014(NOVA VERSÃO)

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      Feche os olhos,deixe as lágrimas molharem seu rosto e as sinta tomar caminho até seus lábios fazendo-lhe sentir o gosto salgado da umidade, logo após, estravase sua dor através de um grito de frustração. Não consegui, não é? Então, é exatamente assim que Isabella desejou fazer,suas frustrações eram tantas que as vezes maltratava cada centímetro de seu ser e sua sanidade mental, era tão doloroso que a morte poderia ser sua melhor amiga.

   Entretanto, sentindo-se exausta fisicamente e emocionalmente, Isabella apenas se limitou em optar por passar alguns de seus dias em uma casa de campo na qual tinha tamanho apresso,pois fora exatamente naquele lugar que tivera seus melhores dias,sua melhor fase. A garota sentiu a dor da saudade,sentiu o desejo de poder acordar e o encontrar consigo,lhe chamando para o café da manhã e um possível dia repleto de distrações. Sempre seria assim,pois perder alguém que amamos é uma dor sem explicações.

    Assim como as manchetes em revistas carregavam o nome e poder de Isabella Sanches,a garota mostrava indiretamente todos os bens que possuía por ter sido a herdeira universal de seu avô; dona de uma multinacional nomeada e conhecida mundialmente,uma empresária nomeada com apenas dezenove anos de idade, herdeira de casas e hotéis espalhados por Nova York, Londres e entre outras cidades e países. Isabella se tornou o poder em pessoa,mas nunca o deixou subir sua cabeça.

    Então, se permitindo espairecer sua mente por longos e prazerosos cinco dias,a garota se viu pronta para voltar a sua rotina e levar a sério seus afazeres e trabalho. E foi naquele momento,na sexta feira de manhã - oito horas - Isabella suspirou ao ouvir seu celular tocar sobre o balcão da cozinha onde estava sentada tomando seu café da manhã.

    Deixando o garfo sobre o prato, Isabella endireitou sua postura e estendeu a mão até o aparelho ao seu lado o pegando,o nome de seu padrasto brilhava em uma chamada. Em um suspirar,a garota deslizou o dedo sobre a tela do celular e aceitou a ligação logo a colocando no viva voz.

    “ Mathew? Aconteceu alguma coisa? ”

    Isabella tinha a certeza de que seu padrasto jamais ligaria para si, não se realmente fosse importante. Desde que souberam sobre a viagem da menina,aquela família garantiu que não atrapalharia o momento de tranqulilidade de alguém que parecia sobrecarregada,de uma pessoa que necessitaria de momentos de sossego para espairecer uma mente exausta.

   “ Apenas gostaria de avisar sobre minha ausência por três a quatro dias,o que resultará em sua empresa sem uma pessoa para administra-la por tais dias.”

  As poucas palavras foram o bastante para Isabella saber ter de voltar,porém não se encomodou por ter planejado tal feito,porém não sabia o que sentia ao pensar ter de ficar em frente a um negócio que era seu,ao pensar ter de administrar uma lista enorme de filiais ligadas a um único prédio no centro de Londres.

   Então,ao meio dia, Isabella estacionou seu carro em frente a casa de Mathew. O sentimento por ter de encarar a mulher que lhe deu a vida era sufocante; em meio aos anos que se passaram,a garota criara inúmeras teorias de possíveis justificativas para a mulher ter feito o que fez,mas dentre tais suposições,existia apenas uma que faria a garota pensar na possibilidade de lhe perdoar.

    Naquela casa,estavam Kaique e seus amigos,ambos passando o dia tedioso enquanto assistiam uma programação qualquer, dentre as pessoas que são comuns de verem juntos,estava uma garota na qual tivera um curto "caso" com o anfitrião da casa, alguém que não era muito bem aceita pelas pessoas ali presentes e que prometia causar muitos problemas entre os amigos.

    E quando a campainha tocou, Kaique teve a confirmação de que Isabella havia chegado para uma conversa com seu pai. O rapaz tinha conhecimento da viagem de seu pai e julgou, então deduziu que a garota deveria retornar de onde quer que esteja e tomasse frente a algo que pertence somente a si.

O filho do meu padrasto(Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora