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SALMO XLIIIOS DOIS SENHORES
Olhei a moeda.
Aberta a palma da mão.
Seu peso inssentido.
Meu peso imedido.
Valor de mesquinha em meu corpo
Que olha outro corpo:
Dos que passam a fímbria fome.
E a moeda na mão olhei
E me ative quando um dia eu nasci
Na minha primeira vontade
de negar...Olhei a moeda.
Aberta a palma da mão.
O minério tinha o mundo,
Os donos, o cúmulo do acúmulo!
Mas um homem e sua carne tinham a fome e a alarvaria.
Na esguelha virtuosa soube
Quanto vale um inferno:
O lembrar da moeda
E o esquecer do homem.- Menkell Rodrigues.
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Salmos de Madalena
PoetryEssa coletânea de poemas intenta ser uma Ode ao feminino e a sua estreita relação com o Transcendente. Deus não é homem nem mulher, mas certamente traz em si - e no-lo dá a revelar - o que tem e gera de feminino e, por naturalidade, as mulheres tran...