Capítulo 14 - O Voo do Dragão

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     − Que cara é essa, Amelia? – perguntou Malfoy assim que ela voltou para o vestiário – Você está bem?

Ela tentou esconder o sorriso triste que esboçou ao vê-lo, mas o sonserino não deixou escapar.

− Hey... – Ele foi até ela e passou a mão em seu rosto – Você é nossa estrela hoje. Por que está desanimada assim? Você estava bem antes de sair...

Ela estava, realmente. A ideia de voltar ao campo a enchia de empolgação, mas ao ver Abraxas, tão ingênuo, tão carinhoso, sem saber que sua namorada o traía com seu amigo pelas costas a deixou com uma pontada de pesar.

− Só estou nervosa... – Ela forçou um sorriso e passou o cachecol no pescoço do garoto, ajeitando-o na gola do uniforme de quadribol.

− Amelia! – ele segurou a mão da garota que arrumava suas vestes e olhou em seus olhos.

Malfoy iria dizer algo a ela, mas Markel chamou a atenção do time batendo seu bastão na porta.

− Para o campo, pessoal! Está na hora.

O estômago dos jogadores pareceu ter virado do avesso com o aviso do capitão. Dando um grande sorriso para Amelia, Malfoy apanhou duas Comet 180 e entregou a vassoura que pertencia à amiga para ela.

− Temps de briller, mademoiselle!

− Allons-y! – respondeu ela, seguindo o resto do time para o campo com um grande sorriso no rosto.

− Uh, vejo que alguém aqui entende francês! – brincou o garoto – E você fica bem melhor assim! – Ela corou, desviando sua atenção para o capitão.

− Vocês sabem o que fazer! – orientava Markel – Quero marcação cerrada na McGonagall! E tomem cuidado com os balaços de Gabe! Eu farei o possível para cobrir Kaniff e Malfoy. Quero o melhor caminho possível para os nossos artilheiros. A função do Hale vai ser encaixar as jogadas, mas não fiquem limitados a isso, entendido? 

Os três artilheiros concordaram.

 – Rayner – prosseguiu ele  – Eu quero aqueles balaços voando pra todos os lados. Arrebate sem dó. Nagel, se você pegar tantas bolas como nos treinos, os grifinórios quase não irão pontuar. E Beake! Não quero te ver parado. Quero você de olho naquele pomo o tempo todo! – eles assentiram – Ótimo. Então tá na hora do jogo!

Assim que os sonserinos entraram em campo, a arquibancada verde e prata foi ao delírio. Eles berravam e batiam palmas, incentivando os jogadores, mas ainda eram minoria na torcida. Os lufanos acompanhavam a torcida da Grifinória nas vaias. Eles estavam em ultimo lugar na classificação, então o resultado daquele jogo não fazia diferença para eles, mas ainda assim eles torciam pela casa do leão. 

Por outro lado, a Corvinal parecia que estava ali somente para observar. Como Markel havia dito, o vencedor daquela partida iria disputar o primeiro lugar com eles. Entretanto, se houvesse empate, os corvinos ficariam com o título de campeão e a Sonserina acabaria como segundo colocado. Para a sorte deles, o tempo estava bom naquela tarde. Estava um pouco frio, mas não tinha vento forte e o céu estava nublado.

Quando os jogadores dos dois times já estavam no meio do campo, a juíza se dirigiu aos capitães.

− Eu quero um jogo limpo! Não irei tolerar trapaças no meu campo! Agora apertem as mãos!

− Pronto pra chorar, Lund? – provocou Markel assim que eles se cumprimentaram.

− Não tanto quanto vocês!

− EM SUAS POSIÇÕES! – gritou a juíza.

Os jogadores montaram em suas vassouras e flutuaram no ar, posicionando-se. Amelia e Minie ficaram de frente uma para outra e trocaram um sorriso amigável. Charlus, por outro lado, ainda tentava evitar a sonserina.

Draco Dormiens - The Dragon's BreathOnde histórias criam vida. Descubra agora