− Que cara é essa, Amelia? – perguntou Malfoy assim que ela voltou para o vestiário – Você está bem?
Ela tentou esconder o sorriso triste que esboçou ao vê-lo, mas o sonserino não deixou escapar.
− Hey... – Ele foi até ela e passou a mão em seu rosto – Você é nossa estrela hoje. Por que está desanimada assim? Você estava bem antes de sair...
Ela estava, realmente. A ideia de voltar ao campo a enchia de empolgação, mas ao ver Abraxas, tão ingênuo, tão carinhoso, sem saber que sua namorada o traía com seu amigo pelas costas a deixou com uma pontada de pesar.
− Só estou nervosa... – Ela forçou um sorriso e passou o cachecol no pescoço do garoto, ajeitando-o na gola do uniforme de quadribol.
− Amelia! – ele segurou a mão da garota que arrumava suas vestes e olhou em seus olhos.
Malfoy iria dizer algo a ela, mas Markel chamou a atenção do time batendo seu bastão na porta.
− Para o campo, pessoal! Está na hora.
O estômago dos jogadores pareceu ter virado do avesso com o aviso do capitão. Dando um grande sorriso para Amelia, Malfoy apanhou duas Comet 180 e entregou a vassoura que pertencia à amiga para ela.
− Temps de briller, mademoiselle!
− Allons-y! – respondeu ela, seguindo o resto do time para o campo com um grande sorriso no rosto.
− Uh, vejo que alguém aqui entende francês! – brincou o garoto – E você fica bem melhor assim! – Ela corou, desviando sua atenção para o capitão.
− Vocês sabem o que fazer! – orientava Markel – Quero marcação cerrada na McGonagall! E tomem cuidado com os balaços de Gabe! Eu farei o possível para cobrir Kaniff e Malfoy. Quero o melhor caminho possível para os nossos artilheiros. A função do Hale vai ser encaixar as jogadas, mas não fiquem limitados a isso, entendido?
Os três artilheiros concordaram.
– Rayner – prosseguiu ele – Eu quero aqueles balaços voando pra todos os lados. Arrebate sem dó. Nagel, se você pegar tantas bolas como nos treinos, os grifinórios quase não irão pontuar. E Beake! Não quero te ver parado. Quero você de olho naquele pomo o tempo todo! – eles assentiram – Ótimo. Então tá na hora do jogo!
Assim que os sonserinos entraram em campo, a arquibancada verde e prata foi ao delírio. Eles berravam e batiam palmas, incentivando os jogadores, mas ainda eram minoria na torcida. Os lufanos acompanhavam a torcida da Grifinória nas vaias. Eles estavam em ultimo lugar na classificação, então o resultado daquele jogo não fazia diferença para eles, mas ainda assim eles torciam pela casa do leão.
Por outro lado, a Corvinal parecia que estava ali somente para observar. Como Markel havia dito, o vencedor daquela partida iria disputar o primeiro lugar com eles. Entretanto, se houvesse empate, os corvinos ficariam com o título de campeão e a Sonserina acabaria como segundo colocado. Para a sorte deles, o tempo estava bom naquela tarde. Estava um pouco frio, mas não tinha vento forte e o céu estava nublado.
Quando os jogadores dos dois times já estavam no meio do campo, a juíza se dirigiu aos capitães.
− Eu quero um jogo limpo! Não irei tolerar trapaças no meu campo! Agora apertem as mãos!
− Pronto pra chorar, Lund? – provocou Markel assim que eles se cumprimentaram.
− Não tanto quanto vocês!
− EM SUAS POSIÇÕES! – gritou a juíza.
Os jogadores montaram em suas vassouras e flutuaram no ar, posicionando-se. Amelia e Minie ficaram de frente uma para outra e trocaram um sorriso amigável. Charlus, por outro lado, ainda tentava evitar a sonserina.
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Draco Dormiens - The Dragon's Breath
FantasyQuando a batalha de Hogwarts invade os corredores da escola, Amelia Kaniff se vê perdida em meio ao caos. Seus amigos estão mortos, e os poucos alunos e professores que restaram tentam a todo custo resistir às forças das trevas. Um embate inesperado...