021(NOVA VERSÃO)

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     Um sonho. Quando estamos desesperados por algo que nos afetou severamente,ou até mesmo quando percebemos não ser capazes de laser por decida situação sem sairmos com ferimentos extremamente dilacerantes,imploramos para que tudo não passasse de um sonho ruim,ou que eu fosse somente nossa mente nos pregando uma peça de muito não gosto. Era isso que tentávamos ter como uma válvula de escape.

     Isabella se sentia assim,precisava de um momento para respirar e acreditar estar vivendo em um pesadelo onde, quando fechar seus olhos,poderá despertar daquilo que mais lhe atormenta e lhe condena s uma vida de terror e dor. Fechar os olhos não significa o despertar de um pesadelo,mas sim sinônimo de medo ao pensar estar com uma arma apontada em sua direção,ou até mesmo,contra aqueles que cuida e passou a amar.

     A dor também é algo natural, é uma condição humana que todos os seres viventes passam ou irão vivenciar; quando criança, caímos ao aprender a andar e nos ferimentos sentindo aquele incômodo que nos arranca lágrimas; já adolescente e um pouco mais crescidos, sofremos por nossa primeira desilusão amorosa, sofremos por perder alguém. Mas quando jovens e adultos,as dores parecem ser algo mortal,nos faz pensar se seremos capazes de passar por tudo isso. Triste,porém uma amarga e cruel realidade.

     Para a garota de dezenove anos de idade,suas experiências com essa emoção lhe fez se perguntar sobre a gravidade de sua existência. Não, Isabella não se julgava inocente, não se desfazia de suas escolhas e muito menos negava a existência de suas consequências. No entanto,se questionava o porque de sofrer desde criança,como pode ser a vida tão cruel a ponto de condenar uma garotinha de menos de dose anos de idade a viver uma vida brutal e horrenda. É algo inexplicável.

    Então sim, Isabella chorava muitas vezes durante suas noites, ela sentia dor ao perceber tudo o que estava perdendo,se condenava por ter de abrir mão de sua felicidade somente para proteger aqueles que amava e não poderia ter por perto. Aquela garota também era um ser humano,também tinha um coração em seu peito,tinha emoções em seu ser e também poderia perder para uma mente completamente fragilizada. Somente ninguém enxergava isso, não conseguir perceber a humanidade em si.

     Quando deixou aquele hospital, Isabella tentou frisar em sua mente a possibilidade de voltar a ser como antes,de poder superar os obstáculos da vida e o desprezo das pessoas que conseguiam atrair sua atenção. Isabella jurou que seria capaz de ignorar as sensações que sentira no momento em que sentira a frieza nas palavras do rapaz que lhe encantou com o passar dos dias,mas não era algo fácil de se fazer, não quando tudo fica mais forte.

     A morena era inconsequente e todos sabiam disso,e por mais surpreendente que fosse,a jovem teve o caminho feito até seu apartamento,no entanto,sequer passou do hall do edifício, Isabella apenas deu as costas para o elevador e voltou a sair para a rua,onde pediu para o porteiro tirar seu carro da garagem e lhe entregar ali mesmo.
  
      Com um ferimento recente em seu peito e estando frágil pelo uso de medicamentos que ainda estava circulando por suas veias e corpo, Isabella se pôs a dirigir por aquelas ruas até a saída cidade. Uma estrada abandonada foi seu guia por minutos,seus pensando estavam presos no acontecimentos do hospital,na forma que se sentiu vulnerável perante o olhar de seu meio irmão postiço.

     Em uma breve comparação, Isabella se viu na ousadia de comparar seus curtos relacionamentos,o que também foi resposta para a pergunta que se fazia sobre Kaique; Eduardo sempre foi um homem romântico que está disposto a cuidar de sua parceira enquanto existisse amor,no entanto,com Isabella não passou de duas semanas,já com outros caras tudo era muito bruto e movido a somente desejos carnais - e um desses envolvimentos lhe trouxe consequências e uma for terrível. Então,nessa curta comparação, Isabella ousou a se questionar em como Kaique poderia ser em um relacionamento.

O filho do meu padrasto(Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora