Oi, baby...

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A possibilidade de fazer uma viagem internacional em menos de um mês nunca passou na minha cabeça. A possibilidade de publicar vários artigos em revistas internaciona super importante e ser chamada para participar em congresso na Europa e nos EUA também não. Foi tanta coisa boa acontecendo em um curto período de tempo que eu nem consegui conciliar minhas coisas. Tinha que escrever vários artigos, estudar para os congressos, fazer revisão de artigo, pesquisar para escrever alguns resumos expandidos. Foi caótico, mas ainda assim muito prazeroso. Não tive tempo de ver Rocco ou de conversar com ele.

Apesar de ele ter passado muito tempo comigo no Brasil, não foi o suficiente para fazer tudo que queríamos. Depois que ele foi embora não o vi mais pessoalmente, e isso já faz quatro meses. É muita coisa, ainda mais para um casal que está muito apaixonado e louco para viver diversas aventuras juntos. Finalmente oficializamos o nosso namoro e essa notícia foi assunto para várias revistas, todos queria saber mais de mim, queria saber da minha vida, da minha profissão. Rocco fez de tudo para que eles não descobrisse nada sobre minha localização, para que nenhum paparazzi invadisse minha privacidade e da minha família. E por agora está dando muito certo. Seria terrível ter que lidar com isso logo agora que minha vida está indo para o lugar certo.

Aquela confusão com Rose foi esquecida rapidamente, ninguém viu nada, ninguém soube de nada. Cada um foi para o seu lado e não manteve contato nenhum. Seria muito ruim para a carreira dele se soubesse o que ela tentou fazer comigo e com Rocco. Rose está mais famosa do que nunca e recebendo várias propostas de marcas famosas. Tudo está caminhando bem, para mim e para ela. Mirela estourou depois daquele desfile, fez várias campanhas. Nath teve a ideia de criar uma marca de roupa e está fazendo sucesso. Depois de muitas tempestade parece que tudo está indo muito bem e, espero que continue assim por muito tempo.

A proposta que professor Hernando fez para mim ainda estava de pé, por isso estou em New York para apresentar uma pesquisa no Congresso Nacional de História e Ancestralidade. Há tanto pesquisadores importantes que eu nem sei como agir naturalmente na frente deles. Principalmente depois que Hernando falou de mim para eles. Quase enlouqueci quando Linda Harper veio me parabenizar pelos artigos publicados e de que gostou muito do que leu, disse que adorou a linha teórica que eu segui e as referências nas minhas pesquisas. Nós tivemos uma boa conversa e trocamos telefone. Ela me chamou para ser co-autora de um artigo que ela está escrevendo. Quase desmaiei na hora, mas fiz a fina e aceitei como se algum historiador famoso sempre me convidasse para fazer esse tipo de coisa.

Por estar me NY pensei que veria Rocco pelo menos um pouco, mas ele está tão atolado com as coisas da banda que nem tem tempo de me ver por cinco minutos. Fiquei meio triste com a notícia, mas entendo que ele está atolado de trabalho igual a mim. Só ficamos trocando mensagens e fotos do nosso dia, nada mais. Bem que eu queria que acontecesse algo a mais, só para relaxar. Ele queria muito me ver apresentando no congresso, mas nem vai dar. Não tem problema, porque ele vai ter outras oportunidades de me ver fazendo o que gosto.

Sabe qual é o maior desafio de se apresentar para uma gama de historiadores com um currículo exemplar e trabalhos reconhecidos mundialmente? Além de, claro, escrever um conteúdo com coesão e brilhantismo, é a roupa. Não sabia como me vestir sem parecer uma caloura que está na sua primeira apresentação da faculdade. Tive que pedir ajuda para Mi e ela montou um look muito bom para mim. Um terninho preto e bem básico, nada de salto muito alto e cabelo mais formal o possível. Estava com uma roupa simples, confortável e bem bonita. Por incrível que pareça não chamei a atenção somente pela minha inteligência.

Vou fazer uma apresentação de apenas de trinta minutos, mas estou um pouco nervosa. Sei tudo de có e salteado, treinei dias falando na frente do espelho. Porém, ainda não estou 100% confiante com a minha desenvoltura. Eu sei que falo muito bem, mas quando chega essas horas a habilidade de falar decentemente some de vez.

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