Capítulo 12 - A Piada da Serpente

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Amelia passou o jantar inteiro em silêncio. Apesar de ter aceitado a ideia de Riddle, ela achava que aquele plano era arriscado demais, e o que mais a incomodava era o fato de estar fazendo aquilo justo com ele. Por outro lado, Amy torcia para que algo horrível acontecesse com Riddle na floresta. Dessa forma ela não precisaria acabar com a vida do futuro do Lorde das Trevas pessoalmente. Ela franziu o cenho de indignação ao se pegar pensando nisso.

— Eu já vou dormir... – disse às amigas assim que entraram na sala comunal da Sonserina – Estou bastante cansada hoje.

Como as garotas não protestaram, ela subiu para o quarto e deitou na cama. Fingiu que estava dormindo quando as amigas decidiram ir se deitar. Amelia esperou um tempo até elas pegarem no sono e a sala esvaziar para descer novamente. Ela tinha combinado com Riddle de saírem depois que todos tivessem se deitado, então eles se encontrariam na sala comunal. Não demorou muito para que o sonserino entrasse pela passagem do dormitório. Ele parecia levemente animado.

— A outra monitora da Sonserina está fazendo a ronda pelo quarto andar. Consegui arranjar uma desculpa pra sair de lá – disse baixinho – Eu vi os da Grifinória no segundo andar quando estava vindo pra cá... A hora de ir é agora! O caminho até os jardins está livre.

Amelia assentiu e eles saíram do dormitório. Tentaram ser o mais silenciosos que podiam. Com toda a cautela possível, eles subiram as escadas até o térreo e rumaram até a saída para os jardins. Os sonserinos viram os monitores da Corvinal passarem pelas janelas do quinto andar. Eles se esconderam na sombra atrás deles e esperaram. Assim que os corvinos sumiram escola adentro, eles correram o mais rápido possível até a orla da floresta.

— Creio que por enquanto ninguém nos viu... – disse Riddle quando já estavam escondidos pelas árvores.

— O que faremos agora? – perguntou ela – Andamos até encontrarmos a serpente?

— Praticamente isso. Só que teremos que entrar muito fundo na floresta para conseguirmos achá-la...

— Ótimo – resmungou ela – Perderei uma noite de sono por sua causa. Lumus.

Amelia deu as costas para o garoto e começou a andar floresta adentro, sendo seguida por Riddle.

— Pense pelo lado bom. Você poderia estar aqui com o seu amiguinho Potter. – zombou ele, tomando a frente da caminhada e sussurrando o feitiço de iluminação – Ele com certeza iria adorar dar um passeio com você.

— Eu prefiro passar um dia todo com Charlus me ignorando do que uma noite com você! – respondeu seca.

— Não é como se eu apreciasse a sua companhia... – ele retrucou cheio de si.

— Que bom. Não queria que se iludisse com a ideia de sermos amigos.

— Não estou iludido com nada – ele bufou indignado – Só estou fazendo isso graças à ideia estúpida do professor Slughorn de separar duplas...

— Pelo menos nisso nós concordamos.

Eles seguiram a caminhada em silêncio depois disso. Os dois bruxos andaram por quase meia hora e a floresta já se tornara densa e completamente escura.

Os sonserinos começaram a tomar mais cuidado a partir dali. Eles andavam perto um do outro e sempre verificavam onde estavam pisando. Seus narizes e orelhas, que já estavam vermelhos, começaram a congelar com o ar que ficava cada vez mais frio.

— Algum sinal da serpente? – perguntou Amelia

— Nada ainda – ele suspirou – creio que precisaremos entrar mais na floresta...

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora