013(NOVA VERSÃO)

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    Diante de situações onde não temos controle do que se acontece ou que devemos fazer para sentirmos e fazermos outros se sentirem melhor,temos uma corrente em nossos pés fazendo com que estivéssemos imobilizados. O sentimento de inutilidade é algo tão comum,algo que não assusta, mas pode causar um sentimento de dor intensa se estiver relacionada a alguém que possamos amar e prezamos pelo bem estar.

     Havia minutos em que Isabella subira para seu quarto,minutos que de estendiam para horas. E nesse decorrer de tempo,nenhuma palavra entre ambos foram pronunciadas, ninguém ousou questionar a verdadeira realidade que assombra e destrói o psicológico da garota naquele andar, ninguém sequer questionou a mulher culpada por tudo o que acontecia. Ambos não tinham esse direito,somente Isabella poderia se expressar.

     — Não...acho melhor alguém subir e descobrir como ela possa estar. Assim como Bruna, Isabella está afetada com tudo e deve estar exausta,com pensamentos insanos não será saudável deixá-la sozinha — apoiado ao lado da porta fechada daquela sala de estar enquanto tinha seus braços cruzados sobre o peito, Mayra aconselhou mantendo seu olhar no chão,pois ninguém estava b o bastante para erguer os olhares.

     — Kaique... suba e veja como ela possa estar!

     Com o olhar no filho, Mathew pediu esboçando um sorriso mínimo que o encorajasse a acatar seu pedido. Assim como não havia feito,o mais velho não teve coragem de encarar a esposa, não foi capaz de acreditar o quão cruel ela havia sido com a própria filha. Certo, é o passado daquelas duas pessoas,era a vida é história delas de anos e tudo aconteceu antes de se conhecerem, mas para para Mathew era insanidade demais pensar que sua mulher mentiu por tempo demais, pensar que ela foi capaz de apunhalar a própria filha,uma criança inocente.

     Em um suspirar profundo, Kaique decidiu atender o pedido de seu pai e se encaminhou para a escada que o levaria para o quarto de Isabella. Apesar de não souber onde era o mesmo,o rapaz não precisou abrir todas as portas daquele corredor, não precisou pois acabou ouvindo um barulho vindo da última porta

     Sua mente não lhe dava trégua, não a deixava de acalmar e não lhe permitia cessar as lágrimas que molhavam seu rosto pálido. A cada vez que se movia naquele quarto completamente destruído,as lembranças passadas vinham em sua mente e lhe nocauteava de uma forma brutal,lhe dava uma rasteira fazendo-lhe cair no absmo que eram seus pensamentos e memória.

     Isabella estava no jardim de trás daquele casa,era dia de seu avô passar o fim de semana consigo. Dentro da enorme e luxuosa construção em que morava,seus pais discutiam mais uma vez,brigavam pelo mesmo motivo e por falta do sentimento que um casal realmente precisaria; amor.

    Era tão comum que nada assustava a garotinha, então ela apenas ignorava e voltava a brincar com seus brinquedos presente de seu avô. Mas naquele dia foi diferente; Isabella ouvira o bater da porta de saída, ouvira um grito agudo e frustrado de sua Bruna,essa que estava cada vez mais tristes com o passar dos dias. E como uma menina apaixonada pela mãe, a garotinha adentrou a casa e subiu as escadas seguindo para o único quarto que se encontrava com portas abertas.

   Naquele dia, Isabella tentou consolar sua mãe,tentou lhe fazer parar de chorar e tentou lhe abraçar. Mas a única coisa que recebera havia sido um empurrão que a fizera se afastar. Aquele dia Isabella sentiu duas cores diferentes; uma física e outras mental. Bruna proferiu palavras contra ela, palavras que uma criança jamais deveria ouvir de ninguém e muito menos de sua mãe.

   Bruna havia lhe golpeada com uma tesoura que se encontrava sobre a cômoda,a feriu quando receberia uma insistência de um abraço inocente. E a única coisa que a mulher fez,foi abandonar a criança caída naquele chão e chorando enquanto sentia dor e seu sangue se espalhava em uma quantidade absurda.

O filho do meu padrasto(Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora