Don Giovanni
Logo pela manhã eu conversei com meu pai e ele me disse que o Dante estava pronto para seguir para o próxima etapa do treinamento. Eu havia escolhido um prisioneiro especial para que ele realizasse a tarefa. Sim, capturei o traidor dedo-duro que me mandou pra prisão. Meu filho teria que matá-lo.
"Meu pai, quero dar uma arma para meu filho poder participar da avaliação. Você o treinou, o que sugere?"
"Desert Eagle."
"Tem certeza? Essa é uma arma poderosa, com coice e o Dante apesar de ser um jovem mais encorpado e alto que os garotos de sua idade, só tem 11 anos"
"Meu filho, seu bambino é como você. Ele gosta de armas poderosas, tem uma mira precisa. Pode confiar. Essa é a arma perfeita para ele."
Uma ponta de orgulho começou a nascer em mim. Meu menino gostava das mesmas coisas que eu.
"Então meu pai, após o jantar, vamos dar-lhe o presente e depois seguimos para a Arena onde será realizada a avaliação. Quem mais será avaliado além do meu filho?"
"Serão 4, Lucca Belotto representando a família Vitali, Enzo Montanari e Enrico Bianchi, além do Dante."
"Estou curioso para ver o jovem Bianchi. Ele me parece um pouco puro demais para a Máfia."
"Sim, Dante e ele são amigos. Algumas vezes treinaram tiros juntos. Mas o Joe foi muito passivo, deixando que a Martha interferisse na educação do filho. Ele está sendo iniciado aos poucos. Não tem nenhum 1 ano de treinamento ainda. Não sei se está preparado."
"Vamos ver. Hoje é um daqueles dias que eu adoro. Não é sempre que temos um Martinelli matando pela primeira vez."
Após o jantar, convoco todos os homens para meu escritório e peço que o Dante faça parte. Minha mulher me olha desconfiada, mas simplesmente ignoro e sigo. Lá dentro, dou o presente pro meu filho e vejo seus olhos brilhando ao ver sua arma. Peço que se prepare enquanto eu, meus irmãos e meu pai tomamos nossa dose de Whisky, fumamos um charuto e jogamos conversa fora.
Meu filho aparece vestido todo de preto e pronto para a avaliação. Sinalizo e todos saímos da sala. Minha mulher tenta implorar para que não leve Dante, mas ela não pode decidir nada. Hoje, meu garoto vai matar pela primeira vez.
Chegamos ao galpão também chamado de Arena. Me sento na cadeira do meio, destinada aos membros da Comissão e espero pelo início das provas.
Meu filho é excelente na primeira prova de tiros. O garoto realmente sabia manejar uma arma de fogo. Sinto orgulho dele.
E então, é chegado o momento. Após o sorteio, meu filho será o segundo a realizar a tarefa e sorteou como arma a ser utilizada, facas ou punhal. Segundo meu pai, o garoto sabe atirar facas muito bem. Então, só me preocupo se ele não ficará muito nervoso em saber que matará alguém.
O primeiro foi sortudo, e ainda assim precisou de 2 balas pra matar o cara.
Então, enfim, era a vez de Dante.
O traidor foi trazido e colocado na sala. Senti a raiva aflorar, eu queria mata-lo, mas decidi que a morte deste traidor seria um presente para o meu garoto.
Pra minha surpresa Dante pediu para que tirasse a venda daquele rato.
E assim começou o show. Foi atirando facas no homem, o pregando na cadeira. O garoto nem piscava, frio, preciso como um bom Martinelli, parecia imune aos suplícios do traidor.
Ao final, achei que o verme em sofrimento receberia uma faca no coração ou na testa, mas meu garoto pegou todos de surpresa novamente. Se aproximou do rato, empunhando um punhal e o degolou. Era um espetáculo sangrento. E o garoto com um sorriso sádico, ficou ali vendo o homem morrer.
Alguns olhavam horrorizados a cena, vi alguns homens meio esverdeados e outros admirados pelo jovem assassino.
Quando ele saiu da sala, todos nós ficamos em pé em sinal de respeito. O meu filho era um frio assassino. Ele era perfeito.
As provas continuaram e como era esperado o jovem Bianchi não deu conta de matar, mas o que mais surpreendeu foi meu filho interferindo pedindo pra terminar o serviço.
O Senhor olhou para nós da Comissão esperando aprovação e confirmamos.
Meu filho entrou e simplesmente deu um tiro certeiro no meio da testa na criatura agoniante. Ajudou seu amigo a sair da sala e veio em nosso encontro.
Naquele momento senti muito orgulho. Meu filho é exatamente como eu.
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O Inferno de Dante
RomanceEle nasceu para ser um mafioso. Matar fazia parte da sua essência, todos os respeitavam e temiam ter que encaram o Inferno de Dante. Ela nasceu uma Princesa da Máfia e foi criada dessa forma. Um acordo, um encontro ao acaso, uma atração irresistível...