Quando acordei Matt não estava lá. Será que ele tinha ido embora como na outra vez?
Comecei a procura-lo pela casa, mas dessa vez ele não tinha ido embora. Ele estava na cozinha, preparando o café da manhã.
- Dormiu bem? - perguntei.
- Sim. Queria te fazer uma surpresa, mas já que você já acordou...
- Obrigada. Desculpa estragar a surpresa.
- Não tem problema. - Ele ficou olhando a neve pela janela e disse: - Está nevando muito lá fora. Vai ter que me aturar mais um pouco.
- A essa altura já estou acostumada - disse soltando um risinho.
Nós dois tomamos o café da manhã e depois disso não sabíamos muito o que fazer. Começamos a brincar de forca, perfil, e comecei a acender e apagar velas, só para matar o tempo.
Então eu disse:
- Ontem foi divertido.
- Também achei. Mas você ficou com medo que eu vi.
- Até parece. Pensa que não te vi fechar os olhos em algumas partes?
Matt pareceu que ia dizer alguma coisa, mas naquele momento Zouth chegou, interrompendo o que ele ia dizer.
- E aí, Eli? - disse ele. - Matt? O que ta fazendo aqui?
- Eu... hmm...
- Você dormiu aqui?
- Não, não. - Ele parecia um pouco intimidado.
- Ótimo. Quem quer chocolate quente?
Então ele foi para a cozinha e nós ficamos ali, com um silêncio constrangedor.
Mais tarde Matt e eu resolvemos fazer cupcakes. A cozinha ficou uma bagunça, mas no final deu certo. Fui levar um pra Zouth, que disse com um tom meio pretensioso:
- Gosto dele. Ele sabe cozinhar e me parece um cara legal.
- É, as vezes ele sabe ser assim.
- Mas me fala: você tá gostando dele?
Nem respondi. Só entreguei o cupcake e saí. Quer dizer, já era difícil entender o que sentia, imagina falar disso com meu irmão.
Quando olhei para ele, lá estava conversando com Matt na cozinha, e então me retirei pra sala, liguei a tv e fingi que prestava atenção no que estava passando.
Anoiteceu, e Matt resolveu ir embora. Eu o levei até a porta e então ele me deu outro beijo. Dessa vez foi um rápido, então ele sorriu, acenou e foi.
Subi para meu quarto e logo liguei para Sasha:
- Alô - disse ela.
- Sasha, preciso de ajuda.
- O que aconteceu? - perguntou ela num tom de preocupada.
- Matt e eu nos beijamos. E agora não sei o que fazer.
- Ai meu Deus! - ela gritou tão alto que até tive que afastar o telefone. - E como foi ?
- Ah, foi bom. Não sei descrever.
- Wow, isso que é beijo hein, garota.
- Mas eu não sei, agora sinto que as coisas ficaram meio estranhas. Você ta com raiva de mim? Quer dizer, você gostava dele.
- Já virei a página faz tempo. Mas então, foi ele quem te beijou?
- Foi.
- Então ele tá a fim. Só dá um tempo pra ele, você vai ver, logo ele vem falar com você.
- Você que é especialista em amor, então to contando contigo. Mas eu sei lá, preciso esclarecer as ideias. Que tal sairmos juntas? Só nós duas?
- Claro, que tal cinema?
- Perfeito.
- Ta, já venho te buscar
- Estarei esperando.
Não depois de muito tempo ela chegou, e nós duas fomos assistir um filme no cinema. O filme foi horrível, mas a companhia era perfeita. Ficamos acertando pipoca nas pessoas e brincando de interpretar os personagens. O filme acabou e Sasha disse que a mãe dela estava ligando para ela ir para casa. Resolvi voltar caminhando, então nos despedimos, e comecei a andar para casa.
No meio do caminho, vi um homem assaltando um velhinha e resolvi ajudar. Ele estava na beira da estrada, e a velhinha gritava com sua voz rouca. Corri até ele, e soltei luz das mãos, tão forte que podia até cegá-lo. Não que essa fosse a minha intenção. Quando cheguei mais perto, coloquei as mãos em seus braços, e pude sentir o calor saindo de mim e indo para ele. Ele começou a gritar e foi quando percebi que seus braços estavam começando a pegar fogo. Logo absorvi o calor, mas ele, meio traumatizado me entregou a bolsa e disse:
- Calma aí moça, não é como se eu estivesse tentando matar ninguém.
- Isso é pra você aprender a não sair por aí assaltando velhinhas.
Falei com um de mais confiança do que sentia. Claro que se ele tentasse fazer alguma coisa de novo não ia sair queimando o cara até ele virar pó. Entreguei a bolsa para a velhinha, que saiu andando com um olhar de medo.
Quando ela estava no começo da estrada, senti como se tivesse alguém perto da onde eu estava. Estava tão escuro, e eu tentava usar meus poderes para iluminar, mas de repente me senti tão fraca, como se não tivesse energia nenhuma em mim. Meus olhos começaram a ficar pesados, e então de repente eu caí. Tudo que pude ver foi um par de sapatos que me pareciam um pouco familiares antes de a escuridão tomar conta de mim.
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A garota iluminada
ФэнтезиEleanor era uma garota comum.. até não ser mais. Em um acidente, uma forte luz a atinge. Ela pensa não ser nada demais, até que começa a queimar colchões enquanto dorme e derreter objetos, então percebe que na verdade não era mais apenas uma garota...