OS DOIS SENHORES

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* * *SALMO XLIII

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SALMO XLIII

OS DOIS SENHORES

Olhei a moeda.
Aberta a palma da mão.
Seu peso inssentido.
Meu peso imedido.
Valor de mesquinha em meu corpo
Que olha outro corpo:
Dos que passam a fímbria fome.
E a moeda na mão olhei
E me ative quando um dia eu nasci
Na minha primeira vontade
de negar...

Olhei a moeda.
Aberta a palma da mão.
O minério tinha o mundo,
Os donos, o cúmulo do acúmulo!
Mas um homem e sua carne tinham a fome e a alarvaria.
Na esguelha virtuosa soube
Quanto vale um inferno:
O lembrar da moeda
E o esquecer do homem.

- Menkell Rodrigues.

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