Capítulo 7 - O Pesadelo do Dragão

753 93 29
                                    

Amelia ficou sem resposta. Ela não estava se deixando levar. Qualquer um em seu lugar iria odiá-lo. O professor só dizia aqui porque não conhecia o futuro que aquele garoto, Tom Riddle, trazia para a comunidade bruxa.

Quando se deu por conta que Dumbledore já dissera o que queria, ela pediu licença e o professor a dispensou. Tentou deixar de lado o que o vice-diretor havia dito e tomou rumo para o banheiro do segundo andar. Minie já a esperava.

— Desculpa a demora. Esperou por muito tempo?

— Tudo bem, eu acabei de chegar. Está tudo bem com você, Amelia? Você está com a uma ruga gigantesca na testa − disse parecendo um pouco preocupada.

— Ah − Amy massageou a região entre seus olhos − Dumbledore queria falar comigo. Mas foi só isso. Não precisa se preocupar. Agora, o que eu queria falar com você...

— Creio que seja sobre o Charlus... − Minie disse entristecida.

— Porque ele mudou de repente? Não acredito que seja porque eu fui selecionada para Sonserina... − a grifinória soltou um suspiro pesado e se encostou contra a pia de porcelana.

— Charlus detesta sonserinos, Amelia. Eu já disse pra ele parar com isso, mas ele acha que todo sonserino vai apunhalá-lo pelas costas.

— Mas ele me conheceu antes. Ele parecia gostar de mim... Como que o fato de eu ser da Sonserina pode o ter influenciado a mudar de ideia?

— Olha... − ela olhou em volta − Eu vou te contar uma coisa, mas você não diga que eu te contei.

— Claro que não, Minie!

— O pai do Charlus faleceu faz sete anos... E por muito tempo a mãe dele ficou depressiva por causa disso − começou Minerva − Quando ela melhorou, a Sra. Potter conheceu um homem. Um sonserino. Eles se casaram e tudo mais. Mas depois de um tempo, quando Charlus estava no segundo ano, ela descobriu que ele a traia com a melhor amiga dela, que adivinha só, foi da Sonserina.

— Por Merlin! Isso parece história de livros trouxas...

— Ele gostava muito daquele homem. Parecia nutrir sua falta pelo pai. Charlus confiava nele... Depois disso ele passou a odiar os sonserinos. Apesar de eu estar um ano na frente dele, nós somos amigos desde quando ele entrou em Hogwarts, então eu meio que acompanhei a história...

— Ele deve ter ficado arrasado... − disse Amy, entristecida.

— Mas não desiste dele, Amelia! − disse Minie, convicta − Charlus é uma ótima pessoa! É um ótimo amigo. Só dê um tempo pra ele. Você é boa, Amelia. Eu gosto de você. E Charlus também. É só esse preconceito dele... Espero que você entenda...

— É claro que sim − Minie sorriu.

— Vá assistir a gente jogar contra a Sonserina semana que vem. Eu sei que é a sua casa, mas tenho certeza que ele iria gostar de te ver lá gritando com ele − elas riram.

— É claro que irei!

Elas foram juntas até o salão comunal e depois cada uma seguiu para a mesa de suas respectivas casas. As amigas de Amelia estavam agitadas esperando ela aparecer.

— Onde você estava? − começou Maggie.

— Porque você e Riddle chegaram juntos na aula de transfiguração?

— O que Dumbledore queria com você?

Amy foi olhando de uma para outra conforme elas faziam as perguntas, um pouco atordoada com a curiosidade delas.

— Gente, calma. Não foi nada − disse ela − Eu estava no segundo andar conversando com a McGonagall, do sexto ano da grifinória. Dumbledore só queria conversar comigo pra saber se eu estava bem − mentiu − E não, Dorea, não aconteceu nada entre eu e Riddle. Ele só fez questão de me atrapalhar a arrumar a sala de Feitiços.

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora