O Inferno de Dante

Capítulo 10

Rosie

A viagem foi longa, mas o tio da Martina (também conhecido como meu futuro sogro) mandou um jato particular para nos pegar, então descansamos e dormimos boa parte do trajeto.

Combinamos de nos encontrar mais tarde para comprarmos roupas para irmos para a balada. Afinal, depois aconteceria os noivados e dificilmente poderíamos nos divertir assim novamente. Por isso, nada mais justo do que curtir nossa única noite de liberdade.

Fui pra casa e tudo parecia do mesmo jeito que de sempre. Minha mãe havia saído para ir ao salão de beleza, meu pai estava cuidando de alguma das suas empresas ou negócios alternativos nesse momento. Fui para o meu quarto, arrumei as minhas coisas e fui tomar um banho.

Ao sair do banho, escutei um barulho no quarto e me dirigi pra lá e o encontro todo folgado deitado em minha cama. Ele era um homem bonito, bem bonito mesmo, loiro, olhos claros, feições marcadas, sorriso fácil com covinhas (Marty iria adorar aquilo, depois de infartar, é claro). Sim, senhoras, ali estava meu irmão mais velho: Enrico.

"Como está linda a minha irmãzinha!" Corri pra abraçá-lo. Era bom estar de volta.

"Chegou faz muito tempo?"

"Estou em Nova York há 2 semanas já. Só aguardando as princesas voltarem pra casa" disse fazendo charme tentando me irritar. Ele sabe que eu odeio quando me chamam de princesa.

Olho meu lindo irmão, querendo perguntar de Dante, mas sem coragem.

"Eu te conheço, pequena. Quer saber do seu noivo, né? Ele ainda está terminando um serviço na Itália, mas deve retornar em 2 dias. O rato que ele está caçando, está dando trabalho. Mas em breve, o traidor conhecerá o Inferno de Dante."

Não era a primeira vez que eu ouvia isso e sempre me dava um calafrio. Tinha um pouco de medo do meu futuro marido.

Conversamos um pouco mais sobre tudo e nada enquanto eu me arrumava para sair com Marty. Meu irmão iria trabalhar hoje a noite e pediu que nos comportássemos. Prometi que só dançaríamos muito.

Terminei de me maquiar e sai para encontrar Martina no shopping.

Experimentamos vários vestidos, mas nenhum era perfeito pra Martina. Já estava cansada. Finalmente em uma das últimas boutiques, uma loja exclusiva, encontramos o que procurávamos.

Martina escolheu os nossos vestidos. O dela era um vermelho justo, quase uma segunda pele. Curto, mas que ficava perfeito no corpo voluptuoso da minha amiga. Ela estava um escândalo e muito gostosa.

Pra mim, ela escolheu um vestido prateado, curto que marcava minhas curvas, realçando meus seios e deixando meu bumbum em evidência. Eu fiquei realmente muito gostosa naquele vestido. Para completar, levei também uma sandália super alta de tiras prateadas. Elas completavam perfeitamente o meu visual.

Martina sugeriu que saíssemos de casacos longos, assim não correríamos o risco de alguém da Família nos encher o saco por causa da roupa e o principal detalhe era que uma vez lá dentro, usaríamos perucas, assim ninguém nos reconheceria e poderíamos curtir sem o risco de qualquer boato maldoso chegar no ouvido de nossos digníssimos noivos e familiares.

E assim foi, me arrumei na casa de Martina. Ficamos maravilhosas, colocamos os casacos por causa do frio e pra ninguém falar das nossas roupas.

Saímos em direção a Boate La Nuit. Ela pertence à família do meu futuro sogro, e era a mais badalada casa da cidade na atualidade.

Nos identificamos na portaria e nem pegamos fila. Nossos seguranças ficaram na porta vigiando e seguimos pro banheiro da área vip.

Lá eu coloquei uma peruca de cabelo pretos longos e a Martina, uma loira estilo channel. Ela ficou parecendo a personagem da Julia Roberts naquele filme "Uma linda mulher". Eu parecia uma femme fatale.

Saímos do banheiro, pegamos bebidas e fomos pra pista dançar. A noite estava só começando.