Capítulo 18 - O Conflito dos Corvos

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A câmara secreta. Ela não acreditava que não tinha percebido antes. Harry contara a ela que Tom Riddle tinha usado a acromântula de Hagrid para incrimina-lo por ter aberto a câmara secreta. O bruxo meio gigante foi expulso de Hogwarts sem ter como provar sua inocência e só permaneceu lá graças a Dumbledore, que lhe ofereceu o cargo de guardião de terreno. 

Ela havia encontrado Hagrid aquela semana. O monstro de Salazar ainda não fora liberto. Se Amelia não estiver enganada, Riddle ainda não havia descoberto o paradeiro do hospedeiro de Slytherin. Com um sorriso ligeiramente vitorioso nos lábios, a garota fechou o livro e o guardou no lugar. Daquela vez, quem deverá tomar cuidado será o herdeiro da Sonserina.

    − Onde você estava? − perguntou Dorea assim que a ruiva apareceu para o jantar.

    − Estava fazendo uma pesquisa – ela deu de ombros, se sentando com as amigas.

    − Eu deveria ter imaginado... − A Black deu um sorrisinho zombeteiro.

 Disfarçadamente, Amelia espiou Riddle por cima dos ombros. Ele parecia estar calmo naquela noite e ainda era possível ver sua expressão orgulhosa pelo trabalho de poções. Ao lado dele, Malfoy conversava alegremente com Lestrange, e Walburga estava grudada em seu braço. Um entediado Avery brincava com sua comida logo ao lado de Canopus. Ver o sorriso do loiro fez com que toda a sua animação anterior se esvaísse como fumaça.

    − Você está bem? − Dorea perguntou baixinho, preocupada com o abatimento repentino de Amy.

    − Na medida do possível – Amelia depositou os olhos na sobrinha da garota com uma expressão enojada no rosto − Bem... Você sabe.

Elas não prolongaram a conversa. A loira sabia que não deveria conversar sobre a traição de Walburga no meio do jantar.

A tensão da apresentação de poções fez com que os alunos se esgotassem naquele dia e logo eles começaram a voltar para o dormitório. Maggie e Eileen seguiram o primeiro grupo de garotas que voltavam para as masmorras enquanto Amy e Dorea foram conversar com Charlus e Minerva enquanto acompanhavam eles até o dormitório da Grifinória.

    − Hey! – cumprimentou Potter assim que viu as duas sonserinas indo até eles – Estava mesmo querendo falar com você, Amelia! – o garoto comentou alegremente – Obrigado pela dica pro nosso trabalho – ele coçou a nuca desajeitadamente – Dorea me contou que foi você quem falou sobre a seiva de Nephentes.
  
  − Não precisa me agradecer por isso. Se vocês tivessem me dito que estavam tendo problemas antes, eu com certeza iria ajudá-los. Slughorn não ficaria sabendo de qualquer maneira... – eles riram – E você Minie? Como está o sexto ano?

A mais velha suspirou cansada.

    − Estou cheia de trabalhos pra fazer... Mas imagino que o sétimo ano será o mais difícil de todos. Não quero nem pensar no desespero que o NIEMs vai me causar!

Elas ouviram Potter gemer amedrontado ao lado da grifinória.

    − Eu já estou aterrorizado o suficiente com os meus NOMs...

    − Não precisaria se você já estivesse estudando! – repreendeu Amelia – Eu vivo falando pro pessoal da Sonserina que se eles começassem a estudar mais cedo eles não teriam problemas com a quantidade de matéria acumulada.

    − Amy vive pegando no nosso pé por causa disso... – resmungou Dorea, brincalhona – acredita que ela já começou a estudar para os exames?

    − Não vejo nada de errado nisso – comentou Minerva, com um tom de inquietação na voz – Eu também fiz isso e tenho certeza que não tiraria um "Ótimo" em todos os meus NOMs se não fosse pelo tempo que me dediquei estudando!

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora