Não era possível. Ele era... Ele era um deles!
– Não... – Ela recuou outro passo, chocada, e as lágrimas começaram a escorrer em seu rosto – É por isso que você conseguiu aparatar aqui. Você é quem fez a barreira. Você é quem lançou a Marca Negra no céu. Você o matou! VOCÊ O MATOU!
– ACHA MESMO QUE EU MATARIA O MEU PAI, SUA GAROTA BURRA? – Amy recuou mais um passo – EU MATARIA A VAGABUNDA DA MINHA IRMÃ, MAS NUNCA O "MEU" PAI!
– Não fale assim dela... – Amy tentou gritar, mas sua voz não saiu mais do que um sussurro.
– Eu falo dela como eu bem entender – disse entre os dentes – Eu vivi na sombra daquela sangue ruim tempo demais – o bruxo cuspiu no chão.
– NÃO FALE ASSIM DELA! ESTUPORE! – gritou cheia de raiva e apontou a varinha pra ele, mas o feitiço fora em direção ao teto. Malzahar soltou a sua melhor gargalhada.
– Tão imprestável quanto a mãe. Não consegue nem controlar a própria varinha... – disse perverso – Sabe de uma coisa? – Ele tirou calmamente sua varinha do bolso e apontou para ela – O Lord das Trevas só quer o Potter vivo. Não precisa de um verme igual a você – Ele estampou um sorriso sádico – Creio que ele não se importaria se eu a matasse agora.
Malzahar agitou sua varinha. Amy rebateu o raio vermelho, fazendo-o atingir a prateleira de livros, e saiu correndo do quarto. O homem gargalhou. No corredor, feitiços lançados com extrema velocidade tentavam acertá-la. Amelia desviava-se deles com dificuldade e atacava com a varinha por cima do ombro. Enquanto descia as escadas, um feitiço atingiu fortemente a parede, sendo lançada para frente pela explosão e fazendo-a rolar escada abaixo. Sua varinha escapou de sua mão e voou para um canto, e quanto se levantou para pegá-la, foi impedida.
– CRUCIO!
A maldição cortou-a dos pés à cabeça. Uma dor insuportável tomou conta de cada parte do seu corpo e ela desabou de volta no chão, soltando um grito de agonia.
– Quantas vezes eu sonhei com esse momento... – disse ele, inspirando com deleite – descontar na praga que minha irmã gerou todo o ódio que eu já senti por ela... Está gostando, Amelia?
Amy gritou mais alto, chorando desesperada, quando o bruxo intensificou a maldição, fazendo-o rir.
– Implore... – disse lentamente, com tom de superioridade – por sua vida... Da mesma maneira que sua mãe fez...
– Você... – Amy sussurrou exausta por entre gemidos – Estava... Lá.
– Oh, não... – Ele grunhiu irritado com os gritos de Amelia – Cheguei tarde demais. Bella já tinha feito todo o serviço. Ela só gosta de narrar o desespero de suas vítimas – ele esboçou um sorriso escarninho, intensificando mais ainda as dores da garota.
Amy se contorceu mais ainda no chão, cravando as unhas o carpete abaixo dela. Ela se contraiu e gritou, até Malzahar levantar a varinha e cancelar a maldição.
– Chega... – disse olhando a garota se largar ofegante e exausta com as vestes molhadas de suor e lágrimas – Você me entedia...
Amy esticou a mão para alcançar sua varinha, mas estava longe demais para isso.
– Vamos acabar logo com essa brincadeira! – Ele apontou a varinha para a sobrinha.
"Por favor..." pensava ela, encarando sua varinha "Por favor, não me deixe na mão agora...". Amy fechou os olhos. Antes que o malfeitor começasse a pronunciar a maldição da morte, ela se concentrou tentando executar um feitiço convocatório mudo. "Accio varinha". No mesmo instante sua varinha voou para sua mão e ela fechou firmemente os dedos em seu cabo.
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Draco Dormiens - The Dragon's Breath
FantasyQuando a batalha de Hogwarts invade os corredores da escola, Amelia Kaniff se vê perdida em meio ao caos. Seus amigos estão mortos, e os poucos alunos e professores que restaram tentam a todo custo resistir às forças das trevas. Um embate inesperado...