Capítulo 24 - A Morte da Serpente

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Não fazia meia hora que os dois Kaniff haviam saído e O Profeta Diário já tinha divulgado em sua edição o confronto dos dois grandes bruxos, Dumbledore e Grindelwald.

Niandra andava de um lado ao outro da sala de estar enquanto Amelia brincava com as crianças próximo à lareira. A bruxa parecia extremamente preocupada com seu marido e sogro pois não parava de roer a unha do dedão direito.

− E se alguma coisa grave acontecer? − choramingava inquieta e angustiada − E se esse encontro tomar dimensões maiores? E se acabar virando uma nova guerra?

− Niandra! − Exclamou Amelia, colocando a última peça no topo da montanha de blocos que fazia com os pequenos − Se acalme! Grindelwald pode ser um bruxo das trevas, mas ainda têm a honra como uma de suas virtudes. Ele não vai trair a convocação de um duelo. Ele vai lutar com Dumbledore até o fim! É capaz que nocauteie os próprios aliados se eles interferirem...

Ela tinha razão. O embate entre Dumbledore e Grindelwald iria além de política e conflitos entre o bem e o mal. Esse duelo era pessoal. E isso significaria o ponto final de anos de uma amizade extremamente forte e conturbada. Os dois eram muito mais que amigos. Em um nível tão íntimo que jamais poderiam compreender. 

Quando Alvo Dumbledore derrotara seu maior inimigo pessoal, o mundo bruxo entrou em festa. Como imaginado por Alaric, os Aurores foram designados para capturarem todos os seguidores do bruxo das trevas. As famílias refugiadas apontavam suas varinhas para o céu e lançavam centelhas coloridas em uma grande chuva de faíscas. Os trouxas no mundo todo ficaram se perguntando o que é que tanto comemoravam. Não era época de jogos, era?

Kader e Alaric foram recebidos em casa com fortes abraços no final daquela tarde. Todos estavam muito felizes e orgulhosos pela conquista.

− Nesta noite brindaremos a Alvo Dumbledore! − comemorava o grande Kaniff.

Amelia deu-lhe uma piscadela discreta, fazendo-o rir contente. Aquilo mais do que provava que a garota trazia consigo os conhecimento sobre o futuro. Ela esteve confiante de que Dumbledore venceria aquele duelo. Ele acreditava ele que nem mesmo o próprio Alvo possuía tanta convicção.


Os dias que Amelia passou com sua família após a prisão de Grindelwald foram muito alegres e divertidos. As crianças traziam uma animação tremenda para a casa e, conforme Asta se aproximava de Amelia, o animal voltava ao seu estado emocional normal.

Aquela tarde era véspera de Natal. Amy escreveu uma carta para suas colegas de quarto e da Grifinória e os separou presentes. Ela estava entregando o último pacote para uma coruja quando Alfred Passou por uma das paredes do corujal e chamou a atenção da garota.

− Senhorita. Os Malfoy acabaram de chegar! Eles estão lhe esperando na sala de visitas.

− JÁ? − ela liberou a última coruja no ar e correu para as escadas − Obrigada, Alfred!

Quando viu sua ama sair de lá, Asta abandonou o pedaço de palha que estava brincando e saltou pela saída das corujas, planando até Amelia, que acabava de passar pela porta de entrada da torre. Amy entrou pela porta dos fundos da mansão e limpou suas mãos na cozinha, a caminho da sala de visita. Quando ela passou pelo portal da sala, um loiro de cabelos soltos correu do sofá para abraçá-la.

− AMELIA! − ele a agarrou pela cintura e a ergueu no ar enquanto ela fechava forte o abraço em seu pescoço.

− Como você está? − perguntou quando se separaram.

− Eu estava entediado − eles riram.

Amelia se virou então para os outros convidados. Seu corpo gelou ao ver Riddle sentado no sofá.

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora