas ainda são só planejamentos. Por enquanto o quarto não tem muita decoração, porém limpamos e contém o berço, o guarda-roupa, gaveteiro e até mesmo banheira, coisas de bebê.

— Deixa que eu cuido disso.

— Calma aí, você está doente, meu amor? — Ela toca com a mão quente no meu pescoço.

— Estou ótimo e a intenção é só melhorar — risos.

Mais tarde Sarah preparou arroz, feijoada, farofa, couve e sobremesas. Eu ajustava o som, para ter certeza que teria muito pagode. Esperamos até que todos chegassem.

— Mãe!! Quanto tempo, não? — Ela ri.

— Nem me fale, filho.

— E aí, chata — distribuo um beijo na bochecha da minha irmã. — Como vai, cara? — Abraço Nick.

No momento só a minha família que tinha chegado. Quer dizer, parte dela. Ainda faltava para mim a presença daquele ser pequeninho. Do meu moleque.

— Está assim por causa de Miguel, né?

— É a primeira vez que reunimos a família e ele não está.

— Ei, tá perto dessa angústia acabar, está bem? Vamos passar por essa juntos!

— Eu sei que sim — tento o meu melhor sorriso como resposta.

Sarah foi fazer alguma coisa dentro de casa e aproveitei para fazer uma ligação. Me afastei de todos e disquei o número dela.

— Alô? Beatrice?

— Oi, Cadu.

— Eu sei que a gente tem muitas desavenças, brigamos demais, mas no meio disso tudo temos nosso filho. Eu nem me lembro da última vez que o vi. Estamos fazendo um almoço em família, eu queria que meu filho pudesse ver a família dele junta de novo. Eu posso trazê-lo?

Ela demorou um pouco para responder, parecia pensativa.

— Eu não posso negar esse pedido. Vou dar um banho nele e deixo ele no endereço que me falar por mensagem. Temos que resolver logo esse caso na justiça, ele sofre toda vez que temos que escolher com quem ele deve ficar.

Meu Caveira (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora