Capítulo 15 - A Conciliação do Dragão

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ARESTO MOMENTUM! – gritou desesperada.

Seu corpo freou num baque violento quando estava a centímetros do solo e caiu no gramado. Só então ela sentiu a dor no local onde foi atingida. A garota rolou no chão, cerrando fortemente os olhos e se pôs de barriga para cima, tentando recuperar o fôlego.

− AMELIA! – ela ouviu a voz preocupada de Malfoy. O rapaz desmontou da vassoura e correu até a amiga, ajoelhando-se ao lado dela – AMELIA! – cuidadosamente ele tirou uma mecha de cabelo solta do penteado que estava no rosto de sua amiga e o penteou para trás com as mãos.

− Estou bem! – disse ela, coçando suas pálpebras.

Quando abriu os olhos, Amelia se viu rodeada por seus colegas de equipe. Eles falavam ao mesmo tempo, perguntando se ela estava bem ou se tinha se machucado.

− Afastem-se! – pedia a juíza, se enfiando no meio deles e indo até a garota – Deixem ela respirar! Consegue se levantar, senhorita Kaniff?

Amelia assentiu que sim e se levantou sem muito esforço com a ajuda da professora de voo. Os sonserinos se viraram furiosos para o batedor grifinório.

− Você! – grunhiu Rayner, jogando seu bastão com força no chão e partindo para cima de Charlus – Você queria machucar a Kaniff!!!

− Não! – Potter recuou um passo, assustado, e o capitão de seu time empurrou o batedor da Sonserina para trás.

− Fique longe dele! – disse Lund, franzindo o cenho.

− FOI ELE QUEM ARREMESSOU O BALAÇO CONTRA ELA! – bradou Rayner – EU VI!

− Eu não queri...

− SILÊNCIO! – a juíza advertiu autoritária – Como está se sentindo? – se dirigiu a Amelia.

− Estou bem. Posso voltar pro jogo!

− Tem certeza, Amelia? – perguntou Malfoy, nitidamente preocupado.

− Não precisam se preocupar. Estou perfeitamente bem. – insistiu ela, ao perceber os olhares receosos de seus companheiros de equipe.

− Ele deveria ser punido! – resmungou Nagel, arrancando sons de concordância dos outros jogadores.

− Punido pelo quê? – retrucou o capitão da Grifinória – Ele é um batedor! Essas coisas acontecem.

− Vou te acertar um balaço no meio da cara na próxima vez que você tocar na goles, Lund! – Markel o ameaçou.

− Quietos todos vocês! Continuem essa discussão e eu os expulsarei do jogo! – Os capitães se encararam irritados um com o outro – Já para as vassouras! Kaniff escolheu continuar a partida. Então parem de enrolar!

Os jogadores montaram de volta em suas vassouras e retomaram suas posições antes que a professora Avila os arrancasse do campo.

− POSSE DE BOLA PARA A SONSERINA!

Assim que a juíza soou o apito, Nagel lançou a goles para Malfoy e o jogo continuou. Os sonserinos jogavam muito mais duros dessa vez. Eles não tinham gostado da história do balaço que atingiu Amelia e os batedores estavam sedentos para dar o troco. 

Rayner e Markel não estavam tendo piedade na hora de rebater os balaços contra os grifinórios. E apesar de todos acharem que o próximo acidente grave seria causado pela Sonserina, Gabe, o segundo batedor da grifinória, acertou violentamente um jogador. Mas dessa vez era um dos seus. 

Quando Amelia roubou a goles de Lund, Minie começou a persegui-la para tentar recuperá-la. As garotas estavam uma ao lado da outra, numa pequena disputa, quando o jogador rebateu o balaço contra a ruiva. Para a sorte dela, a esfera de metal passou ferozmente pelo vão ente seus braços e sua barriga, mas acabou atingindo Minerva que voava logo ao seu lado. 

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora